Meu Melhor Amigo,namorado?

Capítulo 10

Tyler.

Como eu estava me sentindo, um tremendo cretino, sim, estava exibindo a garota que fazia meu coração saltar no peito, a cada sorriso que ela me direcionava e tudo que eu fazia era deixar as horas e os dias se passarem, fiquei parado no meio do meu quarto, agora só havia pilhas de caixas, todas as minhas coisas estavam empacotadas, havia apenas minha cama ali no canto, aquela sensação de fúria que sempre sentia ao me deparar com aquela cena, fazia, com que eu sentisse vontade de chutar tudo, gritar um foda-se bem grande para o mundo, mas a imagem de Auburn, hoje cedo, sorrindo me fazia sentir um idiota, covarde por fazê-la ter esperanças.
Eu tinha esperanças que toda essa merda, fosse um pesadelo.
Joguei minha mochila no chão e corri para o banho, precisava pensar em como destruir o coração da minha melhor amiga, namorada e a garota que fazia meu coração girar aqui dentro, senti um nó na garganta, quando a lembrança do brilho de seus olhos me aquecia.
Me visto rápido, não me sentia tão bem ficando naquela casa, olhando todas aquelas caixas empilhadas.
Estava terminando de chegar a porta, quando minha mãe me chama, ótimo, pelo menos hoje seria ela.

— Tyler?

Respiro fundo, antes de olhar em sua direção, eu estava exausto de ouvir os motivos pelo qual minha vida estava sendo arruinada de vez.

— Mãe, por favor, eu só preciso sair e encontrar Auburn..

Ela me olha com a expressão triste.

— Você gosta dela?

Era a primeira vez, que me perguntavam algo que era importante para mim.

— E isso, faz diferença?

Minha mãe caminha até parar diante de mim.

— Filho, eu sinto muito, e você precisa entender que seu pai está arrasado.

Esfrego meu rosto.

— Mãe, por favor, não tente me fazer sentir culpa, eu tô perdendo tudo.

— É uma pena que tenha demorado tanto, vocês ficarem juntos.

Eu me odiava um pouco mais, cada dia que eu pensava nisso.

— Não ia fazer diferença no final, porque eu teria que deixá-la, como agora.

— Sinto muito filho, mas se for para vocês ficarem juntos, um dia.

Ergo minha mão, para, aquilo já era fantasia de conto de fadas, aqui era a merda da realidade, e a vida era uma grande merda.

— Preciso ir, tenho só hoje com ela, antes disso tudo vira um inferno.

Minha mãe abre um sorriso compreensivo e eu saio.

Durante o pequeno trajeto até a casa de Auburn, sentia meu estômago começa e a ficar agitado, eu não gostava da sensação que estava sentindo, sufocando meu peito e esmagando minha garganta.
Parei diante da porta e bati, respirei, respirei aguardando ela, abri a porta.
Parei de respirar completamente quando ela surgiu diante de mim, linda, sorrindo com aquele brilho nos olhos, que me fascina.

— Oi?

Sorri e não me contive ao puxa-la para um beijo.

— Oi! Linda, vamos?

Digo, olhando para sua mãe que estava parada nos observando, havia uma certa melancolia em seu rosto, estava diferente das outras vezes que eu a vi, um pouco triste, pude ver enquanto ela me observava, meu estômago se revirou novamente, mas ignorei segurando a mão de Auburn, saímos para encontrarmos Beth, na pizzaria.
Durante o caminho, não consegui esquecer a expressão no rosto da mãe de Auburn.

— Esta quieto, pensativo, aconteceu algo?

Olho para ela é forço meu melhor sorriso, não queria estragar a noite, não essa, que era especial, seu aniversário.

— Eu tô bem, só pensando no quanto fui cego todo esse tempo.

Ela sorri e enrosca o braço no meu, Auburn era linda, seus olhos verdes e cabelos loiros, pele clara, corpo perfeito e seu sorriso era doce.

— Acredito que, tudo acontece no tempo certo.

Quanta ironia, se ela soubesse do pouco tempo que tínhamos até esse sonho se acabar de vez, pensar nisso fazia aquele nó se apertar mais em volta da minha garganta.

— Acredito que, fui um idiota, estou conformado com isso.

Digo, com um meio sorriso.

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Beth estava sentada à mesa, quando chegamos a pizzaria, ela abre um sorriso e acena em nossa direção.