Auburn....
Tá legal, quase surtei e acabei entregando o jogo, mas caramba, era difícil esconder minha frustração, todos perceberam que eu cresci e era uma garota com curvas, menos o babaca do meu amigo, precisei me acalmar e forçar um sorriso, então quando seus braços me envolveram naquele abraço eu havia me esquecido de tudo, só queria que o mundo parasse por um instante e a gente, permanecesse assim.
Quando Tyler se foi, fiquei ali deitada olhando para o teto de meu quarto, eu nunca invadi seu quarto todos esses anos, me perguntava qual seria a sensação, estava sorrindo com minha ideia, um pouco arteira, porque não, mas se tivesse que fazer isso, precisava ser mais tarde e meus pais teriam que estarem apagados.
Fiquei por um tempo, olhando para o relógio, enquanto as horas passavam, quando percebi que o silêncio havia predominado em todos os cantos da casa, peguei um casaco e pulei minha janela, respirei fundo tentando ser uma aventureira, aquela que costumava ser quando criança, afinal isso parecia ser fácil para Tyler, claro que ele obviamente não faz isso de vestido, dane-se, eu já estava no chão mesmo, corri até a cerca que separa nossas casas e estiquei minhas pernas, definitivamente isso ficaria mais fácil, se eu não estivesse usando vestido.
Quando paro diante de sua janela, abro um sorriso quando vejo que esta aberta, então aqui vou eu, a janela de Tyler, parecia bem mais alta que a minha, então não olhei para baixo, respirei fundo ainda grudada no batente de sua janela, meu coração parecia que ia saltar, estiquei a perna sorrateiramente e pus para o lado de dentro, sorrindo e aliviada por esta completamente dentro do quarto dele, nem percebi quando mãos me seguraram pela cintura, me fazendo espernear, sou silenciada por uma de suas mãos, quando percebo que é Tyler, eu quero mata-lo, mas estou imobilizada pelo peso de seu corpo, seus olhos estão olhando diretamente para os meus, fazendo meu coração bater apressado no peito.
— Shh! Quer acordar meus pais?
Reviro os olhos, a culpa era dele.
— A culpa é sua.
Digo, o empurrando, só então percebo que ele esta apenas de cueca. Ah! Droga.
— Minha, foi você que invadiu meu quarto.
Ele diz com um sorriso no rosto.
— Achei, que seria divertido experimentar, já que você faz isso direto.
Ele se joga em sua cama, ainda de cueca e super confortável.
— Não vai cobrir, isso?
Digo, apontando para ele, que sorri mais.
— Por que faria isso, estou no meu quarto e só durmo assim.
Reviro meus olhos, arremessando uma almofada, mas ele segura rindo.
— Vem aqui, magrela.
Ele diz, batendo ao seu lado, sorrio, mas acabo me juntando a ele.
— Você de vestido e eu de cueca em meu quarto, se meu pai, ver isso, com toda certeza vai achar, que você esta grávida.
Reviro meus olhos, isso era muito impossível.
— Desde quando, dormir juntos engravida?
Pergunto me cobrindo..
— Ah! magrela, eu poderia te explicar mais sobre isso, mas acho melhor não, vai que você fica curiosa.
Me viro, ficando de frente para ele.
— Não seja ridículo, vivemos na era da internet, sei tudo sobre isso babaca.
Bato em seu ombro, o fazendo encolher.
— Safadinha, seus pais, sabem que anda assistindo pornografia.
Sopro o ar, eu tinha que saber algo, mesmo que (assistindo).
— Isso se chama, pesquisa de campo.
Ele esconde um sorriso.
— Qual é, vai me dizer que você nunca fez pesquisa, antes de...
Ele fica em silêncio, olhando para algum ponto fixo..
— Por que, você acha, que eu tenho tanta experiência assim, somos da mesma idade.
Ergo uma sobrancelha, eu já tinha ouvido tantas histórias das meninas, que tiveram o prazer de experimentar Tyler.
— Acho, que as meninas não fazem muita questão, de esconder sobre você.
Ele solta um suspiro longo..
— E se eu te disser, que tudo não passa de mentiras delas.
Solto uma risada, mas preciso tampar a boca, não posso fazer barulho ou estaríamos encrencados.
— Não acredita em mim Auburn, somos amigos desde pequenos, sabe quando estou dizendo a verdade.
Olho em seus olhos, estavam afáveis, mas aquilo era impossível, eram tantas histórias.
— Então, esta me dizendo que você é...
— Virgem, Auburn, sim, claro que brincar com algumas meninas, pode ter um bônus, mas nada além de pegação.
Meu coração estava girando no peito, acreditem se vocês pudessem ver agora, por favor respire.
— Uau, isso é uau...
Ele abre um sorriso, mas não fazia ideia de como eu estava radiante, aqui dentro de mim.
— Bom, pelo menos você já beijou muito e como você disse, já brincou também, está em vantagem ainda, Tyler.
Ele estica seu dedo, mas dessa vez, não toca em meu nariz, ele desliza tocando de leve meus lábios, podia ouvir nossas respirações, o que estava acontecendo.
— O, cara que te beijar ou te tocar, terá muita sorte...
"Me beije, me toque, por favor!"
Droga, porque ele não conseguia ouvir meus pensamentos desesperados, por ele.
— Eu só quero, que um me toque e me beije.
Ah! merda, eu disse isso em voz alta, me mate, agora por favor, ele abre um sorriso, mas não, me beija, não me toca, pelo menos não quando esta, acordado, será que me tocaria quando dormisse, foi então que um desiludir cai sobre mim.
— É melhor, dormimos magrela..
Sorrio, sentindo tudo ficar frio a nossa volta, então me viro e fecho os olhos.
"Engole esse maldito choro, dorme garota".
Me forço a ficar ali em silêncio, esperando o sono vim, por um longo tempo.
**************
Eu era patética, vamos lá, pode dizer, mau amanheceu eu estava fugindo pela janela, mas caramba, nem isso eu conseguia fazer direito, porque estava terminando de saltar a cerca, quando a porta da frente da casa de Tyler se abre, revelando seu pai. Oh! Droga!
Seus olhos estão fixos em minha direção, depois mudam em direção a janela de Tyler, merda, eu havia causado problemas sérios para Tyler, podia ver no modo como a mandíbula do senhor Norton, estava tensionada.
Acabei correndo até a minha casa, precisava esta em meu quarto, antes que meus pais acordassem, hoje tínhamos aula ainda e amanhã estávamos todos ocupados com a tarefa de arrumar a escola para o grande baile e a noite, parabéns para Tyler, sim era seu aniversário e com toda certeza, haveria várias oferecidas prontas para fazerem ele feliz no seu aniversário.
No dia seguinte, eu estava ansiosa e com muito medo ter que lidar com toda a atenção que Tyler, receberia não estava me agradando.
Claro, que quando cheguei a escola, evitei procurar por Tyler, me senti uma idiota sendo flagrada pelo senhor Norton ontem, eu não estava fazendo nada de mais, nos não estávamos fazendo nada, éramos os mesmos amigos e apesar de sentir tudo isso aqui dentro, por Tyler, ele era imune a mim, pelo menos, quando estava acordado, tenho certeza, que naquele dia estava sonhando. Ah! Minha nossa, a lembrança de nossa conversa ontem, Tyler era virgem, eu podia me sentir mais feliz do que agora, claro que isso, podia mudar rápido, a qualquer momento ele entraria no meu quarto me contando de sua grande primeira vez, argh, meu estômago se revira com o pensamento.
Avisto Beth, próxima à sala de aula, ela abre um sorriso quando me ver.
— E aí, pronta para decorar o salão da escola, com bolas e lantejoulas.
Reviro os olhos.
— Pensei, que fossem usar lâmpadas pequenas..
— Eu sei, só estou brincando, mas me diz, onde deixou seu bom humor?
Ela não fazia ideia, de como minha cabeça estava girando e olha que eu ainda não tinha visto Tyler, depois que fugi de seu quarto.
— Só estou, com dor de cabeça.
Beth aperta os olhos, desconfiada.
— Sei, essa dor de cabeça por caso, está vindo em nossa direção.
Fecho os olhos, oh, acho, que fugir dele não adiantou muito, estava cheia de esperanças por não vê-lo no ponto de ônibus,mas, caramba pelo visto me enganei, ele só estava atrasado e o motivo, bom, suponho, que já pode imaginar.
"Acalma-se...respire"
— Auburn?!
Me viro, ficando de frente para Tyler, seu rosto estava queimando em fúria, podia sentir conforme ele caminhava em minha direção.
— Tyler, me desculpe, eu...
Ele segura meu braço e sem esperar apenas me puxa em direção a sala, ainda estava vazia, quando ele fecha a porta, posso notar o quão está furioso.
— Me desculpe, eu devia ter tomado...
Ele ergue as mãos e eu paro.
— Por que saiu daquele jeito?... e sumiu o dia todo e até agora não falou comigo?
O que, eu não estava entendendo nada.
— Porque tinha aula e você sempre sai antes que eu acorde, do meu quarto..
Ele cruza os braços..
— Meu pai, está com a imaginação a, mil e graças a sua grande habilidade para fugir, ontem do meu quarto.
Eu imaginava isso, mas eu não queria tocar no assunto, não agora.
— Eu posso falar com ele, depois e explicar tudo.
Tyler, esfrega a testa.
— Você acha, que eu não tenho feito isso, toda vez, que ele insiste nessa loucura.
Aí, aquilo doeu, então imaginar nos dois juntos, era uma loucura para ele.
Como se percebesse minha reação, ele tenta se explicar, mas acho, que já entendi perfeitamente, sinto um alívio quando o sinal da aula ecoa pelo ar.
— É melhor você ir, Tyler.
— Depois, a gente se vê..
Ele diz, antes de seguir até a porta e sair, eu nem tinha dado os parabéns a ele, mas agora nem sei se conseguiria fazer durante o dia, não, com toda certeza eu não conseguiria.
*************
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Meu Melhor Amigo,namorado?
Romansa"Já olhou para seu melhor amigo e soltou um longo suspiro, pois sim! Essa sou eu, meu nome é Auburn, conheci Tyler quando tinha 8 anos, crescemos juntos praticamente, aos 15 anos eu olhei e senti uma pequena palpitação em meu coração, eu dizia que a...