Meu Melhor Amigo,namorado?

Capítulo 11

Tyler..

Eu descobri o verdadeiro significado de paraíso hoje, aqui nos braços dela, fechei os olhos absorvendo aquelas emoções que dominaram meu corpo, minha alma, só queria que ficassem ali, para sempre, queria poder controlar o tempo apenas para ter o prazer de prolonga-lo mais.

— Esse foi o melhor acontecimento, da minha vida.

Ela diz, sorrindo para mim, meu coração se aperta sabendo o que viria logo depois, eu só não fazia ideia de como arrumar coragem para partir o coração dela, a garota que eu estava completamente apaixonado.

Era tão surreal, semanas atrás eu nunca imaginei que pudesse esta aqui com minha melhor amiga, sentir tudo que estou sentindo ao tê-lá aqui em meus braços, nunca imaginei que pudesse querer segura-lá e não solta-lá nunca mais.

— Ei, tem certeza que esta tudo bem?

Os olhos dela estavam tão aflitos quanto o meu coração, mas, eu era covarde e não conseguia dizer tudo, não agora que acabei de ter a melhor de todas as experiências da minha vida, fazer amor com a garota que eu estava completamente apaixonado, eu tenho certeza de que isso é muito melhor do que Trepar, como meus amigos costumam dizer, pois, aqui dividimos muito mais que uma parte de nossos corpos, dividimos amor, o que torna tudo tão épico.

— Eu ficaria aqui, o resto da vida.

Confesso em voz alta, porque era exatamente o que eu queria. Auburn abre um sorriso fazendo meu coração derrapar mais no abismo.

— Eu ficarei o resto da vida com você, onde você quiser.

Fecho os olhos sentindo mais uma pontada, merda, como algo podia ser tão doloroso assim, como uma noite linda podia ser perturbada pelos fantasmas do futuro tão próximo.

Ela estremece em meus braços, estava tarde e ficando frio, acredito que esse não, era mais o momento para ter essa conversa, merda, a quem eu estava me enganando, eu não teria coragem para isso nunca, cada minuto que se passava eu me sentia mais covarde.

— Acho melhor te levar para casa linda, tá! Tarde e não quero aborrecer seus pais.

Ela abre um sorriso e torce o lábio.

— O que foi?

— Hmm, o que seus pais acharam de nos, digo, eu não os tenho vistos algum tempo, minha mãe viu sua mãe mais cedo.

Ah! merda, aquele olhar da mãe dela, então ela sabia e estava contando que eu revelasse para Auburn, mas como eu podia fazer isso agora, depois de tudo que passamos aqui.

— Vamos linda, amanhã temos muita coisa para conversar.

Digo, pegando minha roupa, deixo a camiseta de lado e ponho apenas a regata, ela se veste com a testa franzida, mas eu não tinha tempo para tentar explicar hoje, amanhã eu faria sem falta, era o último dia.

***********

Depois que me despedi dela, eu prometi que ligaria para ela, mas sua testa não desfez aquela expressão confusa, eu queria beija-lá e acalma-lá, mas como podia fazer quando se estava uma balbúrdia total aqui dentro de mim.

Quando me lancei na cama, olhei para meu quarto cheio de caixas empilhadas, parecia que minha vida estava toda compactada naquelas caixas, fechei os olhos sentindo o quanto tudo estava me deixando conturbado, claro que eu não conseguirei pregar os olhos.

Tentei mergulhar na escuridão e esquecer de tudo, foram horas rolando no silêncio agonizante de meu quarto até finalmente o abismo surgir me sugando para dentro.

Pisquei os olhos apressadamente, eu dormi demais e perdi as horas, quando corri para o banho, não percebi que Auburn havia me ligado várias vezes, então quando sai e desci para tomar café, um buraco se abriu sob meus pés, parei no último de grau da escada enquanto encarava o olhar deturpado de Auburn, ela olhava em volta onde as caixas estavam empilhadas e piscava os olhos, parecendo não acreditar que tudo aquilo estava mesmo diante dela, minha mãe estava parada com a expressão de culpa diante da porta e eu não conseguia me mover, apenas fiquei ali preso, meu corpo estava tremendo e minha garganta apertando cada vez mais.

Então ela me olha com lágrimas nos olhos, esperando por uma reação minha, implorando por uma explicação que fizesse sentido, mas nada ali fazia sentido.

— Linda?

Consigo dizer deixando as palavras rasgarem minha garganta, enquanto escapam por entre meus lábios.

— O que esta acontecendo?