CAPÍTULO CINCO
Eu não posso te perderHinata acordou misteriosamente em sua barraca. Olhou para a parece de tecido de forma apática e nem se importou em lembrar como chegou ali. Era como se sua parte que fosse responsável por isso tivesse morrido em algum momento na noite anterior. Ele tentou se levantar, mas sua cabeça doía com intensidade por ter chorado grande parte da noite. Seus olhos também não parecia melhores. Logo seu estômago reclamou de fome e ela pegou um bolinho de arroz, que trazia de reserva em sua bolsa, e comeu.
Antes de sair da barraca e encarar o mundo real, respirou profundamente, reunindo força, e depois seguiu seu caminho para fora. Seus olhos já sensíveis demoraram a se acostumar com a luz esbranquiçada do dia de inverno e precisou piscar algumas vezes antes de se acostumar com a claridade. Pela cor do céu, não devia ser nem sete horas da manhã ainda e quando olhou ao redor, viu os três companheiros de equipe conversando envolta da fogueira quase spagada. Se espreguiçou, espantando o sono rapidamente, e voltou seu olhar para outro lugar. Sem dizer qualquer coisa para eles, foi dar uma volta no perímetro e respirar um pouco de ar puro. As palavras da garota na noite anterior ainda ecoavam pela sua cabeça e por um momento se sentiu atordoada com aquilo novamente, mas afastou o mal-estar e entrou na floresta.
Sasuke, sentado perto dos amigos, a observou discretamente, mas não era o único. Sakura a olhou diretamente, sem fazer nenhum esforço para esconder a culpa que transbordava em seus olhos. Ele queria muito saber o porquê, mas se desse a entender que estava observando-a, ela logo pensaria que ele estava interessado nela e começaria aquela perseguição amorosa de novo – e isso era o que ele menos queria em sua vida novamente. Ele desconfiava fortemente de que a de cabelos rosas tinha algo haver com o fato da Hyuuga ter corrido chorando para dentro da floresta sem rumo. O Uchiha odiou ver ela correr daqula forma, tão magoada, para dentro da floresta. Tanto que depois de um tempo, quando todos haviam ido dormir e ela ainda não tinha voltado, foi atrás dela. Ele a encontrou apagada ao lado de uma grande pedra, com o seu rosto ainda molhado, os olhos levemente inchados e as bochechas coradas pelo choro e pelo frio. Quando pegou a menor no colo, sentiu seu corpo pequeno e carente de calor se aconchegar ao seu, fazendo seu coração bater vergonhosamente mais rápido. Hinata parecia tão frágil naquele momento, mas sabia que ela era forte. Se não como ela teria o vencido no treino? Sasuke descobriu naquele momento que gostava muito quando a garota sorria e não possuía aquelas marcas de lágrimas secas no rosto. Ele a apertou mais contra seu corpo e levou-a até a sua barraca. Colocou-a deitada sobre colchonete e a cobriu até o pescoço, embalando-a na manta. A garota suspirou e se aconchegou agora no colchão. Se martirizando por querer estar deitado com ela, o Uchiha saiu se xingando e foi fazer a vigília.
— Temos quanto tempo até chegar no ponto marcado em X? — questionou Naruto, tirando o líder de seus pensamentos.
— É para chegarmos essa noite se saímos daqui uma hora... — respondeu o moreno e foi guardar suas coisas.
Os três guardavam suas coisas quando a Hyuuga chegou muda e distante, começando a guardar suas próprias coisas em sua mochila. Ela parecia perdida em seus próprios pensamentos e mais triste que o normal. Talvez ainda estivesse abalada com algo.
Enquanto eles comiam algo, Hinata apenas esperava que terminassem, escorada numa árvore. Sasuke estava cada vez mais preocupada com a menor e jogava a culpa no fato de ser líder, não queria que nada desse errado sob a sua responsabilidade, mas aquilo não era de todo uma verdade.
Antes das oito, já estavam na estrada, com Sasuke e Hinata na frente, liderando, enquanto os outros os seguiam e conversavam. Tudo parecia normal e indiferente ao mesmo tempo, porém ninguém disse nada sobre.
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My Little Tsuru | SasuHina
Fanfiction*SENDO REESCRITA* Dois anos após a 4ª Guerra Ninja, Hinata ainda se sentia perdida. Seu clã achava que ela era fraca e incapaz de liderar, seu pai considerava-a como uma inútil e seus amigos, bem, não eram seus amigos. Mas depois de um certo ferim...