CAPÍTULO VINTE
Cedendo ao desejoEnquanto caminhavam pelas barraquinhas do festival, Hinata sentia seu corpo estar muito quente contra a brisa gelada daquela noite. O casal estava lado a lado, muito próximos, mas não se tocavam. Todos da vila os encaravam com surpresa e curiosidade, porém eles procuravam não se importar muito com isso e focavam a atenção apenas em caminhar. Nem mesmo se encaravam, mas Sasuke ainda mantinha o canto dos olhos nela. Havia voltado mais cedo para ficar com ela, entretanto, não sabia como agir ou o que falar. Nunca precisou se esforçar para isso, as garotas que ficavam incansavelmente o irritando com suas vozes agudas demais, e Hinata não era assim – o que o deixava feliz e frustrado ao mesmo tempo.
A Uchiha olhava para qualquer outro lugar, menos para o seu marido, porém isso tinha um motivo. Um motivo bem constrangedor para ela. Sabia que era extremamente normal uma mulher desejar um homem e ainda mais se ele fosse o seu marido, mas havia hora e lugar para isso. Hinata não sabia se foi as pequenas doses de saquê que tomou ou a saudade que sentia do corpo quente de Sasuke, porém ao ter ele ao seu lado, com o perfume misturado com o suor e os toques de suas mãos grandes e quentes, seu corpo reagiu de maneira nada pura para um lugar público. Ele acendeu como uma árvore de Natal e agora ela lutava contra a vergonha do maior saber disso e do fato de ter sua calcinha levemente molhada.
Com ambos perdido em seus próprios pensamentos, nem perceberam quando entraram numa multidão até que o maior foi obrigado a pegar na mão dela e levar para fora dali enquanto tentavam descobrir sobre o que se tratava aquela muvuca.
— O que está acontecendo? — perguntou ele, baixinho, sem esperar que alguém respondesse.
— Hm, acho que é as vendas de amuletos. Ouvi dizer que é abençoado pelos deuses... — comentou Hinata, olhando para uma criança que carregava um colar com um Tsuru.
— Tsc. Que baboseira. — resmungou ele, a levando para longe dali.
— Não é baboseira, Sasuke-kun! — defendeu, olhando para ele de modo repreensível. — Isso é porquê você não acredita.
— Hm. — deu de ombros, olhando para outro lugar.
— Minha mãe costumava fazer um Tsuru para mim antes de eu ir treinar com meu pai, para que eu ficasse feliz e lutasse bem. — contou ela, agora caminhando ao lado dele sem pressa e com o olhar perdido, ainda de mãos dadas.
— Eles representam o quê? — questionou o rapaz, parando com ela perto de um coreto pouco iluminado.
— Longevidade e felicidade plena. — contou com um sorriso fraco. — Mesmo quando ela era viva, eu nunca consegui atingir os limites que o meu pai impunha em cada treino. Ela tentava me animar e até conseguia, mas depois... e-eu já não acreditava mais em mim mesma.
— Se você soubesse o quanto vale, não pensaria essas coisas de si e se sentiria melhor consigo mesma. — disse ele, tocando o rosto dela carinhosamente.
Hinata sentiu sua respiração sair com dificuldade quando o coração acelerou com aquelas palavras.
— Eu sou importante para você, Sasuke-kun? — perguntou, mesmo já ouvindo a resposta num outro dia.
— É a coisa mais importante em toda a minha vida, Hime. — colou suas testas, ouvindo-a arfar baixinho.
— Me beija. — pediu ela, enroscando os braços em seu pescoço e ficando na ponta dos pés para diminuir a distância.
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My Little Tsuru | SasuHina
Fiksi Penggemar*SENDO REESCRITA* Dois anos após a 4ª Guerra Ninja, Hinata ainda se sentia perdida. Seu clã achava que ela era fraca e incapaz de liderar, seu pai considerava-a como uma inútil e seus amigos, bem, não eram seus amigos. Mas depois de um certo ferim...