Teacher (AU!Ziam)

Quadragésimo capítulo

Zayn acordou com um susto, seu ombro sendo chacoalhado por um Louis sonolento.

“Seu celular, Zayn. Desliga isso.”

E, de fato, o celular estava tocando. O som do despertador era abafado dendo do bolso da sua calça jeans, mas, para Louis, que tinha o sono muito mais leve que o de Zayn, devia ser quase gritante. Malik alcançou o aparelho, sem abrir os olhos, e desligou o despertador. Por um segundo, ele cogitou ativar a função “soneca” até lembrar que tinha um dia trabalho pela frente.

Trabalho.

Zayn abriu os olhos no mesmo momento. Ele não podia se atrasar. Sentou-se na cama e passou por cima de Louis para sair. Seu corpo estavameio dolorido por ter dormido com outra pessoa numa cama de solteiro. Ele tinha certeza que setenta porcento do seu corpo ficara na parede a noite inteira. Malik se espreguiçou, dando tempo a si mesmo para acordar direito. Mesmo dentro do quarto, era possível ouvir o som de pessoas vivendo no andar de baixo. Ele podia escutar a televisão ligada, o múrmurio de conversas e o guincho dos bebês. A tela do seu celular marcava não mais que seis da manhã e uma chamada perdida de Niall. Ele retornaria a ligação depois.

“Lou, eu tenho que ir.” Zayn disse.

Tomlinson grunhiu em resposta, o que ele tomou como um “ok, até logo”.

Por algum milagre do destino, o banheiro estava livre quando Zayn chegou. Aquilo era sinal de que as meninas ainda estavam dormindo – raramente os garotos vinham dormir na casa de Louis em dia de semana, mas, quando vinham, enfrentavam a fila junto com o resto das crianças Tomlinson. Zayn podia estranhar isso, considerando a sua criação, mas na verdade ele não ligava nem um pouco. Seus pais podiam tê-lo criado para ser mimado até o último fio de cabelo, mas ele jamais desmereceria alguém por conta de classe social.

Zayn desceu as escadas e encontrou a mãe e o padrasto de Louis assistindo TV na sala, com os bebês brincando no cercado esverdeado em frente ao sofá.

“Bom dia, Zayn.” Jay cumprimentou. “Dan acabou de fazer o café, se você quiser.”

“É, eu vou lá tomar um pouco, obrigado.” Ele apontou para os bebês. “E os gêmeos?”

A mulher suspirou.

“Dormiram bem, mas já acordaram ligados no duzentos e vinte. Agora, vão ficar brincando e comendo até a tarde.”

Zayn riu baixinho. Ele entendia como Jay se sentia – quando Safaa nasceu, ela era a mais agitada dos quatro. Sua mãe vivia se perguntando a quem a menina tinha puxado. Ele admirava a mãe de Louis por ter que lidar não só com uma criança agitada, mas duas.

Malik tomou uma xícara de café junto com dois pedaços do bolo que Jay tinha feito. Despediu-se do casal e beijou a cabeça de Ernest antes de sair. Tentou fazer o mesmo com Doris, mas ela estava muito mais ocupada se esquivando de Zayn e jogando o coelho de pelúcia no irmão.

Como em qualquer manhã de dia útil, o trânsito estava um lixo. Zayn só estava tranquilo por ter saído mais cedo, se não, era capaz de estar se desesperando. Com aquele engarrafamento, não levaria menos de uma hora para chegar ao escritório. Aproveitou que o carro estava quase parado e ligou para Niall, sem nem se importar se o garoto estaria acordado àquela hora.

“Quê?” Horan atendeu, praticamente grunhindo como um selvagem.

“Você me ligou?”

“Sim. Mas, tipo, às dez. E agora são” Pausa. “seis e quarenta e cinco, Zayn!”

Malik sorriu. Ele odiava quando alguém o acordava, mas, bem, Niall não estava ali para lhe bater ou algo assim. O máximo que poderia acontecer era o irlandês desligando na cara de Zayn.