Capítulo 15

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Entro em casa e percebo que tem alguma coisa acontecendo na sala e então vou até lá. Assim que chego na sala, vejo minha mãe sentada no sofá, inclinada pra frente e com as mãos no rosto. Olho para o outro sofá e vejo... o meu pai. O homem que destruiu a nossa família. O homem que destruiu a minha mãe. O homem que mais me deixou triste em toda a minha vida.

Me aproximo com um olhar ignorante e o olho. Ele retribui o olhar com um sorriso no rosto, que logo se desfaz ao perceber o meu olhar.

— Oi filha...

— Oi. — digo e me sento do lado da minha mãe,
que está chorando...

— Eu vim aqui ver como vocês estão.

— Por que você liga? Você fez mal pra nossa família e agora volta como se nada tivesse acontecido?

— Eu já pedi perdão à sua mãe por isso.

— E ela aceitou o seu perdão?

— Não sei. Você aceitou, Heidi?

Olho para ela, que balançava a cabeça negativamente.

— Você sabe que pra mim, traição não tem perdão, Michael.

— Heidi, eu me arrependi... eu amo você.

— Se amasse, não teria feito isso. — ela limpa o rosto e se levanta. — Agora sai da minha casa. Você não é bem vindo aqui.

Ele não insiste e se direciona até a porta, logo saindo de casa. Minha mãe sobe pro quarto e eu fico ali. Eu não acredito que ele teve coragem de voltar aqui... agora minha mãe tá mal de novo e eu não tenho ideia do que fazer.

Subo pro meu quarto, pego um moletom, o visto e depois pego meus fones de ouvido. Desço novamente e saio de casa. Conecto os fones no celular, coloco a playlist no aleatório e começo a caminhar. Eu preciso relaxar pra conseguir pensar em algo pra melhorar o humor da minha mãe. Eu espero muito que eu consiga.

[...]

Após uns 20 minutos caminhando, acabo esbarrando em alguém sem querer.

— Desculpa — olho para a pessoa. Eu o reconheço...

— Não tem problema... Charli? — um sorriso se abre no rosto do garoto.

Eu não acredito... depois de 10 anos, eu o encontrei de novo. É o Sebastian. Sebastian Topete. Éramos melhores amigos desde criança mas tivemos que nos separar depois que sua mãe recebeu uma oferta de emprego em Londres. Eu nunca pensei que o veria de novo ou que ele voltaria pra Los Angeles.

— Sebastian! — o abraço e ele retribui. — Eu não acredito que você tá aqui.

— Pois acredite. A empresa da minha mãe a mandou pra cá de novo e acho que vou ficar aqui por bastante tempo.

— Eu ainda não acredito! Eu senti tanto a sua falta Seb...

— Eu também mas agora não vamos mais sentir, certo? — ele desfaz o abraço e olha pra mim.

— Certo. — retribuo o olhar e sorrio. — Nossa eu to muito feliz!

— Eu também! — começamos a andar. — Me conta como estão as coisas. Sua irmã, seus pais...

Um silêncio ensurdecedor surge no ar e ele olha pra mim confuso.

— Os meus pais se separaram...

— Ah, eu sinto muito...

— Não sinta. Foi o melhor pra minha mãe, só que ao mesmo tempo não....

— Que? Me explica

Conto toda a história até que chegamos em sua casa. Ele está com um olhar triste. Eu tenho certeza que é porque ele nunca imaginou que meu pai seria capaz de fazer isso com a minha mãe, assim como ninguém imaginava.

— Eu sinto muito de novo...

— Tá tudo bem, agora eu preciso pensar em um jeito de alegrar ela e acho que já sei! Posso vir aqui mais tarde?

— Claro!

— Então até mais tarde! Dê um oi pra sua mãe por mim.

— Ok — nos abraçamos e eu saio dali em seguida.

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Meu Deus, como assim 600 visualizações???

Eu espero muito que vocês estejam gostando dessa história! Eu to realmente muito feliz por ter esse tanto de leitor! Muito obrigada de verdade ♥

Truth or DareOnde histórias criam vida. Descubra agora