Capítulo 11

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Pov Lauren

Minha consulta para atestar a gravidez, fica cada dia mais perto. Sinto uma coceira com curiosidade e a antecipação, mas me forço a ser paciente e aguardo as duas semanas em vez de invadir a drogaria de esquina pra comprar os testes.

Eu não planejava entrar em contato com Camila até saber se precisava de outra dose de esperma, mas alguma combinação de agitação e compulsão me obriga a chama-la alguns dias depois da nossa última "reunião". 

Antes de me dar conta, estamos mandando mensagens de texto a cada poucos dias, embora geralmente apenas para reclamar sobre o trabalho.

Em casa uma noite, estou alternando entre pesquisar suprimentos de bebê on-line, tentando não comer uma segunda tigela de sorvete de manteiga de noz e conversando com Camila. 

Estive com um humor de merda toda a semana e trabalhar hoje só piorou. Por sorte, Camila entende. Sua empresa aparentemente está passando por uma fusão com a concorrência, o que apenas aumenta minha convicção de que vender é a coisa errada.

Depois de uma hora de reclamação mútua, estou começando a me sentir um pouco melhor, até ir ao banheiro e encontrar uma mancha vermelha, grande e feia na minha calcinha.

Há uma leve mancha nas minhas pernas brancas também, apenas para adicionar insulto à lesão.

Maldita seja, a merda do bolo.

Olho para a mancha zombadora. Tudo faz sentido agora. Mudanças de humor, alergias a comida, sensação de estar gorda e cansada, querendo arrastar Camila de volta para minha cama... deixo que a esperança me desvie. 

Me enganei em interpretar tudo como sintomas de gravidez quando era apenas uma TPM.

Eu nunca inseri um absorvente tão irritada na minha vida.

Balancei fora das minhas roupas manchadas de sangue e joguei-as no cesto. 

Porra!

A minha vida inteira. Preciso de álcool. Estou cem por cento sem bebê, então tenho permissão para beber. Inferno, tenho direito.

Mudei para uma roupa nova, com calças pretas desta vez porque, foda-se, tiro uma embalagem da minha bolsa e dirijo-me para o bar mais próximo, Crossroads Tavern

Eu já estive lá algumas vezes, é um buraco bastante decente e o mais importante, está perto, então posso andar por aí. 

Beber o suficiente para abafar minhas emoções sem ter que se preocupar em dirigir para casa, é minha principal prioridade agora.

O bar está cheio e quando espreguiço, vejo por quê. A atenção de todos está emparelhada às televisões de tela grande que passam o jogo de basquete. Ou, seja lá o que for. 

Só estou aqui para afogar minhas dores, desde que consiga encontrar um lugar para sentar, não me importo o quanto isso é ruim. Caminhei até o bar e grito pelo barulho da multidão:

_ Dose dupla de tequila, por favor. E quero abrir uma comanda. - O bartender acena e troca o meu pedido pelo meu cartão de crédito. 

Dou um gole, estremecendo com a queimação então suspiro pelo doce calor que se espalha pelas minhas veias. A multidão explode em palmas gritando. 

Alguém deve ter marcado uma cesta crucial. Embora eu não acompanhe nenhuma das equipes que jogam, volto minha atenção para a televisão mais próxima, apenas para ter o que fazer enquanto bebo. 

Mas mal acabei a minha bebida isso é muito chato. Em um impulso lubrificado com tequila, retiro meu celular e envio um texto para Camila:

Ei, festa em andamento, você está?

Um Pai Para Meu BebêOnde histórias criam vida. Descubra agora