Capítulo 14

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Pov Camila

Acordei com o barulho indesejado de alguém batendo energicamente na porta. Lauren se senta piscando ao meu lado com os cabelos desgrenhados de uma forma adorável, o que me faz querer recordar pra sempre desse momento.

_ Huh? - Murmura. Eu não poderia concordar mais. Em outra onda de batidas rápidas, gemo em voz alta, esfregando o sono dos meus olhos. 

_ Já vou, já vou. Apenas um maldito minuto. - Abro a porta para uma Sofia com os olhos brilhantes e cabelo espesso. Ela nos dá um sorriso radiante, como se dissesse "Aww, que fofas". 

_ Bom dia, vocês duas. - Canta. Quase rosno "O que você quer?" E imediatamente me pergunto por que hoje estou tão preocupada. Em vez disso, gerencio um som razoavelmente amigável. 

_ E aí? 

 _ O resto da família estava pensando em sair para o brunch antes que todos voltem para casa. Quer se juntar a nós? - Brunch? Que horas são? Olho no relógio. Whoa, são quase dez e meia. 

Dormi tão profundamente e nem ouvi meu alarme. Ainda bem que Sofia veio ou perderíamos nossa hora de saída. Lauren, ainda de pijama, aparece atrás de mim. 

_ Eu vou se você quiser, Camila. - A perspectiva de um último encontro com minha família deve soar maravilhosa, mas por algum motivo, prefiro comer um inseto do que ter brunch enquanto eles observam Lauren. Agito minha cabeça. 

_ Tenho que sair em breve. 

_ Sair? Já? - Protesta Sofi. _ Mas... 

_ Desculpe. - Digo rapidamente, interrompendo-a. _ Estou preocupada com as coisas e preciso voltar para o escritório. - Lauren franziu o cenho claramente desapontada, mas concorda. Ela sabe que o mundo dos negócios nunca descansa. 

_ Tenho certeza de que podem sobreviver mais algumas horas sem você. Você não vai voltar para a cidade até a tarde de qualquer maneira, então, por que não aproveitar o dia inteiro? - Minha irmã argumenta. 

_ Estou lhe dizendo que não posso. - Merda, saiu de maneira mais dura do que eu pretendia. Tento suavizar meu tom com uma piada. _ Gostaria de poder, mas você sabe o que o papa sempre falou sobre a alta administração... não conseguem derramar areia fora de uma bota com instruções escritas. 

_ Tudo bem, se você insiste. - A resposta é lenta e duvidosa. _ Pelo menos pegue um pouco do pequeno almoço gratuito no andar de baixo. Foi cuidadosamente escolhido, mas acho que vi alguns muffins e iogurte. 

_ Vamos fazer isso. - Alcanço a maçaneta da porta. Sofia acrescenta: 

_ Foi ótimo vê-la. Espero que possamos fazê-lo novamente em breve... e sinta-se livre para trazer Lauren com você. - Pisca e aperto meus dentes. 

_ Definitivamente. Vou ligar para você. - Fechei a porta antes que ela possa dizer qualquer outra coisa. Estou agindo como um pau total. Vou ter que me desculpar mais tarde ou enfrentar o ombro frio patenteado da minha irmã. 

Provavelmente devo pedir desculpas a Lauren por privá-la de um bom brunch, ela não poderia ficar sem mim, já que vou viajar. Mas agora, tudo o que posso me concentrar é a necessidade desesperada de sair daqui. Não tenho ideia por que estou tão nervosa. 

À luz do dia, tudo parece repentinamente irresistível, o tempo gasto com Lauren, quanto minha família toda a ama, quão intensa foi a noite passada, tudo sobre essa viagem. O que não faz sentido... essas deveriam ser todas boas lembranças. E foram na época, mas agora elas me raspam e me riscam como lixa. 

Nós agimos com pressa. Nos vestimos, arrumamos nossas malas, comemos rápido e silenciosamente, e caímos na estrada. 

No carro, Lauren me dispara olhadelas a cada poucos minutos, como se estivesse tentando manter um olho em um animal selvagem sem provocá-lo. Depois de quase meia hora, finalmente pergunta: 

Um Pai Para Meu BebêOnde histórias criam vida. Descubra agora