• nota 26

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O caos da noite dançava um tango nos nossos sorrisos. Eu estava perdida entre qual versão de mim deixaria ele amar naquela página.

Eu ainda o sentia, ainda o amava. Mas meu corpo estava tão irreal, que eu não pude compreender que ele me sentia também.

Uma chuva cobria meu rosto, talvez ele não consiga me ver de cá.

Um nó formava na barriga enquanto ele dizia: "Já volto, tá?", e eu sabia que ele não iria voltar. Não agora.

Eu sei, amor, minhas palavras doem. Meu elo é pesado, minha alma não aguenta ficar muito tempo de pé. Mas por favor, não se descuide de mim. Segura minha mão, não vai embora. Por favor, não vai embora.

Eu deixo você esticar minha pele e a encolher de novo. Faz pedacinho de mim. Só não me deixa sozinha nesse sofá.

Vou continuar aqui até você voltar. Certo?

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