• nota 14

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Chega aqui mais perto, quero provar do champanhe que você bebeu. Pensei em escrever uma linha ou outra sobre nós dois mais cedo, mas estava muito ocupada dedilhando a pontas dos dedos sobre o corpo dele.

Nos lábios ele carregava algum vestígio do meu batom, e talvez dentro dele algo confuso estivesse acontecendo. Mas essa confusão não importa agora. Eu percebo ele me assistindo mudar as cores dos olhos, e eu sei que ele sente minha mão tremer. Ele ama isso.

Não faço ideia do clima lá fora. Não sei dizer se é dia ou noite. Me encontro perdida dentro desse maldito apartamento, onde tudo tem o cheiro dele. É como o próprio caos e ventania, pedaço de gente bonita que eu não entendo como pode me amar. Ele é tudo, desde a ponta do meu pé até o último fio do meu cabelo. É tudo, está em tudo.

Ele é muito, e isso dá medo. Ele é muito. Mas eu bebi alguma coisa e minha mão parou de tremer. Só preciso puxar ele pra perto e dizer que ele pode mexer no meu cabelo se ele quiser. Está em toda parte, cada célula do meu copo. Sou dele, ele tem tudo.

O amo. Merda. O amo. Se deitando contra minha pele, aquecendo meus poros e sussurrando devagar a cor bonita de seu corpo. Ouvi dizer que escolhemos nossos erros por livre arbítrio, mas Joon era um caso engraçado. Era um erro, porém, não parecia um.

No fim eu só sumi de mim, e me apareci apenas como um amontoado de palavras bêbadas e confusas que precisam respirar o corpo dele. Sendo só uma matéria no planeta precisando de ar, mas nunca encontra oxigênio.

Que Seja Válido • JoonOnde histórias criam vida. Descubra agora