Capítulo 13

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Luke Hemmings, Los Angeles, 29 de Janeiro de 2019

O aniversário de Angeline estava marcado para as quinze horas de hoje. Eu estava ansioso pra vê-la e matava meu tempo assistindo desenhos na tevê e checando minhas redes sociais. Minha mãe costumava dizer que quando sua cabeça estava ocupada o tempo passava mais rápido... espero que seja verdade mesmo. Uma mensagem pisca em meu celular.

Lola: Não vai me responder?
Lola: Você é tão infantil...

Reviro os olhos.

Luke: Não.

Eu não queria falar com ela, essa era a verdade. Ontem a noite consegui trocar meu voo que sairia hoje de manhã por um que saísse ontem mesmo. As coisas não saíram como eu planejava... mas foda-se. Estava cansado de me estressar com pouco.

Meu almoço chega e como em silêncio, me permitindo a dar algumas risadas vendo as figurinhas estranhas que os meninos mandavam em nosso chat no celular.

Assim que acabo me deito no sofá encarando a tevê muda que passava Looney Tunes. Me sentia extremamente cansado, como se pudesse me desfazer no sofá. A semana em Nova York havia sido bem exaustiva, vários compromissos e shows combinados com poucas horas de sono me renderam olheiras, não muito fundas mas ainda assim perceptíveis.

Me espreguiço e coloco as mãos na cabeça, coçando minha barba.

E então acordo em um sobressalto com o telefone tocando. Era Michael.

— Alô. — digo, coçando meus olhos.

— Luke, caralho Luke cadê você? — ouço uma batida de música atrás dele.

— Estou em casa. — respondo, ainda confuso, e me sento no sofá.

— Não vai vir na Angeline hoje? Ela perguntou de você...

Ah puta que pariu, eu dormi!

— Que horas são? — pergunto, olhando pra janela e vendo que pelo menos ainda era de dia.

— Quase quatro horas espertinho.

Suspiro aliviado, já me pondo de pé.

— Merda, eu dormi. Já estou indo.

Não espero Mike me responder, somente desligo o telefone e corro pro banheiro para escovar meus dentes. Percebo que havia dormido de sapatos.

Quando saio do banheiro troco minha camisa branca — que estava totalmente amassada após o sono — por uma camiseta branca. Pego o presente de aniversário e saio em disparada para pegar o carro. Não demoro muito para chegar, um milagre LA não estar tão movimentada no sábado à tarde.

A porta se abre e é Angeline que me recebe. Ela estava com um biquíni branco, daqueles que fazem os peitos parecerem maiores, e um short jeans na parte debaixo. Ela sorri sem mostrar os dentes, jogando o cabelo loiro pro lado.

— Feliz aniversário! — exclamo com um sorriso.

Ela mostra os dentes, seus olhos faiscavam.

— Muito obrigada! — ela responde, abrindo espaço para que eu entre.

Ouço uma batida de música abafada, estava consideravelmente distante, assim como as vozes que eu conseguia ouvir. Reconheço a risada de Michael.

— Os meninos são muito mais pontuais do que você. — Angeline diz, arqueando a sobrancelha direita e cruzando os braços rente ao corpo.

— Eu estava me arrumando. — me defendo, apontando pra roupa que eu usava.

Ela morde o lábio inferior, como se segurasse um risinho. Ainda assim era extremamente sexy, eu queria beijá-la.

𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋, 𝘭𝘶𝘬𝘦 𝘩𝘦𝘮𝘮𝘪𝘯𝘨𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora