Capítulo 16

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Luke Hemmings, Los Angeles, 03 de Fevereiro de 2019

Como uma onda de realidade a noite de ontem me atinge. Angeline, em toda sua áurea angelical e ao mesmo tempo infernal. Seus lábios quentes em contato com minha pele, seu cheiro, seus olhos me encarando de baixo pra cima. O jeito como ela se mexia, o modo como gemia meu nome. Alto, o suficiente para os vizinhos ouvirem. Suas mãos macias passando por cada parte do meu corpo.

Puta. Que. Pariu.

— Até que enfim acordou! Estava cansada de ouvir seu telefone tocar... — ouço ela dizer e corro os olhos pelo quarto a vendo parada do lado da janela, completamente nua.

— Ei, alguém pode te ver pela janela sabia? — eu digo, olhando para seu corpo.

Ela sorri e puxa as cortinas.

— Ok, só você pode ver. Entendi.

— Não devia estar na faculdade? — pergunto, me sentando com cuidado para não ficar nu como ela.

Eu não gostava de sair por ai pelado.

— É. — ela responde se jogando de bruços na cama, a bunda apontada pro teto. — Eu sempre tenho que estar lá. É um saco.

Dou risada e então meu telefone começa a tocar. Angeline geme de frustração e se debate, fazendo careta. Minha risada fica mais forte.

— Por favor, atende isso! — ela praticamente implora, se colocando de pé novamente. — Vou pro banho.

— Alô. — digo, colocando o celular na orelha enquanto observava Angel dar as costas indo em direção ao banheiro.

— E aí cara? Tudo beleza? — Mike diz, a voz meio arrastada. Provavelmente acordou tem pouco tempo.

— Tudo ótimo. E com você?

Talvez eu tenha me saído um pouco empolgado demais.

— Ah meu deus, o que aconteceu? — ele com certeza estava fazendo careta. — Até ontem seu humor estava péssimo.

Dou uma risada nasalada.

— Você é fofoqueiro como uma mulherzinha. — critico, me levantando da cama

— Anda logo Lucas! Me conta tu-do! — ele brinca, falando "tudo" com uma voz afeminada.

Eles iam saber de qualquer maneira então...

— Me acertei com a Angeline, tá bom pra você?

Ele faz um som de satisfação.

— Ainda bem! Não aguentava mais essa sua cara feia.

Faço careta mesmo sabendo que ele não poderia ver. Me encaro no espelho e percebo que tinha que fazer a barba.

— E você ligou pra quê? — pergunto, passando a mão por meu rosto.

— Luke! — Angeline grita, a voz abafada pela porta fechada do banheiro.

— Só pra avisar que vamos ensaiar pro show de semana que vem hoje à noite. — Michael responde. — As dezenove!

— Tudo bem. — concordo.

— Luke! — ela grita de novo.

Mike ri pelo telefone.

— Acho que você tem que ir...

— É. — concordo.

Eu com certeza queria muito ir lá.

— Juízo mocinho. — ele pede.

— Eu tenho bastante. — respondo e desligo o celular.

Pego uma toalha e enrolo minha cintura, seguindo pro banheiro em seguida. Coloco meu rosto pra dentro pela fresta da porta.

𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋, 𝘭𝘶𝘬𝘦 𝘩𝘦𝘮𝘮𝘪𝘯𝘨𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora