Paperhat: Beauty and Beast version

capítulo dezesseis

Assim que David e Camille chegaram novamente em casa, depararam-se com o resto de seus irmãos rondando a residência com lampiões acesos, gritavam por Kinille e por seus nomes também. Entrando, Hector estava acalmando o pai que chorava incessantemente segurando uma caneca com um pouco de chá de camomila. Eles viram que Kinille tinha sido levado,mas pior ainda pensaram que Camille e David foram levados juntos! Que simplesmente evaporaram na noite, não sabiam nem ao menos o que teria acontecido para tal fato inexplicável. Estavam em casa, o loiro estava livre, por que? Por que sumiram assim? Hugo havia concluído a pior das hipóteses, a fera o havia levado-os. Eles os matariam! Se já não tivessem matado-os!

- Papa, acalme-se. - Hector era extremamente paciente, era uma característica muito conveniente pois lidar com pessoas em desespero ou morrendo exigia muito. - Não podemos precipitar conclusões, estão em algum lugar, vamos acha-los.

- Diga-me então, Hector, Onde? Onde eles estariam?! Não estão no quarto, ou celeiro nem mesmo no banheiro! Aquele demônio levou meus filhos! - Ele bebeu o chá de uma única vez, trêmulo em angústia, em pleno colapso nervoso, até olhar para frente e ver que David e Camille estavam ali, inteiros e muito confusos. - Meus filhos! Onde estavam?! Onde está Kinille? Enlouqueci de preocupação! - O homem correu e abraçou os dois jovens, mas somente a moça retribuiu o toque de afeto.

- Papa, Kinille.. ele-- - Antes mesmo de começar a explicar tudo, Camille foi cortada pelo Stultlus mais velho.

- Ele nos traiu, papa, voltou para a fera! Ele a ama, eu o ouvi dizer isso em seu quarto quando levantei para ir ao banheiro. - O homem empurrou a jovem levemente para o lado e tomou a iniciativa.

- Do que está falando? Surtou de uma vez?! - Hector cruzou os braços, encarando severamente David, que ignorou a fala do mais novo e somente prosseguiu com os absurdos.

- Ele só se importa com aquele demônio! Veio aqui somente para conseguir informações de como estamos e repassar para o monstro. Irão nos caçar e matar, papa!

- David, pare com essas asneiras! É falácia, é mentira tudo o que disse, Kinille foi raptado de volta, sim! Mas foi à força! - Ela o interrompe desta vez, aumentando seu tom de voz. - Estava eu com dificuldades de dormir, então desci para fazer chá, após alguns minutos, Nille desce apressado e sai de casa, o vi conversar com um cavaleiro de armadura reluzente e então, eles foram embora. Kinille pode ter sido enfeitiçado, ou pode ter visto algo que não vimos!

- Oh, por Deus todo poderoso, percebem o que ela tagarela?! Depois eu digo asneiras. Estou falando a verdade, papa, aquele homem mentiu para nós, ele quer vingança!

- BASTA! - Hector grita, Hugo olhava para os dois completamente perdido, seu coração fraternal estraçalhado. Quem estaria mentindo? Kinille traiu realmente sua confiança? Ou era David a falar tolices como sempre? - Deixem-no em paz. Vão, agora, vão deitar e dormir, descansem suas ideias loucas por esta noite. Não encham a cabeça de vosso pai com... Suas esquizofrenias!

- Mas, Hector..! - Camille tenta refutar, recebendo somente um olhar duro e certo de suas palavras. Ela desistiu de tentar convencê-lo.

- Não mandas em mim, sou eu o mais velho! Reduza-se a seu posto como o segundo. - David afronta e bate no peito de Hector com seu indicador, mas é parado pelo pai.

- David, faça o que ele manda, tivemos o suficiente por hoje. - O velho homem virou-se e subiu de volta para o quarto. - Hector, mande os outros entrarem, vamos todos dormir.