Capítulo XXIII - Minha fada?!

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NÃO REJEITE SUA NATUREZA... NÃO REJEITE SUA NATUREZA... JÁ TE FALEI PARA NÃO REJEITAR A TUA NATUREZA?!... LIANE, EU SOU VOCÊ... QUEM É VOCÊ?

— UMA CAMPONESA! — Digo em voz alta pra escuridão que me consume cada vez mais. Não consigo enxergar nem as minhas mãos, está um completo breu.

— Tem certeza disso? — Como um rugido o dragão que nessa escuridão vive, me questiona.

— Não sei, ultimamente não tenho certeza de nada — Tremendo de frio me sento no chão, aquela escuridão era fria, como uma água muito gelada — As vezes me vejo como um dragão para poder sair voando dos meus problemas e refrescar meu corpo nas nuvens.

— Será mais fácil me aceitar, Liane! — Com seus olhos vermelhos a grande fera aparece da escuridão, me encarando seriamente ela bufa pelo nariz, soltando uma fumaça branca.

— Se eu te aceitar, vou sofrer de amor por alguém que já tem outra vida — Suspirando sinto as lágrimas se formar em meus olhos — Não poderemos ter uma vida normal, não depois de minha real natureza ser selada a outra fera.

— Ora essa, você acha que Phil vai aceitar uma fraca como companheira? — Incomodada finalmente consigo ver o enorme corpo do dragão, que se mostrava sacudindo suas asas e lambendo suas escamas — Olha que lindas escamas, não acha? Vermelhas como sangue elas já mostram o sangue do inimigo caindo. Com o veneno que tem nelas, consegue neutralizar qualquer fera! Até mesmo aquela que ele escolheu — Com seus olhos me encarando cúmplice ela termina — Nós podemos fazer muito mais juntos, todos nós!

— Como assim todos nós?

— Diga, vamos, diga! QUEM É VOCÊ LIANE? — Com suas presas de fora, sua expressão me parecia como um sorriso maldoso e cúmplice.

— Sou um dragão! — Falo sorrindo para a fera e então vejo a luz tomar conta da escuridão e as suas escamas brilharem num vermelho nunca visto por mim — Estão lindas!

— Somos lindas! Irresistíveis e impenetráveis também! — Termina sua frase zelando por suas escamas.

— Somos lindas! Irresistíveis e impenetráveis também! — Termina sua frase zelando por suas escamas

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Cri, cri, cri... o som dos grilos era um barulho infernal em meio ao silêncio que assolava no arredor. Aos poucos abro meus olhos devagar, com uma fogueira já apagada, pude ver todas as mulheres deitadas no chão com seus respectivos sacos de dormir, que pelo visto foi feito por elas mesmas. Era fato que o rei me queria morta, até porque ele "zela" pelo povo dele, mas não pela inimiga a qual fez um trato com ele pensando estar por cima da situação.

Sinto o vento forte vir das árvores e entrar em contato com minha pele, que estava cada vez mais gelada, apesar de ter vindo com duas blusas por causa da neve, elas não eram tão eficaz contra o vento da noite fria, até porque nem ao menos chegava a cobrir o meu rosto.

— Já acordou filha? Fiquei preocupada, está bem? Sente fome? — Me sobressalto quando ouço a voz de minha avó vinda de trás das minhas costas.

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