Sofia

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          Depois que cheguei no restaurante e encontrei os trabalhos em andamento, fui rapidamente para a cozinha preparar os petiscos e os pratos principais e também dá atenção aos deliverys. Sebastian já tinha saído pra fazer algumas entregas.
      Quando fui fazer uma trança meu cabelo começou a ficar enrolado no meu colar e então resolvi tirá-lo por uns minutos enquanto fazia minha trança.
       Cristina estava fazendo alguns sucos e sobremesas. E eu quase deixei o caldeirão com uma sopa queimar.
        Sebastian tinha acabado de chegar quando o ouvir falar com alguém que não poderia está na cozinha.
        Escutei um estrondo e quando olhei pra trás, meu coração disparou... Um homem lindo, com cabelos negros, muito alto, forte, me olhava intensamente. Virei meu rosto em direção ao estrondo que havia ouvido minutos antes e me deparei com Sebastian sangrando no chão. Meu Deus! Fui correndo socorre-lo e quando olhei para o estranho ele estava rígido, me olhando com os olhos vermelhos. Ah merda. ELE NÃO É HUMANO! Aqueles olhos são da cor dos do lobo do meu sonho. Não pode ser!!!
   Quando toquei no meu pescoço, percebi que estava sem meu colar e rapidamente o peguei da bancada e o coloquei. Verifiquei que Cristina já estava com Sebastian e então sai em disparada pra longe do restaurante.
     Só pensava que ele iria me persegui como no sonho. Estava apavorada. Peguei meu carro no estacionamento e sair rapidamente em direção a minha casa. Aqueles olhos. Meu Deus, será que ele percebeu que também não sou humana? Será que vai me perseguir e me matar e terei o mesmo fim que minha mãe? Não, não, não, não....
      Estava muito nervosa. Com a sensação de que o controle da minha vida não era mais meu.
      Quando cheguei em casa meu telefone toca. Pensei que era meu pai preocupado com a forma que eu saí do restaurante. Certamente Sebastian e Cristina já devem ter comunicado a ele.

Sofia: Papai, estou bem é que....

Estranho: Quem tá falando não é seu pai - Meu Deus!!!! Não posso acreditar.

Estranho: Venha agora pra cá, senão matarei seu pai e todos desse restaurante! - A voz dele vibrava em meus ouvidos. Não tenho saída, só penso no meu pobre pai que já sofreu tanto.

Sofia: Moço, por favor não machuque meu pai. Não machuque ninguém. Pode levar todo dinheiro. Pode levar nossas economias também. Não me importo. Mas, pelo amor de Deus, não machuque ninguém!!!!

Estranho: Não quero porra de dinheiro nenhum caralho. Venha agora, senão matarei seu pai e todos aqui. Isso é uma promessa!

Sofia: T..tô indo. - Falei com lábios trêmulos e o coração dilacerado. Estou indo encontrar com a minha morte!

                ......................................

     Chegando no restaurante, me direnciono discretamente ao escritório de meu pai.
     Quando entro, no primeiro momento, observo que ele, aquele homem...  está lá, com os pés em cima da mesa, com uma postura relaxada. Ao fundo, meu pai estava próximo a um outro estranho. No segundo momento, ele me olha com olhos de fúria.

Sofia: Por favor, não nos mate. Leve o que quiser, só não nos machuque. - Implorei já com lágrimas nos olhos.

Josh: Qual o seu nome. - Se aproximou de mim, cheirando o ar.

Sofia: Meu nome é Sofia. - Fui recuando até bater com as costas na porta do escritório.

Josh: Vou levar você. - Estava tão perto que sentia sua respiraçao próxima do meu pescoço.

Sofia: N..nnão. Está maluco! Não vou com você pra lugar nenhum. - Ele apertou meu pescoço.

Josh: Você vai, porra. VOCÊ É MINHA! - Me largou e passou as mãos sobre meus cabelos.

Sofia: Isso é algum tipo de pegadinha? Eu não sou sua. Nem o conheço. Só sei que não é um humano. Prometo que não conto pra ninguém o que você é! - Minha voz não passava de um sussurro.
 
Josh: Você vai comigo, vai fazer o que eu quiser e não estou nem aí se contar ou não o que eu sou! Acostume-se.

Miguel: Por favor, não leve minha filha. Por favor não a machuque. Ela é o meu bem mais precioso. - Meu pai já estava em frangalhos.

Josh: Ela é minha companheira. Eu não vou ficar longe dela! - Gritava essas palavras, mas não consegui prestar atenção em mais nada além da palavra companheira.
     
     Não pode ser: Sou companheira de um lobisomem!!! Meu Deus. Preciso fugir daqui.

Josh: Nem pense em fugi. Amanhã a noite você vai comigo querendo ou não. Tá me ouvindo? - Mexi a cabeça positivamente.

Sofia: Por favor! Deve haver algum engano. Não posso ser sua companheira! - Já estava desidratando de tanto chorar.

Josh: Não há nenhum engano. A deusa da lua me deu você e eu posso fazer o que eu quiser com você.

     Abri a porta do escritório e quando meti o pé do lado de fora, ele me puxou pela trança e colou nossos corpos.

Josh: Nunca mais vai fugir de mim. Vamos passar na sua casa e arrumar só o básico. Você vai dormir no hotel comigo.

Sofia: Não vou dormir com você nunca. - Falei me debatendo contra seu corpo!

Josh: Não te perguntei. Só comuniquei. Vamos logo.

     Me despedi de meu pai com lágrimas e sai do escritório.  Fui em direção ao meu carro e ele puxou minha mão e me levou até seu carro, abriu a porta e me jogou no banco de traz sem nenhuma delicadeza. Vi o estranho que estava próximo do meu pai, sentar no banco do motorista e o meu companheiro sentar ao meu lado.

Josh: Diga onde é sua casa? - Eu o instruir.

     Após 5 minutos chegamos. Eu abri a porta e ele entrou. Em silêncio acendi as lâmpada, subi as escadas com ele ao meu encalço e comecei a arrumar uma pequena mala, enquanto ele andava pelo meu quarto.
      Após arrumar, descemos e seguimos para uma pousada que ficava na praça principal. Havia muitas pessoas na praça. Então ele segurou firme na minha cintura e passamos pela multidão.
       Quando chegamos na recepção quase infartei ao ver Caio.

Caio: Sofia, meu amor. O que você está fazendo por aqui? - Perguntou me olhando desconfiado e depois encarou o meu acompanhante.

Josh: Teu amor o caralho! Tenho uma reserva para o quarto 506. - Eu já estava hiperventilando de tanto nervosismo. Caio me olhava profundamente interrogativo.

Josh: Para de olhar pra minha mulher, senão arrancarei teus olhos. - Eu não sabia o que fazer. Minha cintura estava sendo esmagada. Estava quase sem ar.

Caio: Aqui senhor. - Ele pegou a chave e me arrastou para o elevador.

Josh: Quem era aquele filho da puta Sofia? Um namoradinho? - O estresse prevalecia. Eu agora chorava livremente.

Sofia: Um amigo de infância. E fazemos faculdade juntos. Só isso.

Josh: Nunca mais fale com ele, porque se eu sonhar que você falou com ele vou matá-lo. - O elevador abriu e saímos carregando nossas malas.
   
      Quando entramos no quarto, a primeira coisa que ele fez foi arrancar o meu colar e cheirar meu pescoço.

Josh: MINHA - Seus olhos estavam vermelhos. Me afastei rapidamente e fui até minha mala procurar algo pra vestir depois do banho. Na verdade só queria não ter contato com ele.

Sofia: Vou tomar um banho. Com licença! - Sai rapidamente.
   Tomei um banho rápido, coloquei meu pijama de calça e quando saí, ele estava jantando.

Josh: Venha. - Fez sinal pra eu me aproximar. Fiz que não com a cabeça. Ele veio em minha direção e me arrastou. Sentei o mais longe possível.
    Era uma refeição leve. Apenas salada e um frango grelhado.

Sofia: O senhor ainda não me falou o seu nome. - Minha voz saiu insegura.

Josh: Meu nome é Josh, Josh Connor. E antes que me pergunte, sou um lobisomem, mas não um comum. Sou um alfa. O supremo, pra ser específico. - Um nó se formou em minha garganta. E agora? Como irei fugir de um alfa? Ainda mais o supremo alfa?!


  



  

      

Capturada Pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora