Josh

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        Acordei lentamente, completamente descansado. Dormir tão bem. Aquele cheiro de chocolate com morango é um sedativo pra mim. Meu lobo amou saber que Sofia quer vê-lo.
      Me espreguicei e logo percebi que ela não estava...
     
Josh: Sofiaaaaa... - Levantei em um salto. Cadê ela???

      Estava com uma sensação de vazio horrível. Sai do quarto pra procura-la e para meu alívio, a encontrei na cozinha abaixada próximo ao forno, retirando uma fornada de cookies de chocolate.

Josh: Por que não me esperou? - A abracei por trás e comecei a cheirar seus cabelos.

      Ela estava mais bonita do que nunca. Aquele vestidinho verde com bolinhas e os pés descalços. Estava tão fácil de enfiar meu pau nela...
     Fiquei duro e ela percebeu. Ficou desconcertada.

Sofia: Oh sempre me acordo cedo. Desculpe. Te acordo da próxima. - Colocava os biscoitos em uma travessa e depois na mesa.

Josh: Você fez tudo isto? - Olhei pra mesa e vi um bolo de chocolate, brioches, pãezinhos, sanduíches, frutas cortadas, sucos, panquecas e os cookies recém assados. Tudo estava perfeito.

Sofia: Sim. Tinha tudo o que precisava. - Respondeu simplesmente.

       Dora e Amélia chegaram e ficaram maravilhadas.

Dora: Deus! Perdi meu emprego. - Colocou as mãos sobre a cabeça.

Sofia: Imagina. Quando eu crescer quero ser habilidosa como você. - Ela abraçou Dora e deu-lhe um beijo na bochecha.

Amélia: Também quero. - Era rasgação de seda que não tinha fim.

      Brian, Tony e Gustavo chegaram e logo fizeram uma breve reverência.

Tony: Tá rolando festa e vocês nem avisam o papai aqui?! - Esse otário quer ficar sem os pêlos.

Gustavo: Supremo, hoje é o dia da apresentação dos novos guerreiros e eu gostaria de confirmar o horário do início das apresentações. - Tinha me esquecido disso. Caralho, hoje é sábado.

Josh: À partir das 15:00 horas e um baile a partir das 22:00 pra preparar a alcatéia pra lua de sangue. - Só falta uma semaninha pra meu lobo ter o melhor cio da vida dele. Que delícia!

Brian: Um verdadeiro banquete. Bem que vocês poderiam ajudar na cozinha comunitária da alcatéia heim. Isso aqui tá ótimo.

Josh: Não. Minha mulher não vai cozinhar pra marmanjo nenhum. - Decretei.

Sofia: Seria uma honra. Assim pratico tudo o que eu aprendi na faculdade. Por favor!!! - Fiquei desconcertado.

Josh: Essa idéia não me agrada nenhum um pouco. - Não quero ninguém perto do que é meu.

Amélia: Supremo, lá só tem mulheres. Nenhum dos machos da alcatéia entram na cozinha.

Brian: Eles não querem nem papo com as panelas kkkk. - Refleti com a mão no queixo.

Sofia: Gostaria muito de ser útil aqui. Eu amo cozinhar e...

Josh: Ok. Só nos finais de semana. Bem embaixo das minhas vistas. Eu te levo. - Ela me abraçou tão apertado. Foi sublime. Espontâneo. E riu. Uma risada tão doce, mostrando seus dentes perfeitos. Continuei abraçado a ela.

Sofia: Vamos tomar nosso café, antes que esfrie!

      Me senti bem, parece que tudo estava caminhando para a felicidade.

Sofia: Eu gostaria de sair pra conhecer seu jardim. Posso? Amo flores e percebi que o daqui é imenso. - Sussurrou próximo ao meu ouvido.

Josh: Eu te levo depois do café! E é nosso jardim- Acariciei sua mão. Ela puxou lentamente e colocou uma mexa de cabelo atrás das orelhas.

       Todos estavam animados para as festividades desse dia e sentia a admiração que demonstravam por Sofia.
       Saímos pro jardim logo após o café, de mãos dadas. Precisava está o mais próximo possível dela. Tocá-la por mais breve que fosse. Não sei se é a lua de sangue que deixa meus instintos de acasalar insuportáveis ou o fato dela ser minha companheira não marcada. Estou fudido.
       Uma coisa estranha aconteceu quando ela pôs seus pés sobre a grama. Automaticamente ficaram verdes como se ressuscitassem de um profundo sono.
       Ela soltou minha mão e foi tocando em todas as rosas ali. E todas ficaram radiantes.

Jardineiro: Isso é um milagre. É maravilhoso. - Me coloquei próximo a Sofia. Ela apenas levantou seu rosto e sorriu.

Sofia: Eu posso colocar uma árvore bem aqui? Fica próximo da piscina e seria ótimo pra ficarmos debaixo de sua sombra. - Arqueei minha sobrancelha. Seria possível?!

Josh: Sério? Isso é possível?! - Ela fechou seus olhos e estendeu suas mãos e pude ver um milagre. Uma árvore enorme com flores em cachos vermelhos, amarelos, lilases, brancos... Me lembrei das rosas na janela dela. Mas, não eram apenas rosas. Eram cachos de rosas.

     Estava abismado que nem percebi quando os guardas, o jardineiro, Dora, Amélia, os filhotes dela chegaram e ficaram com cara de pastel olhando minha mulher, realmente embasbacados. Nunca tinha visto nada assim. E parece que não era só eu. A puxei colando meu corpo ao dela, por trás.

                           ..........................

       Depois do almoço, todos se dirigiram a praça que fica no centro da alcatéia e eu me vi obrigado a levar Sofia comigo.

Josh: Não saia de perto de mim em hipótese nenhuma. - Falei ríspido.

Sofia: Estaremos em perigo? - Me olhou em pânico.

Josh: Não kkkk. Só não quero ninguém se aproximando do que é meu. E você é minha, fadinha. - Colei meus lábios aos seus e pra minha alegria ela me correspondeu. Caralho! Isso é muito bom. Tudo nela me atrai.

     Quando chegamos à praça, já haviam várias pessoas decorando, montando o palco pra colocarem o som e distribuir as medalhas do torneio.
      Todos pararam e nos reverenciavam. Um dos filhos de Amélia veio pra cima de Sofia e ela abaixou pra abraçá-lo. Ela era como uma abelha rainha.

Sofia: Meu biscoitinho, que saudade. - Nem se importaram comigo grudado nela. Amélia estava acanhada. Mas, mesmo assim entregou o bebê pra Sofia. E outra vez ela começou a falar aquela língua estranha e o bebê não parava de gargalhar.

      Por fim. Ela estava rodeada de crianças e os adolescentes da alcatéia também estava rodeando-a. Aí já era de mais.

Josh: Todos já podem voltar aos seus trabalhos... - Minha dominância foi liberada.

      Quando estávamos chegando ao restaurante comunitário da alcatéia. Vi Alicia se aproximar e começar a falar palavras ofensivas pra Sofia. Isso vai dá merda. Quando ia punir essa desgraçada. Sofia falou:

Sofia: Posso cuidar disso dessa vez? - Abri um sorriso sacana e só me afastei cheio de expectativa.

Alicia: Nossa luna não tem língua kkk! Qual foi piranha? O gato comeu foi?! - De repente vi vários cipós e raízes se enrolarem em Alicia e a levantarem do chão sufocando-a. Ela estava desfalescendo.
      Todos já observavam de boca aberta. Eu queria ver no que isso ia dá. Alicia tentavam se transformar, gritar, espernear... Mas estava completamente dominada. Sofia à colocou de cabeça para baixo.

Sofia: Não se meta comigo. Você não sabe do que sou capaz. Da próxima vez eu não terei misericórdia. 

      Sofia bateu suas mãos duas vezes e Alicia estava no chão respirando freneticamente e todas as raízes e cipós desapareceram completamente.
       Sofia estendeu sua mão pra ela e a ajudou a levantar-se. Depois voltou para o meu lado.

Sofia: Quer dizer que é aqui que vou poder trabalhar nos finais de semana?! - Tô com um orgulho da porra. Meu peito estufou.

         Todos olhavam pra ela deslumbrados! Não foi necessário Sofia quebrar nenhum osso daquela infeliz. Mas, depois vou mandar Alessandro: um dos meus maiores torturadores dá um jeitinho naquela desgraçada. Minha mulher teve misericórdia mas, eu já queria me livrar daquela desgraçada mesmo. Agora todos sabem que minha companheira é digna de ser a luna.

                    





















Capturada Pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora