Capturada Pelo Alfa

Sofia

       Depois daquele jantar tenso, Josh me puxou, não tive como argumentar. Estamos no quarto e não paro de pensar em uma desculpa pra me livrar dele.
      Me vem a mente aquela mulher asquerosa que se jogou em cima dele no jantar. Que patético. Não senti ciúmes, senti nojo. Josh não faz o meu tipo definitivamente. Ele é lindo, mas isso não significa nada pra mim. Certamente ele deve ter muitas amantes iguais àquela. A mulher era linda, mas transpirava asco. Não adiantava tanta beleza se era extremamente vulgar e sem nenhum resquício de amor próprio, uma verdadeira puta. Ele a tratou tão mal. Nem parecia que tinham intimidade. Credo. Meus sentimentos variavam entre pena e raiva. De fato, quanto mais me aprofundo no conhecimento sobre ele, mas decepcionada fico. Não precisava tudo aquilo. Ele é um grosseirão, mimado, egoísta sem amor ao próximo.
       Sei que ele não me ama. Só está desesperado pra acasalar. Quem ama não ameaça, não subjuga, não aprisiona...

Josh: Você é a mulher mais bonita que já vi. Quero me enfiar em você. - Me abraça e começa a beijar meu pescoço.

Sofia: Obrigada! Não podemos conversar antes? - Daí veio o estalo. A desculpa perfeita.

Sofia: Gostaria de conhece-lo um pouco. Não posso transar com você assim. Quero que seja especial como meu companheiro merece, não é? Então quero conhece-lo. Por favor! Quero colaborar com tudo, ajudá-lo, ser útil. Pra isso preciso conhecê-lo - Seu suspiro é alto.

Josh: O que você quer saber? - Nos deitamos sobre a cama e nos olhamos.

Sofia: Tudo. Estou curiosa! - Acho que deu certo. Sua nostalgia era aparente.

Josh: Sou o supremo desde os 17 anos. Isso ocorreu porque meu pai foi morto em uma guerra contra bruxas. - Suspirou. - Minha mãe desde então vive reclusa em um dos quartos do terceiro piso. Eu já tentei de tudo pra ela reagir. Mas, até hoje ela não reagiu.

Sofia: Sinto muito por sua perda. Também sou órfã. De minha mãe. - Tocava seu rosto tentando transmitir minhas condolências.

Josh: Meu pai era amoroso e me ensinou basicamente tudo o que eu sei. Mas, muita coisa tive que aprender sozinho. Sinto a falta dele. Você não imagina o quando que eu fiquei feliz por te encontrar.

Sofia: Posso ir visitar sua mãe?  Prometo que não vou incomoda-la!
     
       Fiquei impressionada em ouvir partes da sua história. A guerra que levou seu pai certamente foi a mesma  que levou minha mãe também.
         Temos algo em comum. Acho que me precipitei em juga-lo.

Sofia: Qual a sua idade?! - O olhava fixamente.

Josh: 29 anos. Mas, sinto que agora vou começar a viver. - Abri um sorriso luminoso.

Josh: E você? Também fiquei curioso! - Se aproximou um pouco mais, colocando uma perna sobre mim. Tentei sair, mas ele, como sempre não deixou. Foco Sofia, FOCO!

Sofia:  Tenho 19. Semicompletos. - Estufei o peito.

Josh: E o que mais? - Expectou.

Sofia: Hummm. Sou uma fada. Descobrir que tinha poderes relacionados a natureza quando queria balançar no maior balanço de Bristol e achava o de lá muito pequeno. Então, imaginei um balanço com cipós e foi o que aconteceu. Um enorme balanço de cipós surgiu na minha frente. Fiquei muito assustada.

Josh: Que inusitado. O que mais?! - Suas mãos levantavam a camiseta do meu pijama. Oh meu Deus!!! Já estava me acostumando com isso. Meus peitos estavam mesmo muito cheios.

Sofia: Meu pai me explicou tudo o que ele sabia a respeito de fadas como eu. Mas, disse que não era bom mostrar pra ninguém. - Já mamava calmamente, automaticamente comecei a passar as mãos sobre sua cabeça fazendo um leve cafuné. Seus fios eram tão macios e negros. Então me lembrei do lobo dos meus sonhos. Sem dúvidas era ele. Então propus!

Sofia: Gostaria muito de ver o seu lobo. - Seus olhos ficaram vermelhos, enquanto ele sugava meu seio esquerdo. Não parecia está tenso, ou com raiva. Estava completamente relaxado.

Josh: Alex vai adorar se mostrar pra você. - Voltou a mamar e fiz de tudo pra ele ficar confortável e dormir de uma vez.

      Não demorou muito pra senti-lo dormir. Tentei tirar o bico do peito da boca dele, mas não deu muito certo. Ele resmungava e me apertava mais e sugava mais forte. Então resolvi me acomodar mais confortavelmente.
        Na mesma posição da última vez que dormimos juntos. Ele era pesado.
       Estiquei minhas mãos e apaguei o único abajur que estava ligado. O quarto estava em uma penumbra aconchegante. Ainda dava pra ver um pouco do rosto dele.
        Amanhã vou tentar sair da mansão. Conhecer os jardins. Quero tanto sentir a terra sob meus pés. Vou pedir com jeitinho. Espero que ele permita.
        Josh é muito instável. Seu humor oscila muito. Sinto que estou pisando em ovos. Não da pra relaxar perto dele. Tenho sempre que prestar atenção nas palavras que saem da minha boca.
       Estou com tanta saudade de meu pai, Cristina, Sebastian, Mary, Pedro, Caio... Do sabores da alma, minha casa, meu jardim, minha faculdade... De tudo. De minha vida que ficou pra trás.
       Lágrimas silenciosas já podiam ser sentidas em meu rosto. Se estivesse em Bristol, certamente amanhã iria levar várias frutas e hortaliças para o abrigo dos idosos e o orfanato. Eles precisam tanto.... Vou ligar pra papai pra lembra-lo de continuar com o que havia começado.
        Certamente, depois que for embora daqui, não poderei voltar para Bristol. Creio que será o primeiro lugar que Josh vai me procurar.
         Pelo tratamente que recebo da parte dele, ele não vai me deixar em paz tão facilmente. Acho que nunca mais vou poder baixar a guarda.
       Confesso que fiquei curiosa a respeito do funcionamento de uma alcatéia. Dora e Amélia me falaram por alto como funciona. E quais seriam as atribuições de uma luna.
        Tantas conjecturas. Josh mamava calmamente agora e eu já desfalecia pelo cansaço e sono. Já passava da meia noite.
        Dele emanava um calor tão agradável e já havia me acostumado com seu peso sobre mim.
      Mais uma noite que me livro de suas investidas. Não sei por quanto tempo vou consegui fugir dele. Olhei mais uma vez pra o seu rosto e então me permitir ser levada pelo sono.