Capítulo 7
- Qual o endereço mesmo? - Carol perguntou, aproximando seu corpo do de Gabriel, que tinha um papel nas mãos, enquanto esperava o sinal abrir.
- St. Patricks, 15 - ergui meu olhar para uma placa que indicava esse mesmo nome e uma seta para a direita.
- Gabriel, pode virar para a direita, tem uma placa indicando - apontei para a mesma e Gabriel seguiu meu dedo, vendo a placa. Carol olhou para mim e sorriu. Retribui o sorriso. Eu estava irritada com outras coisas que a presença da Carol na minha vida não parecia me irritar naquele dia.
O sinal abriu e Gabriel virou à direita, como a placa havia indicado.
Observei seu rosto pelo retrovisor, mas que me permitia ver apenas metade dele. Gabriel era um homem muito bonito. Bruno também era. Acho que eu nunca seria capaz de escolher um.
- Amor, pára naquele posto para mim, quero comprar um chiclete - Carol apontou para um posto de gasolina na esquina da grande avenida que tínhamos entrado. Olhei Gabriel pelo retrovisor e vi que ele revirou os olhos, disfarçadamente, quando a namorada pediu aquele favor. Ri silenciosamente.Gabriel não disse nada, apenas estacionou o carro no posto e esperou Carol descer.
- Irritado com alguma coisa? - perguntei, tentando de alguma forma impedir que meu cabelo me incomodasse com o calor.
- Não - ele me olhou com a sobrancelha arqueada.
- Você pareceu impaciente quando a Carol pediu para parar aqui. - Gabriel me olhou, provavelmente se perguntando como eu havia percebido.
- Chega uma hora que as coisas repetitivas começam a cansar, nada muda, minha vida é sempre a mesma - desviou o olhar de mim para o câmbio do carro, e parecia refletir um pouco sobre a vida, sei lá.
- Não muda por que você não quer - dei de ombros, voltando a encostar as costas no banco. Ele me olhou de volta, em dúvida sobre o que eu tinha falado.
- O que não quero? - Gabriel lançou um olhar desafiador para mim e eu sorri maliciosa. Olhei para fora do carro e vi Carol saindo da loja de conveniência. Desencostei do banco, ficando próxima dele. Olhei bem sem seus olhos e soltei.
- Você sabe o que não quer - pisquei, voltando ao banco. Segundos depois, a porta do passageiro se abriu. Carol entrou com dois pacotinhos de chiclete de menta nas mãos. Gabriel deu partida e seguimos para o restaurante. Dei um risinho e peguei meu celular, que estava vibrando.
"Oi, Bella. Liguei atrás de você no seu escritório e sua secretária me passou esse número. Bom, eu estou na cidade que ela me informou que você estaria, e adoraria me encontrar contigo. Espero uma resposta. Beijos, Ricky".NÃO! O Ricky? Ele ainda lembra de mim? Nossa, esse tem uma memória ótima. Resolvi mandar uma mensagem de volta, pedindo para me encontrar no restaurante. Se Gabriel não me quer e Bruno 'ta muito ocupado com sua vadiazinha, por que não sair com o Ricky?
- Mas que demora hein?! O casal resolveu fazer uma before party e inclui a Bella nessa? - Louis zuou quando chegamos à mesa. Lancei um olhar mortal a ele e vi Bruno, Erick e Vitória gargalharem.
- Muito engraçado, Louis.
- Foi só uma brincadeira, Bella.
Sentei ao lado de Vitória, e o casal sentou de frente para mim. Sério, meus amigos me amam tanto que deixam o Gabriel de frente para mim. Senti algo vibrar em meu bolso e era outra mensagem de Ricky, dizendo que havia chegado.
- Aonde vai? - Vitória perguntou, quando arrastei a cadeira e me levantei, sendo que eu havia acabo de sentar. Todos na mesa me olhavam e com cara de quem fazia a mesma pergunta que ela. Apenas sorri e fui à procura do lugar onde Ricky havia falado que estava.
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Além do Limite
RomanceEu tinha certeza que a flexibilidade era o forte dele. E eu amo homens flexíveis. Eu sabia por que era obrigada a ouvir sua namorada (a qual eu tinha uma enorme antipatia) falar sobre as noites amorosas que eles tinham. Broxante. Não sei por que a...