Capítulo 21.
Natal. Época de festa, família reunida, bebidas, comida, árvores, bolas, presentes e neve.
Mas eu, particularmente, não gosto de natal. E lá estava eu, sozinha em meu apartamento. Vitória eErick foram pra uma viagem de uns dez dias, o Louis eu não tive nenhuma notícia, pelo o que ouvi dizerGabriel e Carol foram pra cidade dos pais dela e oBruno provavelmente ia pra alguma balada. É, ele até me convidou pra ir junto, mas eu fiquei tão cheia de trabalho nos últimos dias que resolvi não fazer nada. Época de festas é um inferno! É modelo daqui, modelo de lá... Mas por um lado foi bom, porque depois de todo aquele sermão da Vitória, eu só ia encher minha cabeça de porcaria. E eu não estava muito afim de nada. Tomei algumas decisões e aprendi a entender o que realmente meu coração queria, mas tudo seria resolvido no seu tempo. Mas uma coisa era certa: eu ia tentar conhecer pessoas novas. Eu tinha que sair desse mundo onde apenas se encontravam Bruno e Gabriel, um mundo tão bagunçado!
Olhei pro relógio que marcava 23h41min. Menos de uma hora para o natal. Grande coisa.
Liguei a tv e deixei em um canal de clipes, enchi minha taça com um champagne barato qualquer que eu tinha comprado e fui até a sacada do meu apartamento. Um carro parou do outro lado da rua e não reconheci, então devia ser em alguma casa por ai. Alguns minutos depois senti meu bolso vibrar e peguei meu celular, mas o número que ligava era restrito, então rejeitei.
A pessoa insistiu mais umas duas vezes, e na quarta, diferente das outras vezes, um nome piscava na tela do celular.
- O que uma moça tão bonita faz sozinha em uma sacada, em pleno natal, enquanto tem Londres inteirinha a sua frente?
- O que te faz pensar que to sozinha?
- Comprou um cachorro e não me contou?
- Bruno!
- Brincadeira, Bella!
- E esse carro aí? É novo?
- Sim, senhora. Mais tarde podemos dar uma volta com ele, mas sabe, to esperando você me convidar pra entrar, porque esse cheiro de peru aqui dentro ta me matando!
- Como se eu precisasse te convidar. Vai, vem logo. – ele desligou o telefone e segundos depois o vi descer do carro. E não é mesmo que tinha um peru ali? Logo ouvi a campainha tocar e ele já foi entrando e falando.
- Você não quis ir pra balada comigo, vim comemorar o natal com você. Então, qual a raça do cachorro? - ele sorriu e colocou as coisas que ele segurava em cima da mesa, me dando um abraço. O olhei irônica e ele me mostrou a língua. Criança. - Faz tempo que não te vejo!
- Tá uma correria lá na agência, mas eu já to de ferias. Só essa semana que vai ter uma confraternização e pronto, dez dias de sossego. - meus olhos até brilharam ao dizer aquilo - E a loja, como vai? - peguei em sua mão e o levei até o sofá, sentando na sua frente.
- Tudo certo. Semana passada estávamos enfeitando pro natal e o idiota do Louis caiu da escada. - ele começou a rir e eu imaginei a cena. - As vendas tão indo bem também e acho que é só. - ele riu mais um pouco e olhou pro relógio da tv. – Espero que tenha se comportado esse ano mocinha, é natal e aposto que você quer presentes do papai noel. - ele me abraçou pelo ombro. – Feliz natal, Bella.
Algumas garrafas de bebida se encontravam pela minha sala e vários minutos já tinham se passado desde a meia noite. Já havia recebido as ligações de natal dos meus devidos amigos e lá estava eu eBruno: ele encostado no sofá e eu deitada em seu peito. E nós estávamos um pouco longe do que pode se dizer de sóbrio.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Além do Limite
RomanceEu tinha certeza que a flexibilidade era o forte dele. E eu amo homens flexíveis. Eu sabia por que era obrigada a ouvir sua namorada (a qual eu tinha uma enorme antipatia) falar sobre as noites amorosas que eles tinham. Broxante. Não sei por que a...