Capítulo 14
(Coloquem para carregar: Miley Cyrus - Goodbye)Já fazia mais de uma semana que eu não tinha nenhuma notícia de Bruno. Ele nunca mais me ligou. Sumiu da minha vida, como disse que ia fazer, mas sei que uma hora ou outra ele teria que aparecer. Na semana que passou minha bipolaridade estava alta e eu estava tão sensível, que se alguém falasse "oi" para mim, eu seria capaz de chorar.
O dia na agência tinha sido extremamente estressante. Além de escolher as fotos, tive que acompanhar a sessão, e aquelas modelos magrelas me irritaram mais. Ainda vou procurar saber a diferença que faz tirar a foto do lado esquerdo ou do lado direito, e isso tirando o modelo que se achava o mais lindo de todos e nem era tudo isso.
Após a sessão de fotos, resolvi ir embora, já que não tinha mais o que fazer naquele lugar. Entrei no meu carro, pegando a rua principal que me levaria até em casa, mas ela estava um caos, o trânsito estava enorme e eu mal entrei ali e já tinha carros por todos os meus lados.
Eu sou muito burra de não pensar que àquela hora a cidade estaria um caos mesmo.
Desliguei o veículo, e quando a fila começasse a andar eu o ligaria de novo. Um conversível que estava do meu lado direito (com duas meninas dentro) aumentou o som de uma forma que eu podia ouvir muito bem a música. Eu não estava com paciência para músicas, muito menos a que começara a tocar. (N/A: coloquem a música para tocar.)
Senti alguma coisa quente tocar a minha boca, e quando levei a mão para ver o que era, percebi que estava chorando.
Olhei para o lado, pensando em formas de torturas para aquelas duas malditas. Elas cantavam alto e riam uma da outra.
Comecei a lembrar de momentos meus e do Bruno, coisas simples, mas que eu, provavelmente, não teria mais. Relaxei meu corpo no banco, amaldiçoando aquele trânsito de todas as formas possíveis. Até isso me fazia lembrar Bruno. Tudo me fazia lembrar, e isso também me recordava que tudo era culpa minha. Mas eu também não podia dizer que depois de tudo, a realidade veio à tona, e eu descobri que o amava incondicionalmente. Mas não era, se eu falasse isso seria mentira, mas o que eu sentia era falta da presença, companhia, os carinhos e a forma que só ele conseguia me fazer sentir. Mas, de verdade mesmo, nem eu sabia direito o que eu sentia. Bruno fazia tanta falta para mim, muita mesmo, mas eu não fui capaz de escolher entre ele eGabriel. E eu estava completamente confusa, entrando em um conflito interno entre meu coração e minha mente, onde eu não sabia quem eu realmente amava pela convivência e amizade ou quem eu realmente AMAVA! Ou pior: se eu ficasse com a segunda opção pelos dois...
Levei um susto quando ouvi meu celular tocar que quase perdi o fôlego. Vasculhei minha bolsa por todos os cantos possíveis, eu jurava que o aparelho estava ali, mas ele estava no porta luvas. Estranhei um pouco a pessoa que me ligava. Uma foto minha e do Gabriel piscava na tela do meu celular.
- Alô? - eu disse, ficando curiosa para saber o que ele queria comigo.
- Bella, é o Gabriel! - ele exclamou e fizemos nosso cumprimentos de 'tudo bem, tudo e você?'. - Hum... Você está ocupada?
- Bom, estou no meio do trânsito, completamente parado aqui - limpei minha bochecha, que ainda estava um pouco molhada. Ouvi uma buzina e me toquei que o carro à minha frente estava andando, devagar, mas andando. - Agora acho que estou conseguindo sair... Por quê?
- Sei lá, você não quer tomar um café comigo? Você sabe, conversar... - virei os olhos, rindo do jeito queGabriel falava, todo nervoso. Tentei equilibrar o telefone no ombros para poder dirigir, já que os carros estavam se normalizando. Se algum policial me pegasse com o celular dirigindo...
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Além do Limite
RomanceEu tinha certeza que a flexibilidade era o forte dele. E eu amo homens flexíveis. Eu sabia por que era obrigada a ouvir sua namorada (a qual eu tinha uma enorme antipatia) falar sobre as noites amorosas que eles tinham. Broxante. Não sei por que a...