Capítulo 17
- Amiga, por favor!
- Não dá, Bella...
- Por favor, estou de joelhos aqui em casa.
- Não posso, Bella. - Vick riu - E você não está de joelhos.
- Não estou, mas você podia muito bem ir comigo.
- Eu já combinei com o Erick de sair hoje, nós vamos jantar, essas coisas...
- Tudo bem, então... Pelo menos me ajuda na roupa. Sobretudo, jaqueta de couro? Vai, me ajuda. - eu disse, jogando-me no sofá. Era sexta à noite e eu não estava nem um pouco a fim de ficar em casa, mas eu não tinha companhia...
Mas quem disse que Bella Bella precisa de companhia?
- Sobretudo! Aquele bege que nós compramos semana passada...
- Verdade! - eu dei um gritinho. - Não usei ainda, obrigada, Vick.
Fiquei a tarde inteira pensando no restante de roupa que eu iria por. Aquele dia seria bem frio, segundo a previsão do tempo. Eu amo frio, mas amo mais ainda quando você pode dormir abraçada a alguém!
Fiquei vasculhando alguns canais da tv, tentando lembrar os lugares bons que Londres nos oferecia em uma sexta à noite, lembrei de um lugar que os meninos já tinham ido e elogiaram bastante.
E bom, pra todos eles gostarem, devia ser bom mesmo.
Terminei de ajustar meu sobretudo que completavaminha roupa. Peguei a chave do meu carro e saí. Pensei ter ouvido meu telefone tocar, mas tinha certeza que não era. Algum dos vizinhos tem o mesmo toque de telefone que o meu e, sempre que toca, eu saio correndo para atender, mas dificilmente é o meu!
Cheguei ao barzinho e até que não estava muito lotado. Uma música agradável saía das caixinhas de som embutidas e mesmo não lembrando o nome, eu sabia cantar a tal música.
Caminhei vagarosamente até os altos bancos que ficavam no balcão (confesso que tenho dificuldades de subir em bancos muito altos).
Bebi, cantei, bebi, cantei, bebi e... Ah, era só isso que eu tinha para fazer. Depois de alguns drinks, senti meu corpo relaxar e, se eu saísse dali, certamente sairia tombando.
Se beber sentada, continue sentada. Foi o que me disseram uma vez, e pior que isso é verdade.
- A senhorita precisa de companhia? - ouvi alguém sussurrar em meu ouvido e eu estava prestes a xingar a pessoa, quando meus olhos encontraram os de Bruno.
- bruno? - eu disse, sem esconder meu tom de surpresa.
- Oi, Bella. - ele disse, sentando-se no banco ao lado.
- Você está me seguindo ou nos encontramos por acaso? - perguntei, vendo Bruno sorrir de lado e pedindo uma bebida qualquer ao barman.
- Se eu fosse orgulhoso, eu diria que foi por acaso, mas, na verdade, liguei para sua casa algumas vezes e depois para a Vick, que me disse que você estaria aqui. - eu havia avisado a Vitória? Juro não lembrar disso. Ah, acho que me recordo algo sobre 'estou indo ao Puppet's, se resolver não deixar uma pobre amiga abandonada na mesa de um bar, aparece por lá'
Doce ilusão. Vitória nunca que iria lá me fazer companhia... Eu ainda mato Erick pela existência dele em algumas horas.
- Por que veio atrás de mim, então? - sorri, esperando a resposta.
- Você sabe que eu nunca - ele deu um gole na bebida que o garçom havia acabado de colocar na frente dele. - vou te abandonar, por mais que isso soe meio sadomasoquista, eu sempre vou estar de olho em você. Não queria que você ficasse sozinha e indefesa em um barzinho! - eu queria dizer 'oun' bem alto, mas apenas sorri, bem abertamente.
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Além do Limite
RomanceEu tinha certeza que a flexibilidade era o forte dele. E eu amo homens flexíveis. Eu sabia por que era obrigada a ouvir sua namorada (a qual eu tinha uma enorme antipatia) falar sobre as noites amorosas que eles tinham. Broxante. Não sei por que a...