Capítulo 9

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Boa leitura

Anastásia:

Acordo cedo, tomo banho me arrumo, organizo o que falta para levar na viagem e desço pra tomar café, lá embaixo estão todos em uma conversa animada, escuto a voz de Christian e Elliot falando sobre algo da viagem, sobre os lugares que nós vamos passar.

_ Bom dia para todos.
_ Bom dia Ana.

Todos respondem, menos Christian, já começo achar que essa viagem vai ser um saco, com esse jeito que Christian está comigo, droga viu. Tomo meu café rápido, nos despedimos de todos e seguimos para o carro.

_ Coloca o cinto Anastásia.
_ Pronto, já coloquei.

Seguimos por algumas horas em silêncio, eu com meu fone, lendo uns manuscritos e Christian concentrado na estrada, paramos para almoçar, o restaurante é simples, mas muito bonito, ainda em silêncio terminamos nosso almoço e seguimos para nossa viagem.
Depois de algumas horas chegamos em uma cidade pequena, achamos um hotel, lindinho, pequeno e simples do jeito que eu gosto, depois da moça da recepção quase comer Christian com os olhos seguimos cada um para o seu quarto, respondo alguns e-mails, tomo um banho e vejo que tem uma mensagem da Mia no meu celular.

Mia: Oi florzinha, como está a viagem?
Eu: Oi Mia, está tudo bem, tirando a parte que eu e seu irmão não trocamos uma palavra, e ele está todo estranho comigo, mas de resto estamos bem.

Não demora e me responde.

Mia: Logo esse mal humor dele melhora Aninha.
Eu: Você não deveria ter me colocado nessa viagem Mia, ele deve estar assim porque a Leila disse pra ele se afastar.
Mia: Está doida, Aninha? Calma logo ele melhora deve estar com algum probleminha.
Eu: Está bem, agora vou descansar depois nos falamos mais beijos, te amo amiga.
Mia: Está bem, beijos, te amo minha florzinha.

Já estou deitada, quando alguém bate na porta.

_ Oi Christian, aconteceu algo?
_ Vim chamar você, já está na hora do jantar.
_ Estou sem fome, mas obrigado.
_ Você está bem, está sentindo algo, por que não quer comer?
_ Aí Christian, não precisa se preocupar comigo, eu estou muito bem obrigada, tenha um ótimo jantar e uma boa noite.

Fecho a porta na cara dele e me arrependo em seguida, mas poxa ele só pode ser louco me trata assim frio e seco a dias, estamos nessa de um não falar com o outro sei lá porquê e do nada vem me chamar pra jantar como se estivesse tudo normal, não aceito mesmo. Estou lendo quando alguém bate na porta de novo, abro a porta e Christian está ali parado, lindo com aquele cheiro de quem acabou de tomar banho e passar aquele perfume amadeirado que deixa qualquer mulher mexida.

_ Anastásia, será que eu posso entrar pra gente conversar?
_ O que você quer conversar?
_ Posso entrar?

Ele pergunta mas noto que sua voz está diferente, seu olhar é triste.

_ Claro, entra, o que aconteceu?
_ Eu já dei motivos pra você pensar que não pode confiar em mim Anastásia?
_ Claro que não Christian, você está louco? Você é a pessoa que eu confiei pra me ajudar no momento mais triste e difícil da minha vida.
_Então porque não confiou em mim semana passada?
_Mas eu confio em você, já disse.

Falo ficando um pouco triste, porque sei do que ele está falando.

_ Não, você não confia. Por que não me contou o que Leila fez com você aquele dia que você sumiu?

Respiro fundo e penso comigo mesma. Assim que eu encontrar Mia Grey eu vou dar uma surra de chinelo nela.

_ Christian, Leila é sua namorada, não quero ficar com fofocas que atrapalhem vocês dois, mas deixa isso pra lá já passou.
_ Não passou Anastásia, primeiro eu nunca voltei nem vou voltar pra Leila, segundo nunca mais me esconda algo assim por favor.
_ Tudo bem, não vou esconder nada de você, mas por que estava me tratando tão frio daquele jeito?
_ Porque eu fiquei bravo por você não ter me falado o que aconteceu, mas  me desculpe por tratar você daquele jeito.

Ficamos ali conversando mais um pouco, então ele resolve ir dormir.

_ Boa noite Anastásia, já está tarde e amanhã pegamos a estrada cedo.
_ Boa noite Christian.

Ele sai do meu quarto, deito e logo durmo, no outro dia com meu celular despertando, tomo banho, arrumo mala e vou até o quarto Christian chamar ele pra tomar café comigo.

_ Bom dia Christian, vamos tomar café da manhã?
_ Bom dia, vamos sim.

Chegamos no restaurante do hotel, tinha uma mesa posta com muitas frutas, pãezinhos e tudo delicioso, tomamos nosso café em meio a conversas animadas, e sobre coisas que aconteceram na editora essa semana que passou.
Já na estrada, Christian e eu vamos conversando sobre nossas vidas e planos para o futuro.

_ O que você quer fazer quando voltarmos dessa turnê Anastásia?
_ Bom, primeiro quero comprar um apartamento pra mim, e depois criar coragem para publicar meu livro.
_ Seu livro? Não sabia que você já tinha terminado de escrever ele, me manda pra eu já começar a ler.
_ Mando sim, mas não sei se é muito seu estilo de livro, é um romance.
_ É na verdade não costumo ler muitos romances, mas o seu faço questão de ler com maior prazer.
_ Tudo bem, vou mandar no seu e-mail.

E dou uma risadinha sem graça, faz tanto tempo que não tenho essas conversas com Christian, assim tão perto jamais imaginei que ele ainda fosse tão animado e divertido, como na nossa adolescência, é bom saber que esse lado dele ainda está aí, e não é só um homem que pensa em trabalho. Chegamos ao nosso primeiro destino, a primeira noite de autógrafos, tudo está muito chique, muito bem organizado. Após o jantar com todos os patrocinadores do evento Christian me chama para conhecer a cidade.

_ Nossa aqui é tudo muito lindo Christian, muito frio também.
_ Você está com frio? Podemos ir para o hotel agora se você quiser?
_ Não precisa, vamos passear mais um pouco e comer algo, estou com fome.
_ Tudo bem senhora comilona, vamos comer então.

Estamos em uma praça com muitas pessoas passeando, mesmo com esse frio e tanta neve.

_Ana.

Christian me chama, ele está logo atrás de mim e quando eu olho pra ele sinto uma bolinha de neve acertar bem na minha testa.

_Oh meu Deus Ana, me desculpe, eu fui apenas brincar com você, mas não era pra acertar na sua testa é que eu sou péssimo de mira.
Olho pra ele seria, pego um pouco de neve e jogo em seu rosto dando risada dele, e ali iniciamos uma guerra de bola de neve, quando estamos cansados de brincar e dar risada eu acabo escorregando, mais antes de cair Christian consegue me segurar pela cintura, ficamos ali por alguns segundos um olhando para o outro, e nossos corpos tão próximo, nosso rosto a centímetros de distância, quando fico de pé de novo disfarço para desfazer esse clima estranho que ficou entre nós.

_ Uau, obrigado você está ficando bom em não me deixar cair.

_ Se depender de mim você não cairá pequena.

Aquelas palavras fazem meu coração acelerar,  chamo ele pra irmos logo comer e voltar pro hotel que está ficando mais frio.

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