Cortina de Aço | Parte 5

113 12 9
                                    

- Quando vai  ser o coquetel? - perguntou Djey, mais Calma.

- No Domingo - disse Erik - Você vai? - ele perguntou não escondendo o brilho zombeteiro no olhar.

- Sim. - respondeu do mesmo modo.

Mylena parecia mais acordada do que nunca, achando tudo muito engraçado.

- Levaremos você até sua casa, assim saberei onde mora para pegá-la domingo.

- Vim de carro- disse rapidamente.

- Seguiremos seu carro. Lembre que domingo será minha namorada e deverá chegar me acompanhando.

Já estava se arrependendo de ter aceitado a brincadeira. Um leve medo lhe ocorreu.

No caminho até sua casa não conseguiu pensar em quase nada. Ao chegar em seu prédio ainda viu Mylena lhe acenando enquanto Erik dava uma leve piscadela que o deixou ainda mais charmoso.

Sentia raiva de si mesma por não ter colocado as coisas no seu lugar devido lugar, se deixou dominar pela situação e isso não era nada bom.

A noite parecia longa demais, teve um sono agitado e pela manhã parecia mas cansada do que o normal. Fez seu desjejum enquanto pensava no que faria durante todo o sábado.

Precisava de uma roupa apropriada para o coquetel, iria atrás disso e aproveitaria para fazer uma visitinha seu pai.

Harold Walace tinha sessenta anos, morava sozinho em um apartamento pequeno, mas aconchegante. Desde que sua mãe havia morrido há três anos, Harold optou por viver só. Amava sua única filha de um casamento que durou mas trinta anos. Seus pais viviam bem e Djey não lembrava de ver os deve desentendendo por qualquer motivo, pelo menos não em sua frente. Talvez por isso Djey era tão criteriosa na busca de um parceiro.

- A que devo a honra dessa visita filha? - perguntou Harold enquanto beija ternamente na testa de Djey.

- Ora papai, não fale assim que fico com a consciência pesada.- Djey reclamou.

- Entre filha e me conto, que bons ventos a trazem aqui.

- Aproveitei que vinha para esses lados e já vim ver o senhor. Sabe que sinto sua falta e como o senhor não apareceu no escritório essa semana, que vir. Onde está Janice? - perguntou agora se referindo a uma empregada.
Janice era uma jovem senhora que trabalhava com Harold antes mesmo de ficar viúvo. Isso importante fé na época pois estava perdido sem alguém para ajudá-lo. Apesar de Djey sempre estar ali, nenhum dos deve ter cabeça para enfrentar aquela situação.

- Janice teve que visitar a mãe doente, mas no fim da tarde já estará de volta. Mas como foram as coisas no seu trabalho?

- Bem, até consegui tirar uma tarde de folga ontem.

- Isso é bom. Tem que fazer isso mais vezes.

- As coisas andavam um pouco tumultuadas, mas agora já estão mas calmas.

- Quando você vê casada Djey? - sempre que seu pai a via uma pergunta era a mesma e isso acabava irritando Djey um pouco - Sei que não gosta que me intrometa na sua vida, mas é que estou cada dia mais velho e me preocupo com seu futuro, quero que você fique bem e quem sabe ainda conseguir receber meu neto.

- Papai, sabe que ficarei bem de qualquer forma e sabe que não gosto que consumo a falar assim desse jeito, como se fosse me deixar- falou isso especial-o num gesto carinhoso- Quando eu encontrar alguém tão carinhoso quanto o senhor, não deixarei escapar e o trarei aqui para que o senhor o aprove também.

- Não demore muito para encontro-lo. Saia mais, divirta- se, precisa disso.

Seu tinha razão. Vivia para o trabalho, as vezes saia com Carol para dançar, Quando surgia algum covite de alguém até ia, mas nada além disso. Ultimamente tem ficado em casa, chegava em casa cansada e acabava sem coragem de sair. Precisava mesmo era de férias. Quem sabe uma viagem para algum lugar fora do país? Não havia programado nada com antecedência. De repente conhecer praias do litoral nordeste ou ir para Serra. Coisas do tipo ...

Cortina de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora