Cortina de Aço | Parte 33

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Djey estava sentindo que as coisas estavam meio de ponta cabeça. Pediu a conta no Trabalho e seu chefe ficou desesperado, fez várias propostas para que ela não saísse. Por fim, depois de explicar o que estava acontecendo ele acabou entendendo. Carol entristecida chorou muito ao se despedir de Djey.

Harold deu seu total apoio, só reclamou pelo fato de saber que iriam viajar, mesmo que fosse por pouco tempo.

Na segunda-feira já estavam no avião e Erik colocou Djey a par das últimas orientações. Dessa vez iria mais para acompanha-lo, quando voltassem então, começaria ao lado dele na empresa. Erik falou em por alguém para ajuda-la, pelo menos no início.

Erik era bastante envolvido no trabalho, compenetrado, se dava bem com todos e fez questão de apresenta-la a toda equipe. Trabalhou muito durante aqueles dias. Quando a noite chegava as coisas mudavam, ele embora cansado se esforçava para agrada-la. Para ajudar Erik a relaxar ela fazia massagens e sempre funcionava.

Numa manhã Djey preparava o café quando Erik a surpreendeu abraçando-a pelas costas.

- Bom dia amor!- falou entusiasmado- Que cheirinho bom de café.

- Bom dia meu cheiro! Vou preparar um café da manhã reforçado para você enfrentar esse último dia aqui.- estava feliz.

- Já falei que você está me acostumando mal. Pensei que ter você do meu lado seria ótimo, mas é bem melhor do que eu esperava.

Djey abraçou e beijou ele agradecendo.

- Vou fazer você o homem mais feliz do mundo e que nunca se arrependa de ter me escolhido.

- Você me renovou Djey, me sinto um garotinho em suas mãos. Fico feito bobo quando vejo que outros homens te olham e falam gracinhas para você. Fico morto de ciúmes.

- Não há necessidade de você sentir ciúmes, sou sua por inteiro. Meu coração é seu, não há espaço para mais ninguém, nem meus olhos veem outra pessoa além de você. Estou perdidamente apaixonada por você.

- Não lembro de ter amado alguém como amo você Djey. Agradeço a vovó por tê-la conhecido, pois me deu você de presente.

- Vou terminar de preparar seu café antes que comece a chorar.

- Está bem. Vou terminar de me arrumar. Por falar nisso, está linda neste vestido.

O vestido rosa com detalhes em preto era realmente bonito, de lã com mangas compridas um pouco abaixo dos joelhos, optou por botas e jogaria um sobretudo para enfrentar o frio mais uma vez.

Pensou no novo cargo que iria exercer e ao voltar iria fazer uma compra de roupas para isso. Teria que estar vestida a altura.

Erik não parou um só minuto na fábrica. Djey prestava atenção a tudo. Por volta das dezessete horas Erik a chamou para voltar ao Hotel. O voo estava marcado para as vinte duas horas. Erik avisou que fariam compras antes de partirem e para sua surpresa ele comprou roupas para ela e para ele também.

- Não se incomode comigo Erik.

- São presentes. Aproveite também já leve roupas para seu novo cargo. Quero você o mais coberta possível, para que não desperte pensamentos errados naqueles homens da empresa e nem fique me provocando também.- ele brincou.

- Que egoísmo é esse Erik? Sou tão imodesta assim?- ela entrou na brincadeira.

- Falando sério, me preocupo com tantos olhares sobre você.

- Não tem que se preocupar com isso, você só tem que controlar melhor esse ciúmes.- Djey falou carinhosamente.

Depois que voltaram foi direto para seu apartamento.

Demorou alguns dias até se adaptar ao novo trabalho. Erik sabia dividir bem amor e trabalho, mas as vezes ficava difícil quando estavam próximos, Erik acabava agarrando-a ali mesmo dentro do escritório. Da última vez foram pegos em flagrante pela secretaria Janice, que discreta fez de conta que não viu. Os dois riam da situação.

Com as vendas aumentando, a produção aumentava ainda mais. No final do dia Erik estava bastante cansado. Ultimamente o via mal-humorado e para não correr o risco dele rejeitar sua companhia, se despedia ali mesmo. Um pouco decepcionada voltava para seu apartamento solitária, sentindo a falta dele.

Deitada em sua cama o cansaço tomava conta do seu corpo. Estava dormindo quando foi acordada com o som do telefone.

- Alô!- falou com a voz rouca.

- Oi meu amor?- era a voz carinhosa de Erik.

- Que bom ouvir você meu amor!- Djey sorriu- Já estava dormindo.

- Me desculpa anjo, estava sentindo sua falta, queria muito estar aí.

- Por que não veio?

- Não me tente garota.

- Falo sério, devia ter vindo, me sinto sozinha, estava triste quase não nos vimos hoje.

- Com toda essa correria, ficou difícil. Espero que logo as coisas se acalmem.

- Estou preocupada com você. Tenho reparado que você anda cansado e queria fazer mais para ajudar.

- Já está me ajudando. Não sei como está aguentando meu mal humor e não quero perde-la por causa disso.

- Não vai.- falou ternamente- Amo você e estou adorando trabalhar ao seu lado. Quando achar que não devo me aproximar é só falar, não vai me magoar.

- Está louca? Nem me passa pela cabeça uma coisa dessas. Quero você do meu lado o tempo todo. Ouviu?- Erik falou determinado.

- É bom ouvir isso. Que tal vir amanhã me visitar? Comemos pizza, tomamos um vinho, relaxamos um pouco, te faço uma massagem que você jamais irá esquecer.

- Hum...Fico maluco quando fala assim.

- Você não respondeu. Vai vir ou não?- ela insistiu.

- Claro que sim!- exclamou- Agora vou deixa-la dormir. Boa noite meu anjo.

- Queria ficar ouvindo você a noite inteira...- falou num gemido.

- Até amanhã meu amor, durma bem.

Estava feliz por ele ter ligado, porque sentia sua falta.

A sexta feira foi ainda pior que os outros dias, um pedido enorme estava para sair e Erik estava em cima dos chefes de produção. Sem tempo nem para se alimentar, Djey ia até ele para passar informações e ele estão pausava e aproveitava para lhe dar um abraço ou um beijo. isso era reconfortante.

Perto das dezesseis e trinta Erik foi até uma das filias e Djey ficou para receber um comprador.

A noite chegou e Djey foi para o apartamento. Tomou uma ducha e ficou um pouco mais para relaxar embaixo da água quente. Colocou Shania Twain para tocar. Decidiu ficar só de roupão, foi até a cozinha preparar um café.

A campainha tocou. Erik estava de banho tomado, seus cabelos ainda úmidos, barba feita. Seu sorrido iluminou o ambiente.

- Achou que não viria mais?- ele perguntou entrando.

- Imaginei que estaria cansado.- abraçou-o oferecendo seus lábios.

- Para você nunca estarei.- beijou-a ternamente. Pegou- a pela mão e foi até a sala, escolheu Eagles, Hotel Califórnia e pôs para tocar. Erik puxou-a para si e voltou a beija-la, seus corpos se movimentavam ao som da música. Erik beijava o pescoço de Djey, cheirava seus cabelos e murmurava palavras que ela mal compreendia pelo simples fato de estar extasiada nos braços dele. Erik abriu seu roupão e deslizava as mãos quentes pelo corpo macio de Djey numa ânsia louca, mordendo seus ombros. Suspiros, gemidos e frases de amor é o que se ouvia além da música. O desejo ardente os arrebatou e foi ali mesmo que se amaram, primeiro no sofá, depois no chão sobre o tapete macio, como dois amantes insaciáveis...


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