Blinding Lights

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Aviso: Gente, não tenho hábito de escrever cenas hots, espero que vocês gostem!


– Não seria egoísmo fazer isso?

– Talvez seja, mas não quer dizer que esteja errada... E aí o que vai ser?

– Vamos ter um filho, Val. – Digo, porque mesmo diante de todos esses problemas que a situação vai trazer continuo não querendo mais a vida que eu poderia ter antes. Não quero me afastar de Val, mas desistir dela, uma pessoa que nem conheço ainda, e que nem sei se é realmente uma menina parece impossível e completamente irreal. Teremos que dar um jeito, não tenho mais como voltar atrás nem se quiser.

Depois dessa conversa Val me abraça forte e adormecemos, e pela primeira vez desde que descobri tudo tenho um sono tranquilo, sem sonhos e pesadelos. Acordo no dia seguinte e Valério já não está mais aqui, nosso pai volta de viagem hoje de manhã e se nos visse juntos de novo acho que nem precisaria contar sobre o bebê para nos expulsar.

Levanto e me arrumo, tomo um banho relativamente demorado e sorrio genuinamente, ainda estou preocupada com muitas coisas, mas no fim me sinto mais leve por ter voltado atrás com a minha decisão. Agora apesar das dificuldades sinto que estou tomando a decisão certa e que de uma maneira que não compreendo ainda tudo vai se acertar com o tempo.

Pela primeira vez tomo coragem de realmente olhar para o meu corpo, para minha barriga, e para muita gente pode parecer que não tem nada de diferente, mas já consigo sentir um leve inchaço na parte inferior da barriga. 

Um pequeno inchaço que logo vai ser um bebê, meu bebê, só de pensar nisso sorrio. Acho que nada na minha vida nunca me fez tão feliz, pensar naquela menininha com os meus traços e os do Val aquece meu coração, e mesmo que ninguém possa saber quem é o pai dela, eu sei, e isso me emociona. Parece um sonho impossível, um que eu nunca tive coragem de verbalizar e que vai acontecer, vamos fazer acontecer.

Sei que vai ser o maior desafio da minha vida, ainda mais tão jovem, mas não tenho mais dúvidas. Não posso voltar atrás com a minha decisão, já amo essa criança mesmo sem conhecê-la. Coloco minha mão sobre a barriga, dessa vez sem nada por cima, e falo com ela:

– Oi, menininha, a mamãe mudou de ideia sabe. Vamos ser felizes, tá bom? Eu, você e o seu papai. A vida não é um sonho, mas a gente vai fazer o que pode e de um jeito ou de outro vai dar tudo certo, tá bom? – Não sou nenhuma idiota, sei que ainda vai demorar para o bebê realmente poder me ouvir, porém não consigo evitar, preciso que ela saiba que mudei de ideia e que me arrependo de ter cogitado não tê-la. Me sinto culpada só de lembrar o que quase fiz, mas não estendo o pensamento, não posso mudar o passado e diante de tudo não tinha como não cogitar essa possibilidade.

Em seguida me maquio rapidamente e me visto, já estou atrasada. Desço as escadas correndo e Valério dá cozinha me lança um olhar sério. Não diz nada, mas bem fala tudo sem precisar abrir a boca, se vamos ter esse bebê correr na escada é outro hábito que deveria excluir da minha vida e bem ele tem razão.

– Bom dia, Val. Nosso pai já chegou? – Pergunto preocupada, ele disse que voltaria pela manhã e não costuma mudar os planos sem avisar. Ou seja, precisamos tomar o dobro de cuidado com o que falamos ou fazemos.

– Bom dia, Lu. Ainda não, o voo dele só pousa as dez segundo a Rosa.

– Temos tempo então. – Me aproximo dele, olhando se não tem nenhum empregado por perto, e dou um selinho nos seus lábios. Ele enlaça seus braços na minha cintura e sorri para mim.

– Senti saudades dos seus Bons dias... São os melhores. – Ele me beija de verdade, um beijo suave e cuidadoso, passa as mãos pelo meu rosto e me puxa para mais perto. Não tem malícia ou tensão sexual, apenas muito carinho e amor acumulado, como senti falta dele, passo minha mão pelo seu rosto e sorrio novamente.

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