Aos poucos ele coloca seu membro dentro de mim, e juntos nos redescobrimos. Não consigo parar de olhar para ele, e meu meio-irmão faz o mesmo. Gememos juntos e nos beijamos enquanto não paramos de nos mover, como se quiséssemos ficar ainda mais próximos um do outro. Não sei quanto tempo dura, a sensação que tenho é que durou uma vida inteira e quase tempo nenhum, é como se só existisse nós dois no mundo...
Quando terminamos continuamos juntos por algum tempo, eu abraçada nele e com a cabeça apoiada no seu peito. Só Deus sabe o quanto sentia falta disso...
– Que horas são? – Pergunto sem nem me mexer, sei que precisamos nos levantar, arrumar a bagunça que fizemos e ir para a escola, mas confesso que só queria poder continuar ali por mais uma vida inteira, na nossa própria fantasia.
– Dez para as nove... Acho que perdemos o segundo tempo.
– E o terceiro, a aula inteira na verdade... Não vão nos deixar entrar mais. – Digo sorrindo nem um pouco preocupada. Honestamente não ligo de ter perdido mais um dia de aula, valeu a pena. Para estar com ele sempre vale.
– Por que você não parece triste com isso?
– Digamos que valeu a pena. – Falo e dou um selinho nele. Antes de me levantar de seus braços.
– Não queria que esse momento acabasse. – Diz ele enquanto me observa andar pela cozinha atrás da minha calcinha.
– Vamos ter outros, Val. Agora anda logo, Rosa pode chegar e não quero que ela veja nada disso. – A contragosto meu meu-meio irmão se levanta e se veste.
Juntos limpamos e arrumamos a bagunça o mais rápido possível, ninguém podia nos ver por ali ou teríamos problemas com nosso pai.
– Agora a senhorita pode sentar e tomar o seu café da manhã? – Confesso que nem sequer tinha pensado nisso, mais um hábito que precisa ser modificado. Mesmo sem fome me sento e como os morangos que ele coloca a minha frente.
– Leve e saudável.
– Obrigada, Val. – A escolha dele me faz sorrir, é minha fruta favorita e ele sabe disso.
...
Com outra roupa no carro, finalmente saímos de casa. Já é tarde demais para ir à escola, porém como não podemos estar em casa quando nosso pai chegar precisamos sair.
– Para aonde vamos? – Pergunto ao Val quando entro no carro.
– É surpresa...
– Você sabe que odeio surpresas...
– Não, você só diz que odeia, porque acha que tem que estar sempre no controle de todo, mas dessa vez é minha vez de comandar. – Val fala enquanto deixa para trás nossa casa.
– Já te deixei comandar bastante hoje, não? – Sorrio maliciosa e Valério gargalha e morde seu lábio.
– Não o suficiente.
– Se você diz... – Sorrio mais uma vez e me sinto leve. Quase como se não estivesse acontecendo tantas coisas na minha vida.
Reconheço o caminho que fazemos e fico ainda mais feliz.
– Por acaso, estamos indo para o nosso cinema? – Questiono sorridente. Nosso cinema, ou o "Grand Cinema", como o lugar realmente se chama, foi onde tivemos nosso primeiro e único encontro de verdade anos atrás. É daqueles lugares com poucos clientes, honestamente não sei como ainda está aberto, exibe sempre filmes independentes e estrangeiros e quando a sala está cheia tem tipo dez pessoas.
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Subtitulos
FanfictionDois meses após o fim da segunda temporada, Lucrecia volta a velhos hábitos destrutivos enquanto se afasta de todos. No entanto uma notícia inesperada acaba por uni-la com seus velhos "amigos" novamente.