IV

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-Pare de encarar! -Puxa a manga de seu primo levemente fazendo o mesmo encara-lo.

-É a Cobra na minha frente, é impossível não encarar!-Revida, os olhos arregalados em puro estupor, ambos os primos voltam o olhar para a líder da base logo em seguida, era realmente impossível para ambos não encararem a mulher que dava ordens aos homens e mulheres a sua volta, o chip de suas telas já estavam nas mãos habilidosas de um especialista.

-Vocês dois sabem que ela sente que não param de encarar ela, não sabem?- Os primos pulam com o susto e encaram a mulher de íris completamente pretas e cabelos brancos que se prosta no lado de Jay, envergonhados os homens gaguejam, a mulher até tenta segurar, mas ri alto com a vergonha dos primos. Secando pequenas lágrimas que se acumularam no canto de seu olho a mulher se inclina botando os braços por cima do ombro dos homens.

-Vocês me fazem rir, garotos, ai ai...- Jay se inclina curioso na direção da mulher, mas quem faz a pergunta é seu primo.

-Como assim ela pode sentir que a olhamos?-Sua voz demostrar toda a curiosidade contida, sua pergunta recebe um sorriso malicioso de lado.

-Ela sente, vê, escuta, tudo o que vocês estão fazendo, ela sabe!

-Mas como? Estamos a o que, três metros de distância dela?-Chuta Jay e a mulher franse o cenho encarando a distância de sua líder para onde estavam.

-Eu diria uns 5 metros. O que acha, cobra?-Pergunta sem levantar o tom e olhando as costas da mulher, os primos seguem o olhar e arregalam os olhos quando a líder de olhos reptilianos olha para trás, para a distância que os separam como sua prima fez e olha para os três, seus olhos param diretamente em Jay, o homem sente como se um dedo frio correse por sua coluna e estremece.

-5 metros e 32 centímetros, para ser mais exata!-Responde a voz metálica e Giula assobia baixo.

-Quase acerto dessa vez!- Diz com divertimento.

-Mas sorte da próxima vez!-Cobra fala, seus olhos não mudam de humor quando para de observar o homem para olhar sua prima -Va pegar as novas telas, já estão prontas! - Rapidamente bagunçando seus cabelos brancos com uma mão a sub sai em passos rápidos buscar as telas dos dois novos recrutas da resistência.

-E vocês dois...-Se vira novamente para os homens e semicerra os olhos na direção dos dois. -Parem de me encarar ou arranco seus olhos!-Ameaça, ambos os dois homens arregalam os olhos e desviam o olhar rapidamente. Deixando de franzir o rosto por trás da máscara a mulher retorna a seus afazeres.

Sensível como uma mula Jay não pôde conter o pensamento e morde os lábios para não sorrir, não queria que a mulher o visse rindo e ficasse ofendida, ele não queria ser mais uma das presas que caem nas garras de cobra. Ele já ouviu dizer que nem o mais treinado homem consegue ficar calado nas torturas da mulher, ela consegue tudo o que quer em menos de uma hora, mas que a mulher passa dias torturando uma mesma pessoa sem comer ou beber água apenas por diversão de escutar os gritos de dor...O homem estremece com a imagem que veio em sua mente e acorda de seu transe psíquico quando um grito é ouvido.

-SAI DA FRENTE!-Gritos são ouvidos seguidos de latidos altos, dois vultos pretos passam correndo entre as pessoas que tropeçam e caem, outras são atropeladas por não conseguirem sair da frente a tempo, forçando um pouco a vista o moreno percebe quem são os dois vultos pretos, dois democães com o dobro do tamanho dos que foram com Giulia correm na direção de Cobra, eram enormes, aqueles dois eram Sarai e Bravo, os últimos que sobreviveram do laboratório de guerra da república.
Um assobio alto é ouvido e ambos os animais pisam no chão com força parando na frente da mulher de máscara, um estalar de língua e obedecendo o comando o casal de democães se sentam no chão olhando a dona deles, as orelhas grandes levantadas em atenção enquanto as línguas pendiam para o lado, como cães adestrados, nem pareciam os dois que Jay via em fotos dos protestos e conflitos que participavam, uma em especial vem em sua mente, ambos os animais estavam com suas armaduras, ensanguentados por inteiro, Bravo estava em posição de ataque enquanto Sarai tinha uma mão humana na boca, a mão era de ninguém menos que Joseph Blatter, primeiro ministro da República, hoje o homem jura vingança pela mão perdida enquanto ostenta sua mão mecânica da mais nova tecnologia.

-Sai da frente!-Nick, irmão gêmeo de Giulia surge entre as pessoas, seu rosto está vermelho de raiva e frustação, leva duas correntes pesadas em mãos e anda pesadamente na direção dos animais.

-Pensei que havia dito claramente que os queria no canil...-Diz calmamente cobra e aponta para o chão, os animais que agora batiam em seu queixo deitam no chão rapidamente.

-Sei que sim, todos os filhotes me obedecem, mas esses dois são cabeças duras, já atacaram 5 cuidadores só hoje, estão hostis demais! Eles simplesmente rasgaram a grade de contenção e saíram correndo enquanto tentavamos pegar os filhotes!-Diz o homem bravo e cruza os braços batendo o pé no chão olhando com desagrado os dois animais que o olhavam de baixo como se não tivessem feito nada.

-Voltei!-Anuncia Guilia e entrega as duas telas para Cobra que suspira baixo.

-Arrume essa bagunça, eles ficarão comigo!- Fala recebendo um aceno de seu primo.

-Como quiser!- Olha para os primos que olhavam tudo de longe e acena -Iai, rapazes, depois deem uma olhada no canil, apresento os filhotes para vocês, vão gostar!-Pisca um olho antes de sair em direção ao amontoado de pessoas que tentavam organizar a bagunça que os dois animais causaram.

-Venham comigo, e fiquem calados!- Com passos rápidos passa do lado dos homens os entregando suas telas, seus dois animais guerreiros em seu encalço como guardas pessoais.-Vamos conversar sobre a princesinha.

Tineia/ConiusabHotel Diva(s)09:00 AmDuas semanas depois

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Tineia/Coniusab
Hotel Diva(s)
09:00 Am
Duas semanas depois.

Seu soco é certeiro em seu alvo, a mulher desvia de um atacante imaginário com maestria e quando se levanta salta e chuta com o peito do pé o pescoço do manequim que esmurrava a duas horas.

-Ja cansou?-Ouve atrás de si e bufa fazendo o cabelo que estava grudado em seu rosto voar por uns segundos e aterrissar novamente em sua testa.

-Não, volte depois!-Outro soco e então gira, segura a mão intrometida e, torcendo o braço de seu oponente o derruba no chão, soltando um som gultural do fundo da garganta solta a mulher intrometida que resmungava com dor.

-Ja disse para não tocar em mim quando treino!-Anda a passos rápidos ao distribuidor pegando uma toalha de rosto.

-Era o único jeito de fazer você parar...-Resmunga sua companheira -A nave já está na base para te levar para Forast, seu show começa em uma hora.

Suspirando, Maeve anda na direção do vidro que lhe separa de uma queda de mais de mil metros, a vista era maravilhosa e a mulher aproveita, não sabe quando verá de novo o mundo de um lugar tão alto novamente, naquele dia tudo iria mudar, ela sabia disso e não tinha medo, ao contrário, seu sorriso de canto surge ao ver homens e mulheres entrarem em seu quarto para baguncarem-na de cima a baixo.

-Vamos de uma vez, quero conhecer meu novo lar temporário...-Se vira para a mulher de cabelos brancos que ri lhe estendendo uma bolsa.

-So tenta não matar ninguém, isso não faz parte do contrato de cobra!- A mulher de cabelos negros pega a bolsa com um revirar de olhos.

-Deveria ter colocado isso no acordo, merda...-Resmunga saindo da área de malhação, a mulher rindo atrás de si a seguindo, os soldados começam seu trabalho e Maeve pode ouvir as coisas serem jogadas no chão e rasgadas.

Hoje,Maeve Evans Partesson some do mapa!

ʀᴇsɪsᴛᴇɴᴄɪᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora