Capítulo 3

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"I'm going under and this time I fear there's no one to save me"


Arthur nunca concordou comigo quando o assunto é Eloise, mas ele precisa, eu só quero protege-la e isso é o melhor para ela e para os negócios também, tudo que eu menos quero é um desastre em tudo. Os dois ficaram discutindo sobre isso o caminho inteiro, já estava me dando dor de cabeça ouvir as ofensas um do outro como se eu nem estivesse aqui, então resolvo encerrar essa briga sem sentido dos dois idiotas.

- ACABOU! - grito dando um leve tapa na cabeça de cada um - Caralho eu já disse, ela não vai agora, não vai depois, e não depende de nenhum de vocês

- Eu nem vou falar nada, concordo com você nisso - Rafael se pronúncia

- Ela treina com a gente desde pequena Bea, tem o mesmo treinamento que eu, se ela não pode vir porque eu posso? - pergunta imbecil que eu já respondi, que ódio

- Eu já disse, e além disso Cassandra não permite, e eu mando nessa missão e nas próximas, então eu decido quem vai e quem fica, acho bom não me irritar - ele revira os olhos

Faço que nem vi e pego meu celular ativando a localização, dou o celular para o Rafael e abro a porta depois que estaciona o carro.

- Lembrem-se, só é para interferir em casos extremos, caso de vida ou morte, me dêem tempo - eles assentem e fecho a porta do carro

Arthur arranca com tudo o carro e eu entro na boate, vou até o gerente e consigo o passe vip, subo até a área mais reservada que tinha ali e noto o alvo próximo, tinha duas mulheres em seu colo, preciso me livrar delas.

Peço para o Dj tocar uma música para mim e vou até a barra de pole dance, começo a dançar com os olhos fixos no dele, no começo ele nem me notou muito, mas logo estava com os olhos cravados em mim, pude sentir a inveja das duas falsificadas de longe, alguns homens que estavam ali também começaram a me olhar, mas continuei com meus olhos nele.

Ao final da música ele se levanta e vem andando na minha direção, daria uns 30 anos para ele, tem a barba rala e um pouco malhado, pena que morre hoje, seria um bom passa tempo talvez.

Me aproximo dele já provocando, passo meus lábios nos seus e aproximo bem meu corpo se esfregando nele.

- Vem comigo - sinto um tapa forte na minha bunda que me da uma raiva, mas dou um gemido contido para instiga-lo

- Vou a todos os lugares com você - Ele sorri e sai me puxando pelo braço

Homens como ele são previsíveis sim ou claro? Já fiz esse jogo milhões de vezes e sempre caem, chega a ser cansativo como colocam o desejo sexual na frente, vamos para fora da boate e entramos no seu carro, dentro do carro começo a provoca-ló, passando a mão em seu peitoral e as vezes descendo perto do seu membro.

- Merda! Se quer que eu bata o carro está no caminho certo - dou uma risada convincente e fico quieta no meu banco

Entramos no lugar do motel e ele logo pede um quarto para nós, ele deixa o carro no estacionamento e vamos para o quarto, ele já chega me agarrando e me beijando.

- Ei ei, calma - empurro ele um pouco e vou até o telefone pedindo um vinho para a recepção - Quero te instigar antes - empurro ele para a cama

Fico um bom tempo dançando para ele e as vezes vou até ele dando alguns beijos com direito a mão boba, não posso arriscar dele tirar minha blusa e ver o veneno, ouço uma batida na porta e encerro o beijo indo abrir, pego o vinho e levo até a mesinha de centro, aproveito que estava de costas para ele e tiro o vidrinho despejando inteiro na taça de vinho dele.

- Nossas taças estão prontas amorzinho - tento ser o mais melosa possível e vou até ele entregando a taça, lhe dou um selinho antes

Bebo a minha aos poucos e ele quase vira a sua bebendo de uma vez, bom menino.

Subo em cima dele ficando em seu colo e o empurro para deitar na cama, quando percebo que ele já está meio alterado pelo veneno o olho fixo e me pronuncio.

- Isso é para aprender a não roubar da minha família - não consigo conter meu sorriso ao ve-lo começar a espumar pela boca

- Q-quem é sua família - fala com dificuldade

- No momento, seu pior pesadelo - saio de cima dele

Saio do quarto e vou até o estacionamento pegando o envelope de dinheiro com Arthur, volto para o motel e entrego a recepcionista e ao homem que foi servir o vinho, tinha mais ou menos 100 mil em cada.

- Isso é para comprar o silêncio de vocês, entenderam? Nunca me viram aqui - eles assentem e sorriu satisfeita

Volto para o carro e dou um selinho em Arthur ao ver sua cara de irritado, ele ficaria assim por um bom tempo que eu não faria nada, mas estou de bom humor, ele deveria aproveitar minha bondade do dia.

- Desfaz essa cara feia Arthur, Eloise deve esquecer rápido e nós concluímos a missão muito bem, posso até ficar um pouco com você - seguro em seu queixo puxando devagar, ele me encara em dúvida mas logo avança começando a me beijar

Sempre foi assim, ele é minha âncora para talvez um pouco de normalidade, como tudo dura pouco logo o celular dele tocou, pego vendo que é o Rafael e atendo.

Ligação on

Rafael: Pelo visto os seguranças dele estão indo para aí já que ele ficou mais de uma hora sem responder, venham embora logo que eu já fiz todos os pagamentos de quem viu a Bea na boate e poderia ser perigoso

Eu: Olha que bom, ele aprendeu a ser eficiente, estou chocada!

Rafael: Você me ama sua tonta, agora venham logo que eu já estou indo

Eu: Ok, estamos indo

Ligação off

Devolvo o celular dele e logo começamos a ir para casa, lembro de avisar meu pai, pego o celular do Arthur e mando uma mensagem avisando que estava com o trabalho feito e já estava voltando, ele só mandou um ok.

[...]

Quando chegamos em casa vejo que o carro de Rafael já estava na garagem, então já chegou, saio do carro com Arthur e vamos para dentro de casa, estava toda apagada, então resolvemos ir para o meu quarto, deixo ele no quarto e entro no closet tirando aquela roupa apertada, coloco só uma calcinha e uma camisola.

Tiro minha maquiagem e penteio meu cabelo, volto para o quarto e Arthur está só de cueca jogado na minha cama, deve estar bem cansado mesmo, me aproximo dele e o abraço, ele logo começa a se mecher e me abraça por trás ficando de conchinha comigo, sinto seu cafuné e finalmente fecho os olhos me deixando levar pelo sono.

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Ice heartOnde histórias criam vida. Descubra agora