CAPÍTULO 11

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ANNA

Chego no meu apartamento e vou direto para o meu quarto, lembro da cena de Dean subindo naquele palco e a minha cara de idiota ao descobrir que o cara que eu pensava ser aparentemente "normal" era rico e de quebra ainda tinha uma noiva.  Fui tão idiota, eu devia ter imaginado que um cara como ele tinha algo a esconder.
     Vou até o banheiro e tomo um banho frio, lavo o cabelo permitindo que a água lave todas as coisas que vi hoje. Eu apenas queria que Dean simplesmente sumisse da minha vida agora. Saio do banho e percebo que ainda usava o colar que havíamos comprado juntos. Tiro e encaro o cesto de lixo por alguns segundos mas não tenho coragem, então jogo numa gaveta esquecida, espero não vê-lo nunca mais de novo.
Visto uma calça de moletom preta e um top branco, faço um chá e sento no sofá. Até que Stephanie chega e me olha preocupada.
— Anna, você está bem? — Perguntou Steph sentando ao meu lado.
— Vê-lo naquele palco me deu uma esperança de ficar com ele, conhece-lo melhor mas depois de saber que ele me enganou, que ele é rico e ainda é noivo... tudo acabou! — Explico com os olhos marejados e ela me abraça.
— Quando você saiu correndo, logo depois ele voltou para o salão com um cara bem gato. — Contou. — Ele estava com uma cara péssima, vocês conversaram?
— Ele quis se explicar mas eu não quis ouvir. — Falo e ela me olha sem entender. — Já estava tudo explicado, ele mentiu em tudo e se já começa assim, prefiro cair fora.
— É... você está certa! — Stephanie concorda. — Então se anima porque estamos de folga amanhã.
— Que bom. — Digo tentando ficar animada e ela bate palminhas animada.

Acordo no dia seguinte e o clima estava frio com um pouco de sol, então Stephanie e eu decidimos ir ao Central Park. Tomás também iria conosco. Tomo um banho quente, visto uma calça preta, uma blusa preta com mangas longas, um sobretudo caramelo e uma bota também caramelo.

     Stephanie já estava pronta, agora só ficamos esperando o Tomás chegar para irmos, até que ele chega e nós saímos

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     Stephanie já estava pronta, agora só ficamos esperando o Tomás chegar para irmos, até que ele chega e nós saímos. Chegamos no Central Park e sentamos na grama juntos.
— Como você está, maninha? — Tomás pergunta dando um gole no café.
— Estou bem, maninho. — Respondo com um meio sorriso.
Tomás se preocupava comigo, desde o meu primeiro relacionamento, quando saiu do controle, ele que estava lá para me ajudar.
— Anna!
Viro e vejo Dean parado na minha frente com um cara alto de cabelos pretos e olhos verdes. Dean vestia uma calça de alfaiataria preta, uma camisa social branca com os dois primeiros botões abertos e um tênis preto esportivo.

— Como você sabia que eu estava aqui? Está me seguindo por acaso? — Pergunto indo até ele bem irritada

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— Como você sabia que eu estava aqui? Está me seguindo por acaso? — Pergunto indo até ele bem irritada.
— Foi totalmente por acaso, mas eu não ia desistir de te procurar para te explicar tudo. Principalmente agora que moramos na mesma cidade. — Dean fala bem decidido.
— Então você meio que vai me explicar que você é rico... ou melhor, extremamente rico e que não tem uma noiva?! — Debocho.
— Basicamente isso. — Começou. — Tá, eu sou extremamente rico e isso eu não posso mudar e quanto à noiva...
— Nós vimos a garota no palco, seu pai disse que ela era da família. Não me trate como idiota, Dean! — Falo firme e ele me olhava com calma.

— Eu não tenho namorada, noiva ou o que quer que seja

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— Eu não tenho namorada, noiva ou o que quer que seja. — Dean explica. — Nunca me relacionaria com uma mulher se já estivesse num relacionamento!
— Isso eu tenho que concordar com o meu amigo! — O cara ao lado de Dean fala e eu olho para ele, curiosa.
— Qualquer homem diria isso para se ajudar o amigo a se livrar! — Stephanie se mete.
— Dean é o cara mais honesto que conheço. Eu que sou o "pegador" da amizade. — Ele fala e Dean passa a mão no rosto.
— Típico. — Steph sussurra.
— Andrew, fica quieto. — Dean fala e ele levanta as mãos em sinal de rendição. — Anna, você não sai da minha cabeça desde que nos conhecemos e quando te vi naquele salão, tive esperanças mas meu pai quer me casar por negócios e eu não quero isso. Jamais casaria com Victoria sendo por negócios ou não... eu não a amo.
     Sinto sinceridade em Dean mas ainda tenho minhas dúvidas se devo ou não, o pai dele o quer casado com a tal de Victoria e aparentemente ela era como Dean... rica, bonita e tem aprovação da família dele. Eu não tinha o que Victoria tem, eu sou apenas uma simples garçonete. Eu queria conhecê-lo mas não vai ser tão fácil assim.
— Dean, eu...
— Eu sei que você está confusa, mas eu quero sair com você de novo! — Ele fala e me entrega um número de telefone. — Esse é meu número, quero muito receber uma mensagem sua.
— Vou pensar no assunto. — Digo receosa.
— Preciso ir para o trabalho agora, mas espero sair com você novamente. — Ele fala e eu fico nervosa. Então reparo no pescoço dele e lá estava o colar que compramos no Caribe.
— Você ainda tem isso? — Pergunto surpresa.
— Nunca tirei! — Respondeu firme e eu fico balançada.
Dean e Andrew foram embora e Stephanie me olha com um sorriso malicioso nos lábios. Já Tomás estava sem entender o que tinha acontecido ali. Então eu explico tudo desde o Caribe até ontem a noite e ele fica surpreso.
— Caraca maninha. E eu achando que tinha problemas. — Tomás fala e eu junto as sobrancelhas.
— Que tipos de problemas você tem, garoto? — Stephanie pergunta com um tom de deboche.
— Lembra da Kriss, Anna? — Tomás pergunta e eu confirmo. — Estamos conversando desde que nos conhecemos e agora ele vem para Nova Iorque à passeio mas eu não planejo vê-la de novo.
— Imaginei que você já teria enjoado, você não consegue passar mais de uma semana com alguém. — Steph fala e eu sorrio.
— O sujo falando do mal lavado! — Digo e ela me mostra a língua.
— Apenas gosto de ter várias opções. — Ela fala irônica e nós sorríamos sem parar.

Voltamos para casa e eu vou até a gaveta em que larguei o colar e fico olhando para ele e pensando se mando a maldita mensagem ou não. Dean me deixou confusa ao me falar tudo aquilo no parque mas eu não consigo mandar a mensagem. Penso em tudo que passamos e guardo o papel com o número junto com o colar. A família de Dean tem uma preferida e eu não sou ela. Pelo o que pude perceber, a família de dele não parecia que ia querer me conhecer se soubesse que sou apenas uma garçonete. Não iria para frente mesmo se ele quisesse, não estou nem um pouco interessada em sofrer de novo.

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