DEAN
Chegamos no Caribe e uma das reuniões já aconteceria, para a nossa sorte minha mãe e Lisa estavam cansadas e resolvem descansar. Fomos para a empresa de Jonas Vandort, ele também era famoso no ramo da tecnologia comunicativa. Para a empresa seria ótimo ter um investidor como ele.
A secretária do Vandort nos leva para a sala de reuniões dele, percebo que David entrega um cartão para a garota, que sai mordendo o lábio inferior.
— Você não perde tempo, não é?! — O provoco e ele sorri de lado.
— Não tenho culpa se todas me querem, irmãozinho. — David se gaba e eu reviro os olhos.
— Mal sabe ela onde está se metendo. — Andrew diz e eu mordo os lábios segurando o riso.
— Campbell! — Jonas chega cumprimentando meu pai.
— Olá Vandort. — Disse meu pai. — Meus filhos, David e Dean e o braço direito e melhor amigo da família, Andrew Foster.
— É um prazer revê-lo, Sr. Vandort. — O cumprimento com um aperto de mão.
— Então, você que assumirá a filial da Campbell's em Nova Iorque? — Perguntou bem interessado.
— Eu mesmo. — Digo firme.
— Victoria vai ficar feliz em revê-lo, Dean! — Ele fala e eu suspiro desinteressado.
Victoria é a filha dele, auxiliava o pai na empresa. Nossas famílias ficaram mais próximas depois que meu pai e Jonas começaram a conversar sobre o investimento em Nova Iorque. E claro, que desde então ele e David vem me empurrando para Victoria e ela estava meio apegada a mim, isso me preocupava e pode acabar se machucando. Eu não me sentia pronto ou a vontade para me relacionar com alguém no momento, ela ainda tentava se aproximar e eu ficava meio receoso de ser indelicado ou grosso demais ao dizer que não quero nada com ela.
— Imagino. — Digo meio sem jeito.A reunião parecia que duraria horas e eu já estava sem paciência para o meu pai fazendo negócios, eu me importo muito com o que nossos clientes vão receber e meu pai só pensa em lucrar a todo custo. Finalmente a reunião acaba, eu já estava cansado da viagem e essa reunião me cansou ainda mais. Voltamos para o hotel bem tarde e acabo dormindo rápido de tanto cansado.
No dia seguinte, teríamos a última reunião e dessa vez, Victoria estaria nela para mediar as negociações do pai dela com a Campbell's. Tomo um banho e visto um terno azul quase preto e fico esperando Andrew terminar de se arrumar.
— Maninho, você...
De repente, Lisa entra no quarto e eu fico sem reação. Andrew sai do banheiro com o cabelo molhado e sem camisa.
— Lisa...
— Reuniões?! De novo?! — Pergunta bem irritada.
— Maninha, essa é a última e...
— Como é?! — Ela me interrompe. — Quando pretendia contar?
— Não era para vocês saberem, o pai está fechando com mais um investidor, ele não queria estragar suas férias, muito menos as da mamãe também. — Explico tentando acalmá-la. — Essa é a última e aí teremos a nossa viagem em família, eu prometo. Mas não conte nada para a mamãe.
— Eu esperava isso do papai e do David, mas não de você! — Ela fala e sai batendo a porta.
— Merda! — Bufo e ponho as mãos no rosto.
— Você acha que ela vai contar? — Andrew pergunta.
— Lisa não vai contar pela nossa mãe, mas agora eu me sinto um lixo. — Digo e ele põe a mão no meu ombro.
— Você não tem culpa dela ter descoberto as reuniões e querendo ou não, vocês vão poder aproveitar essa viagem hoje ainda. — Andrew tenta me consolar e eu respiro fundo.
— Vamos acabar logo com isso! — Digo e Andrew termina de ser arrumar.
David me manda uma mensagem com a localização de onde será a reunião e vai ser num restaurante. Chegamos e vejo todos sentados numa mesa.
— Dean... — Victoria me vê e fala meio nervosa. — É muito bom revê-lo.
— É bom revê-la também, Victoria.
A negociação demorou um pouco, mas conseguimos fechar o acordo e as empresas Vandort são oficialmente os novos sócios da Campbell's.
— Você não parece feliz com o nosso novo sócio. — Notou meu pai e eu engulo seco.
— Lisa descobriu a respeito e ficou bem chateada, mas acho que ela não falou nada para a mamãe. — Conto meio baixo e meu pai se surpreende.
— Conversarei com ela assim que chegarmos. — Ele fala meio seco.Os dias se passaram e a viagem se seguiu. Lisa e minha mãe se divertiram bastante. Andrew e Lisa acharam uma festa ao lado do hotel e conseguiram colocar nossos nomes na lista. Confesso que não estava muito no clima para festas, mas os dois me convenceram a ir.
Chegamos na tal balada, demos nossos nomes e entramos. A festa tinha bastante gente e a música era boa. Andrew sai para pegar bebida e eu fico esperando com Lisa.
— Tenta se divertir um pouco, Dean! — Aconselhou. — Seu tempo de reuniões já acabou.
— Vou tentar. — Asseguro e ela sorri.
Andrew me entrega uma cerveja e um drink de limão para Lisa, então ela sai.
— Eu já volto. — Disse Andrew e vai até uma garota ruiva na pista de dança.
Resolvo ir até o bar e percebo um cara segurando o braço de uma garota e ela parecia mega desconfortável, resolvo ir até ela e ajudá-la .
— Está tudo bem aqui, amor? — Digo me colocando ao seu lado e ela fica sem entender o que estava acontecendo naquele momento.
Não pude deixar de notar que ela é uma mulher muito bonita, tinha longos cabelos pretos, olhos castanhos escudos que se destacavam com a maquiagem leve que usava.
— Está sim, não é?! — Ela debochou e eu fico impressionado que ela entrou nesse teatrinho. O cara que a segurava muda a expressão e sai com o rabo entre as pernas.Depois que nos apresentamos, passamos a festa inteira conversando e bebendo. Anna era o nome dela, terminou a faculdade de publicidade e é uma mulher independente... e ela era incrível, nunca tinha me interessado por alguém assim. Depois do mico que passei cantando naquele karaokê, Anna e eu saímos correndo, fomos para uma lanchonete e pedimos hambúrguer com fritas. Nos divertimos bastante e resolvemos ir até a praia, deitamos na areia e ficamos rindo à toa.
Eu estava me sentindo eu mesmo com ela, não precisava ser o Dean Campbell, o milionário mais bem sucedido do mundo, filho de Otávio Campbell. E ser eu mesmo não estava sendo decorrente desde que os negócios começaram a engatar.
Anna faz piada com o fato de não me conhecer direito e nós rimos ainda mais. Paramos de rir e eu a olho nos olhos, ela era linda, os olhos castanhos brilhavam, desço o olhar para sua boca e não me aguentei. Demos início a um beijo calmo, porém, com desejo, parecia que eu precisava daquele beijo. Precisava da Anna para mim.
— Você é linda! — Sussurro parando o beijo e ela sorri. — Vamos sair daqui.
Saímos correndo de novo e fomos para o meu hotel e Anna fala que também estava hospedada lá, o que tomaria tudo mais fácil.
Anna entra no meu quarto e eu fico olhando para ela, se eu pudesse ficava a admirando a noite inteira. Vou até ela e ponho as mãos em sua cintura.
— Se não quiser isso, eu não ligo. Não quero forçar nada e...
— Você fala demais! — Anna fala e eu sorrio.O clima esquenta e eu a pego nos braços e ela passa as pernas em volta da minha cintura. Deito-a na cama e trilho beijos por todo seu corpo. Anna soltava gemidos baixos e arqueava o corpo de prazer, volto a beijar seu pescoço indo em direção a sua boca para admirá-la novamente. Ela morde os lábios ainda ofegante e eu a faço minha, chegamos ao êxtase do prazer juntos. Acabamos e eu deito do seu lado e sorríamos ofegantes, então ela vira de lado e eu me aproximo, ficando de conchinha e dormimos. Devo admitir que foi a melhor noite que já tive, nenhuma outra garota me fez sentir assim.

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OPOSTOS
RomansaAnna é uma garota de vinte e quatro anos que faz faculdade de publicidade e trabalha como garçonete. Dean é um cara de vinte e seis anos que terminou a faculdade de administração e agora trabalha na empresa de tecnologia da família e logo assumirá a...