CAPÍTULO 17

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ANNA

Assim que fecho a porta, perco o controle do meu corpo e apenas deixo as lágrimas caírem, minhas pernas fraquejam e eu senti de costas para a porta. Dean estava apaixonado por mim, assim como eu também estava, mas eu não posso ficar com ele. Otávio Campbell era um homem influente e não quer uma simples garçonete como nora, como ele mesmo já deixou bem claro. E se for para ser humilhada prefiro abrir mão de Dean e deixá-lo livre para se casar com Victoria. Subo para o quarto e deito na cama, quando minha mãe entra no quarto.
— Anna... — Disse baixinho. — Posso falar com você, meu amor?
— Eu não entendo o porque de tudo isso. Mãe, qual é o meu problema? — Pergunto com os olhos ainda marejados e ela senta ao meu lado.
— Não há nada de errado com você meu amor, entendeu!? — Ela fala séria, me forçando a olhar para ela. — Nem tudo que você ouve deve soar como a verdade, porque nenhuma palavra além das suas pode te definir!
— Então o que a senhora sugere que eu faça? — Pergunto.
— Eu ouvi o que ele disse e me parece sincero. Meu amor, não deixe que destruam o amor de vocês. Sei que é difícil, mas ele parece disposto a fazer dar certo. — Minha mãe fala me deixando pensativa.
— Eu vou pensar. Mas agora preciso ficar sozinha um pouco. — Falo e minha mãe deposita um beijo em minha testa saindo do quarto.
    Acabo dormindo depois de passar um tempo pensando, mas sou acordada de madrugada com um barulho vindo do jardim, algo batia na janela do meu quarto, levanto e vou até a janela do meu quarto e não tinha ninguém. Até que sinto apenas o vento de uma pedrinha passar perto do meu rosto, consegui desviar dessa pedrinha e eu não acredito no que vejo. Dean estava parado no meu jardim, o terno preto estava amarrotado, a camisa social branca semiaberta e Dean parecia estar bêbado.
— Dean, o que você está fazendo aqui uma hora dessas? — Pergunto surpresa aí vê-lo naquele estado.
— Eu estive de esperando pela droga da minha vida toda. Eu não vou desistir de você! — Ele falava alto e eu começo a ficar nervosa. A minha sorte é que tinha uma escada do lado da minha sacada, desço e vou até ele.
— Fique quieto, Dean. Vai acordar o bairro inteiro desse jeito. — Sussurro nervosa.
— Quero gritar para o mundo que você é minha mulher! — Grita e eu corro até ele, tampando sua boca.
— Eu queria que pudesse ser assim... — Murmuro tirando lentamente a mão da sua boca.
— Por que não pode ser assim? — Dean sussurra com os olhos marejados.

— Temos um amor impossível

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— Temos um amor impossível... eu não sou o suficiente para você! — Digo e Dean aproxima nossos rostos, grudando nossas testas.
— Desde que te vi, você habitou na minha cabeça, você é o suficiente para mim! — Ele fala e eu não consigo segurar as lágrimas.
— Dean... — Ia falar mas começa a chover. — Dean, vamos sair daqui, você vai pegar um resfriado.
— Eu não me importo... — Indagou e se ajoelha abraçando minha cintura.
— Levanta, levanta daí Dean! — Digo sem sucesso e eu me ajoelho na sua frente.
— Fica comigo? — Pergunta com as nossas testas coladas.
— Fico, eu fico. Agora vem, não posso te deixar sozinho nesse estado. — Falo e o levo para dentro.

Depois de alguns minutos tentando fazer com que Dean subisse a escada que dava ao meu quarto, finalmente conseguimos entrar. Para a minha sorte, meu antigo quarto na casa dos meus pais tinha um banheiro, então eu arrasto Dean para lá. Ligo o chuveiro, tiro sua camisa e o coloco debaixo da água gelada. Vê-lo daquele jeito me deixou com o coração apertado e todas as coisas que ele me disse no jardim me fizeram pensar ainda mais, ter mais dúvidas e me fez perceber que eu o queria mais do que pensei. Então o tiro do chuveiro e o deito na cama e ele já parecia meio sonolento.
— Eu te amo, Anna! — Ele fala com a voz embargada e eu me surpreendo.
Logo ele dorme e eu desci para a sala tentando digerir as palavras que ele havia dito. Ele disse que me amava, eu não conseguia parar de pensar em como apenas três palavras podiam mexer tanto.

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