O beijo não demorou muito tempo, ao menos não para quem estava olhando, mas para os dois parecia que haviam se passado horas, a intensidade que sentiram foi recíproca.
— Ah, me... me desculpe, Tom. — A garota sentou com as bochechas completamente coradas.
— Ei! — Riddle também se levantou — Por que está se desculpando?
— Eu não deveria ter feito isso, nos conhecemos há pouco tempo e somos amigos.
— Por que me beijou? — A morena engoliu seco.
— Como?
— É uma pergunta simples, senhorita Wezen.
— Fiquei com vontade, seus lábios parecem ser doces.
— Não quero que se desculpe por ter feito o que queria.
— Vou acabar ficando mal falada desse jeito.
— E quem liga para o que eles pensam?
— É fácil falar, você não é uma garota.
— Vamos combinar assim, eu te beijei, certo?
— E por que o tão desejado Tom Riddle me beijaria?
— Desejado? — O rapaz gargalhou.
— Não sabe da sua fama? Essas garotas te querem.
— Elas são bobas e não chamam a minha atenção, se quer saber.
— E quem chama?
— Poucas meninas.
— Você já gostou realmente de alguém?
— Não, o amor não chama a minha atenção.
— Ah, ele é frio, meus amigos. — Davina zombou.
— Boba, é só que... Quando você ama alguém as pessoas vão embora e eu não quero ser abandonado.
— Não são todos que vão te abandonar, Tom. As pessoas aparecem em nossas vidas para ensinar algo, mesmo que doa para aprendermos isso. Por exemplo, você me ensinou que sentar no chão gelado não é uma boa ideia. — O rapaz a encarou confuso, não entendia aonde ela queria chegar — Mas isso não vai me impedir de beber e sentar lá de novo esperando que você me salve.
— Uma donzela em perigo, quem resiste?
— Palhaço — riu fraco. — Estou com fome — reclamou.
— Tá afim de jantar antes do horário?
— Como?
— Vem, vou te mostrar alguns benefícios de ser monitor chefe. — Estendeu a mão para a garota a ajudando levantar.
— Seu uniforme continua limpo.
— Sorte a sua.
Os dois entraram no castelo e caminharam por alguns corredores, não haviam muitos alunos, a maioria ainda estava na biblioteca, e os outros esperando o jantar.
— Vai ter que me prometer manter isso em segredo.
— É tão errado assim?
— Terei que te matar se contar a alguém.
— Ameaças? Sua cara. Eu prometo não contar. — O moreno suspirou e encarou um quadro com uma pintura antiga.
— Fênix Incorporum. — Aos poucos o quadro revelou uma passagem escura com vários degraus.
— É aqui que vai me matar?
— Chega a ser tentador, mas gosto da sua companhia. — Tom entrou na passagem e ajudou a colega.
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Resquícios de amor: Tom Riddle - Livro 1
FanfictionPrimera parte de Resquícios de amor! Tom Marvolo Riddle, era o seu nome antes de ser conhecido como Voldemort o Lord das Trevas. Muitas se questionam se ao menos uma vez na vida ele teve piedade ou sentiu algo em seu coração - se é que este existia...