Capítulo 12

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A noite estava fria, mas isso não impedia Tom Riddle de passar a madrugada acordado estudando sobre runas antigas. Davina dormia tranquila em sua cama, mesmo ele tendo convencido a garota de dormir em seu quarto eles não haviam feito nada, apenas conversaram por algum tempo e ela dormiu.

Por um breve momento o moreno encarou a garota em sua cama, não sabia o que estava sentindo, nunca havia se sentido desta maneira. Aproveitou que ela estava dormindo e pegou seu diário que estava escondido.

“Hogwarts, 28 de fevereiro de 1944

Isso é uma grande estupidez! Estou há quase um ano procurando objetos preciosos para conseguir alcançar um dos maiores feitos no mundo.

Tenho medo que Davina descubra o que eu fiz durante o semestre passado, ela jamais me perdoaria. Essa coisa que está acontecendo entre nós me assusta... Ela não parece com as outras garotas que já me relacionei.

Mas sei que ela será útil um dia, sua compaixão e fidelidade podem me ajudar no futuro. Jamais pensei que gostaria de ter um futuro ao lado de alguém, mas quando eu estiver no topo, quero que ela esteja ao meu lado.”

O rapaz logo deitou-se ao lado da senhorita Wezen e a abraçou forte, sentiu que seu corpo estava quente, talvez porque ele estivesse há quase duas horas no frio de seu quarto.

Pela manhã Davina acordou mais cedo que o rapaz, o encarou e sorriu. Reparou que os cabelos escuros do rapaz estavam totalmente bagunçados, a jovem levantou-se e usou o banheiro. Ainda estava muito cedo, ela só queria poder dormir até mais tarde durante a semana.

Logo voltou para a cama e distribuiu alguns beijos no rosto do garoto, Tom mal havia dormido durante à noite mas não reclamaria por ser acordado desta maneira.

— Bom dia. — Lhe deu outros beijos.

— Mmm... bom dia — sorriu de lado e a puxou para perto.

— Dormiu tarde?

— Uhum. — Deitou sua cabeça em seu ombro.

— Quer que eu te deixe dormir mais?

— Não, só preciso lavar o rosto. — O moreno entrou no banheiro e logo voltou — Viu? Novo em folha.

— O que água não faz? — sorriu olhando-o.

— Hum, você dormiu bem? — perguntou Tom, jogando-se ao seu lado.

— Melhor impossível, mesmo que tenha me obrigado a dormir com você.

— Obriguei? Achei que gostasse da minha companhia.

— Eu gosto.

— Então? — A encarou.

— Sabe Tom Riddle, você me intriga. — Sentou-se e acariciou seus cabelos.

— Por que senhorita Wezen?

— Não sei ao certo, uma hora você é todo fofo, depois é seco. Bem inconstante, não acha?

— O que espera de mim?

— Não sei ainda, eu deveria esperar algo?

— Por que estamos falando sobre isso?

— Jogando papo fora — sorriu.

Os dois ficaram em silêncio por um breve momento, Tom tentava decifrar a garota ao máximo, mesmo que isso o incomodasse. Talvez fosse por isso que gostava dela, Davina era um constante mistério que o rapaz queria desvendar.

— Davina?

— Hum?

— Me beija?

— Como? — sorriu o olhando.

Resquícios de amor: Tom Riddle - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora