Resquícios de amor: Tom Riddle - Livro 1

Capítulo 26

Um ano depois...

“Londres, 20 de julho de 1947

Estou exausto, dizem que escrever ajuda, mas estou escrevendo todos os dias há um ano e essa dor que sinto só parece piorar.

Por minhas contas, meu bebê faz aniversário esse mês. Jamais pensei que seria como o miserável do meu pai, minha criança está crescendo sem um pai, minha amada Davina está sozinha.

Desde o dia em que ela se foi, eu ordenei para que meus seguidores a encontrassem. O último ano foi um desastre, um completo borrão, não fiz absolutamente nada..."

Tom foi tirado de seus pensamentos quando a porta de sua casa foi fechada com agressividade. Seu fiel amigo passou pela porta sorridente, Abraxas estava ajudando Riddle há meses.

— O que está fazendo? — perguntou Abraxas, pegando uma garrafa de uísque.

— Nada.

— Nada? Fala sério, beba um pouco, tenho uma ótima notícia para você — o loiro sorriu, entregando-lhe um copo.

— Fala logo, Malfoy — disse Tom, bebendo todo o líquido.

— Eu estava andando pelo Beco Diagonal, e adivinha quem eu vi?

— Davina?

— Quase! Fitzgerald e sabe o que ele estava comprando?

— Não tenho tempo para adivinhações. — Levantou-se enchendo seu copo.

— Não estrague o meu momento, Edward estava comprando balões e presentes, sabe o que isso significa, não?

— Ele gosta de festas.

— Por Merlin, Tom Riddle! — Malfoy gritou. — Edward vai fazer uma festa, eu o segui até um prédio antigo perto do banco, tenho certeza que Davina está lá.

— Impossível, já a procuramos por toda a Europa, Davina não estaria tão perto assim.

— Faz todo o sentido, por que fugir se pode ficar perto? Ninguém procura pessoas perto de si.

— Acha isso mesmo?

— Por qual outro motivo ele estaria comprando essas coisas?

— Me passa o endereço.

— Esse é o Tom que conheço — Abraxas sorriu.

Davina estava distraída cuidando de Louis, o bebê estava completando seu primeiro ano de vida. Mesmo o parto tendo sido difícil ela o amava a cada dia mais.

— Davina? Cheguei.

— Estou no quarto.

— Ele está dormindo? — Edward sussurrou, entrando no quarto.

— Cochilando, comprou as coisas? —  Davina sorriu o olhando.

— Sim, ele está tão fofo — Fitz sorriu,  olhando o bebê. — Espero que ele goste do bolo.

— Você sabe que ele ainda não come muitas comidas sólidas.

— Mas vamos nos divertir fazendo — Edward riu fraco.

— Certo, vamos preparar as coisas.

Os jovens saíram do quarto deixando a porta entreaberta, Edward tirou o casaco e lavou as mãos. Estava feliz por poder fazer parte desse momento na vida de sua amiga. Desde a morte de seu pai, o rapaz não via sua família, sentia-se em uma família novamente, mesmo que Davina fosse apenas sua amiga.

— Prenda o cabelo, Wezen.

— Sabe mesmo fazer isso?

— Está duvidando dos meus dons na cozinha? — Edward sorriu.