Capítulo 24

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A lua de mel do casal havia sido incrível, com certeza Abraxas caprichou no presente. Tom finalmente havia conseguido um emprego de meio período em uma grande loja na Travessa do Tranco chamada Borgin & Burkes, por acaso era uma das maiores lojas com antiguidades e artefatos bruxos, a maioria desses objetos eram voltados para a magia das trevas.

Tom caminhava tranquilamente, essa seria sua última visita antes de poder finalmente ir para casa. A senhora Smith havia passado alguns dias na loja querendo vender alguns objetos preciosos, o rapaz iria avaliar durante essa tarde, afinal, muitas pessoas acreditavam que tinham coisas preciosas e muitas das vezes eram apenas réplicas.

Calmamente o rapaz bateu em sua porta, não demorou muito para que a mesma fosse aberta e uma elfa de aparência cansada o atendesse.

— Pois não, senhor?

— A senhora Smith está? Marquei com ela às três horas.

— Pokey, quem está na porta? — A voz da senhora ecoou pela casa e ela logo apareceu — Quem é o rapaz?

— Me perdoe os meus modos, sou Tom Riddle representante da Borgin & Burkes — sorriu olhando-a.

— Ah sim, por favor entre. Pokey prepare algo para bebermos.

— Sim, senhora. — A elfa rapidamente saiu da entrada.

— Com licença — disse Tom, enquanto entrava na casa e a observava. — Poderia me mostrar o que está pensando em vender?

— Claro meu rapaz, me acompanhe por favor.

— Claro.

— Minha família sempre colecionou objetos do mundo bruxo, é uma tradição — comentou a senhora Smith, descendo algumas escadas e acendendo as luzes. — Tenho coisas que ninguém imagina que possa existir.

— Sério? Tipo o que? — perguntou Tom com dúvida.

— Ah, nessa estante estão os meus objetos mais precisos, está vendo aquela taça ali em cima?

— Sim.

— É a taça de Helga Hufflepuff, minha ancestral.

— Sério?

— Sim! Há anos minha família busca pelos objetos dos fundadores de Hogwarts, temos dois, dizem que o diadema de Rowena Ravenclaw é apenas uma lenda, bobagem! Só está muito bem protegido.

— Quais a senhora tem além da taça?

— Ah, eu tenho esse medalhão de Salazar Slytherin, comprei há alguns anos na mesma loja em que você trabalha. O senhor Borgin disse que pagou uma esmola pelo medalhão de tão barato que foi!

— Sabe de quem ele comprou?

— Ah, uma pedinte grávida! Não me recordo seu nome, mas ele disse que ela estava desesperada para poder se alimentar, pobre criança, se soubesse o quão valioso era o que carregava. — Tom suspirou e apenas assentiu, não era a primeira vez que ouvia alguém dizer aquilo sobre sua mãe, mas sempre o magoava.

— Essas são as peças que a senhora gostaria de vender?

— Ah! Nem pensar! — gargalhou. — Essas peças jamais sairão de minha família, eu paguei por elas e é meu legado. — Riddle a encarou furioso, ele sabia que o medalhão lhe pertenceria se sua mãe estivesse viva, aquela havia sido uma das poucas coisas que Mérope Gaunt havia tocado — Esses objetos são muito poderosos, não conte a ninguém que lhe mostrei.

— Tudo bem.

Após algumas horas na casa da senhora Smith, Tom ainda encarava as peças na grande estante, ele poderia fazer coisas extraordinárias com aqueles objetos, ainda mais que o medalhão era seu por direito, era a herança de sua família bruxa.

Resquícios de amor: Tom Riddle - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora