1988. William Byers completou somente dezessete anos de idade e sua vida já havia lhe proporcionado diversas reviravoltas que se contadas a um estranho, o garoto seria chamado de insano.
Em uma cidade nova, presumiu que poderia seguir em frente e s...
Notas iniciais: Mais três mil palavras! Me perdoem, mas vale a pena, juro. E finalmente 1988...
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Hawkins, Indiana. 1988. Janeiro.
Como no ano de 1985, quando Dustin Henderson voltou do Acampamento onde conhecera Suzie, o Byers e a Hopper ganharam uma surpresa. Acompanhado por Johnatan e Nancy, Will desceu do carro e foi em direção ao caminhão, onde Joyce conversava do lado de fora com Jane, que se encontrava em lágrimas. Ela não possuía conexões fortes com as amigas e os amigos da outra cidade, porém, era ruim ter que se adaptar de novo.
O que eles não esperavam é a surpresa que os esperavam lá dentro. Joyce abriu a porta da casa, entrando e sendo seguida pelos outros, que queriam visualizar o recinto por dentro. Um andar, quatro quartos, uma cozinha e sala de jantar, a sala de estar e dois banheiros. Era bom.
Uma borboleta fluorescente bateu asas lá dentro, voando acima de Will. Jane tentou pegar e sua mão ultrapassou, batendo na cabeça do outro, que reclamou com um "ei!"
— Desculpe. Tem uma...Ela brilha... — El não piscou, perplexa. Lembranças retornando. A borboleta voou corredor a fora e a garota foi atrás, curiosa pra descobrir onde ou até o que a borboleta lhe levaria. Talvez estivesse tendo uma alucinação. Será que bateu a cabeça enquanto dormia no caminhão?
— Jane? — Will estava em seu encalce, os passos hesitantes porque também via o inseto e tinha medo do que significava.
— Irmã. — ela parou em frente ao último quarto, o maior, o rosto fitando algo lá dentro. William a alcançou, segurando o braço dela.
— O que você dis- — a fala morreu quando o garoto virou o rosto para a direita, se deparando com os amigos, todos mudados fisicamente — e internamente, ele não sabia ainda — e uma garota da idade de Nancy no meio deles, com roupas escuras e o cabelo roxo — Não estão mortos, então. — ironizou.
— Pare com isso, Will. Essa é a Oito. Minha irmã!
Eleven, sem esperar pela fala de ninguém, abraçou a garota com força, necessitando daquele abraço. O nariz de Kali não sangrou pelo mínimo esforço e aquilo trouxe à tona a saudade de El dos poderes.
Will, ainda parado na porta, tentando não se empolgar pela presença dos antigos amigos, colocou as mãos nos bolsos e se escorou no batente de madeira, passando a língua pelo interior da bochecha. Seu olhar neutro estava em Kali e Jane, mais ninguém. E delas não sairia tão cedo, ele torcia com todas as forças, se esquecendo de que quando todas as forças eram somadas, o resultado era...Nada.
Sua torcida era nada. Seus esforços de nada valiam porque no momento em que Jane saiu do abraço com a irmã e avançou em Mike, os braços enlaçando o pescoço dele graciosamente, seu coração bateu rápido de novo. E ali estava ele, tolo por sequer considerar a ideia de ter superado Hawkins. Ter superado Michael Wheeler.
