Inseguranças e incertezas se espalhava pelos pensamentos de Léo, seu coração bate acelerado, pois ele viveu tanto tempo admirando e amando uma mulher mas nunca havia declarado sua imensa paixão por ela, e agora olho no olho com a mesma, ele temi que Darah possa só o ver como amigo, estragando assim a amizade que os dois tiveram, e compartilharam há anos. Sua alma lhe dizia para dizer o que sente, extravasar tudo o que se passa dentro do seu ser, mas sua razão teme que isso resulte em Darah não querer mais ter uma amizade com ele, dando assim o voto de minerva para seu coração, suas mãos soam, e os olhares de Marisa, Serena, Deusa e Alex, sem contar o de Darah o deixam sem ar, ele faz o gesto de dizer algo e gagueja. O semblante de Darah permanecia calmo e tranquilo esperando ouvir atentamente o que Léo ia dizer, seus olhos lacrimejam vendo o olhar de Léo sobre ela, num feixe de luz, ela se lembra do colégio, este sendo o mesmo Mário Quintana, onde ambos eram melhores amigos, no recreio certa feita, ela sai por último da sala, quando ninguém estava olhando, ela tira de sua mochila um cartão que nele continha o aroma de seu perfume, junto desse cartão havia um porta retrato de vidro, e a foto em destaque eram dela com os amigos, ela estava mais próxima de um deles, onde via esse "amigo" mais que uma amizade, desde de que se conheceram sempre houve aquele compartilhamento de experiências, idéias e opiniões, coisa que não acontecia com seus outros amigos, vinha a tempos nascendo um sentimento dentro de si, que se alimentava do simples " Oi . Bom dia!" até o " Você é uma amiga incrível!" onde por este fazia com que ela visse que ele não a via do mesmo modo, mas o tempo passa, essa euforia e felicidade que ela sentia em ver apenas um sorriso dele se torna mais forte, havia vezes que ela mal conseguia disfarçar seus sentimentos, o tempo passa até o momento em que pega o porta retrato, certa de si de contar seus sentimentos a ele, e independente se for recíproco ou não, vai ser sincera consigo mesmo. Levando em suas mãos, seu rosto refletia um sorriso de orelha a orelha, estava confiante de si mesma, segura e tranquila, mas ao ver o garoto ao longe suas mãos começam a soar, sua voz fica gaga, nervosismo esbarra em sua coragem, pensa em desistir, e volta pelo caminho no qual traçou, Lana sua irmã vendo que ela desistira de falar o que sente por ele, Lana olha nos fundos dos seus olhos, e diz que o amor é correr riscos, é andar nas nuvens quando sente que seus pés nunca estiveram tão firmes no chão, é em apenas um oi saber como a pessoa se sente, é tomar um banho de chuva em pleno verão, amor é viver mesmo sabendo que não é recíproco, amor é ver que ela está bem mesmo não estando com você, e você ficar feliz por essa pessoa, o amor não requer perfeição, ele requer ousadia, seus sentimentos são verdadeiros você está a passos de acabar com esse medo, coragem. Darah sente que talvez o garoto sinta a mesma coisa por ela, pelo modo no qual a trata, ergue assim a cabeça, abraça Lana, e segue seu caminho, quando ela olha novamente para o garoto, ele estava se beijando com outra guria, vendo seus sentimentos feridos ela larga o porta retrato no chão, sendo de vidro, sob o impacto no chão ele vira pó, a foto é deteriorada menos Darah e o garoto, ela larga tudo e sai correndo. Dias se passam, e ela vai correndo essa decepção dentro de si, e se afastou do rapaz.
Darah volta em si no momento em que Léo irá dizer algo importante a ela.- Darah, eu te amo! Você é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, desde de quando eu te vi pela primeira vez no colégio eu me encantei com esse seu jeitinho, tão culta, dedicada em tudo o que faz, e sempre me faz querer saber o que é esse mistério que vejo nos seus olhos, sei que não tivemos contato durante esse tempinho, mas o motivo principal pra mim ter aceitado entra no caso dos desaparecidos era porque você havia pedido ajuda, eu me arrisquei, pra mim a única coisa que importava era você ali junto comigo e eu vendo que o que eu estava fazendo te deixa feliz. Tão autêntica, única, você é o amor da minha vida! - Diz Léo, apesar de em algumas palavras gaguejar, conseguiu coragem para dizer o que sente.
- Leandro, você é um cara incrível, me ajudou muito quando precisei pra encontrar Lana apesar de não termos a encontrado ainda, só acho que você não merece alguém como eu. - Diz Darah com os olhos lacrimejando, Léo a olha profundamente e vê algo que nem ele sabia até então. - Era você aquele dia não é? Aquele porta retrato? Onde só eu e você ficamos nítidos na foto. Não era?
- Não quero falar disso. Nem sei do que está falando. - Diz ela baixando sua cabeça.
- Me perdoa, não fui eu que beijei aquela garota, foi ela que me beijou.
- E mesmo que seja eu, o que importa agora?
- Importa, como importou, e sempre vai importar na minha vida, eu era BV até aquele momento, quando descobriram me zoaram, aí aquela garota riu da minha cara quando eu disse que queria perder meu BV com a garota que eu gostava, que era minha melhor amiga, ela riu e me beijou quando eu tava distraído, e depois daquilo eu vi o porta retrato estilhaçado no chão, com o cartão, mas não tinha nome algum, e desde desse dia eu me senti culpado como se tivesse a traído, sendo que não tínhamos nada.
- E quem garante que tu tá falando a verdade? Afinal tu já brincou com os meus sentimentos antes.
- Porque eu ainda tenho o porta retrato Darah, e o cartão, depois de anos, eu sempre guardei, alguma coisa me dizia que você tinha o mesmo sentimento por mim, eu via a fotografia de nós dois juntos, e imaginava estar com você, aí você se afastou de mim, e fomos nos falar quando você foi presa, quando Lana desapareceu.
- Você guardou? - Diz Darah, comovida
- Sim Darah, eu sempre te amei mesmo de longe, sem poder te tocar ou te ter. Eu respeitei seu espaço, quando você namorou com outras pessoas, eu não tinha o direito de me meter na tua vida, tentei seguia minha, mas de todas as mulheres que me envolvi nunca consegui te tirar da minha cabeça.
- Eu te amava Léo, de verdade, nos tempos do colégio era melhor que ganhar um presente quando eu virava para o lado e via você sorrindo pra mim, e eu sorrindo de volta. Mas quando vi você se beijando com aquela guria eu aos poucos fui tirando esse sentimento de mim, não queria interferir sua vida com os meus sentimentos, eu te esqueci, namorei com outros caras, me permiti amar novamente e foi bom curou as feridas que ficaram. Quando nos encontramos de novo quando fui presa, e vi sua coragem de me ajudar arriscando tudo por mim, foi como se eu estivesse vendo o mesmo Léo de anos atrás, o meu melhor amigo, a melhor companhia, e aquele sentimento de adolescente voltou, eu me apaixonei de novo por você, mas e aí? Na primeira vez foi uma grande decepção, eu não queria passar novamente por tudo aquilo. Eu reprimi o que pude. Eu te perdoei de tudo, e voltei a te amar. Não sabia que você tinha guardado a fotografia nossa e o cartão.
- Sempre guardei, as vezes da pra sentir teu cheiro no cartão, agora entendo porque sempre que me olhava com um olhar tão enigmático, tão misterioso.
- Exatamente, eu te amo Léo. - Diz Darah às lágrimas, Léo se ajoelha.
- Então já que a gente finalmente descobriu que nosso sentimento é recíproco, entendemos os dois lados da nossa história, e agora não há nada que nos impeça de ficarmos juntos, você aceita namorar comigo? - Diz Léo, emocionado .
- Eu te entendo perfeitamente se eu fosse você agiria igual, eu esperei muitos anos por este momento, e a minha resposta é ... Sim! Com certeza! - Diz Darah emocionada, e os presentes no recinto ficam muito felizes pelos dois, Léo se levanta, olha nos olhos de Darah e a mesma o olha, e a amizade de adolescente, a paixão veemente, concretiza o namoro dois quando ela beija ele. Sentimentos de insegurança e medo desaparecem, seus corações aceleram, seus corpos esquentam, e Léo pega Darah no colo e a beija novamente. Alex e Deusa ficam orgulhosos pela coragem de Léo, Serena e Marisa ficam contentes por ver que o destino nunca falha, apesar dele tomar caminhos reversos, uma hora tudo melhora, e o que é para acontecer acontece.
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Guardiões de Camaquã
DiversosUma cidade na serra gaúcha, que vai fazer você mergulhar nos seus mistérios, suspeitos registros de várias pessoas desaparecidas, pessoas testemunham terem visto vultos nos becos e ruas, e uma estranha caverna na floresta da cidade que esconde algo...