Capítulo 32

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-  Como pode ser você ? Tu tava nos ajudando durante todo o processo, as investigações e o acompanhamento das provas, sempre soube quem era os suspeitos, como pode mentir pra mim? Então todo aquele tempo que passou ao meu lado era só pra descobrir o que íamos fazer contra vocês encapuzados, não é? - disse Léo baixando sua cabeça em sinal de decepção.
- É claro que não! Eu realmente queria ajudar, mas tinha e tem muita coisa em jogo, não é nada fácil ter que abrir mão de poder salvar a própria irmã em troca fazer parte de algo muito maior. - diz Darah veemente.
- Agora tudo faz sentido, as desculpas dos seus sumiços, e também agora entendo porque nunca conseguimos descobrir quem eram exceto o Flávio, todas as tentativas, todas as investidas sempre um fracasso, eles sempre ouvindo e vendo tudo, eu podia aceitar isso de qualquer pessoa menos de ti. E lógico sendo namorada do policial que está investigando os casos de desaparecimento seria óbvio que conseguiria ter acesso a tudo, saber o que está sendo feito para resolver esses sequestros. Tu me usou, como pode fazer isso comigo, foi tudo fingimento não foi? - diz Léo com a voz exaltada e olhando firmemente para Darah. - Nosso relacionamento é tudo fachada, e ainda tu usou aquilo que aconteceu entre a gente anos atrás pra conseguir me manipular, e eu o idiota achando que tu me amava realmente, fiz tudo o queria, fiz tudo o que estava ao meu alcance e pra quê? Para sair por aí contando a essas pessoas horríveis que se acham donos da vida dos outros para sair por aí simplesmente sumindo com elas, explodir casas, realizar atropelamentos, incêndios, e sobretudo matar! Vocês não são Deus para tirar a vida das pessoas, não têm esse direito, nem são pessoas são peste imunda que me dá nojo! Espero que um dia paguem pelo que fazem, separam famílias por nada!!!! Isso é doença! Ninguém em sã consciência faria algo assim. Mentirosa! Falsa! Duas caras! Tuas amigas confiavam em ti, Serena, Marisa, entre outras. Nem como todos os xingamentos do mundo, em vou conseguir aliviar a tamanha dor que sinto no meu peito. Eu te dei todo o meu amor, se tivesse me contado antes talvez eu não estivesse me sentindo dessa maneira. - diz Léo com seu coração partido em infinidades de caquinhos. Como um cristal, esplendoroso e radiante, porém tão frágil que qualquer toque incerto trinca, quebrasse por inteiro, e depois de ser tornar apenas cacos sob o chão dificilmente irá ser como antes.
- Por mais que eu dê mil motivos, explique com as melhores palavras não há como você entender se não confiar que estou falando a verdade, por mais que não entenda você precisa acreditar em mim, nós não somos os vilões, nem gangue terrorista, estamos aqui para algo muito maior. Não queremos machucar ninguém ou punir. Só estamos aqui pra cumprir a missão a qual nos foi dada. Minha vida depende desse segredo, não só a minha como a de muitas nessa cidade. Acredite existe um mal maior, muito mais ameaçador do que nós, e a cada vez ele está mais perto, nós somos os únicos que podemos proteger essa cidade e o que ela abriga, apenas a gente pode, e esse segredo tem atravessado gerações, e sempre se manteve em sigilo absoluto, encapuzados apenas sabem disso e algumas pessoas que ameaçam esse equilíbrio. Eu preciso que acredite em mim, muita gente vai te falar que somos pessoas terríveis mas não somos. Nós guardamos esse cidade. - Diz Darah respirando fundo, e temendo que Léo possa não acreditar no que disse.
- Acha que eu sou idiota? De acreditar nessa história sem pé nem cabeça, nem tu tá sabendo explicar isso. Não sou criança, pode enganar os outros, eu não!!! Chega de mentiras Darah, chega de segredos! Como posso acreditar em alguém que nem sei se é realmente quem diz ser.
- Eu faço qualquer coisa pra ti acreditar em mim! Eu tô falando a verdade!
- Prova!!! - Léo fala com tom firme, Darah fica sem expressão alguma, ela pensa por um instante, e num golpe de segundos decisivos ela lança.
- Pra ti acreditar que estou falando a verdade, eu trago os desaparecidos de volta para a cidade!
- O quê? Tu sabe onde eles estão? - Léo se exalta.
- Sei há muito tempo onde eles estão, foi necessário que fossem mandados pra lá, eles viram coisas demais. Eu peço que acredite no que digo e no meu amor por você. Eu tô disposta a ir contra os outros para ti acreditar em mim, eu trago os desaparecidos de volta como sinal que estou dizendo a verdade, estamos protegendo essa cidade, o mal muito pior está perto, uma catástrofe eminente. Certo? - Darah
- Ok, eu quero todos os desaparecidos! Só assim eu vou acreditar em ti, mas duvido que vá conseguir, e se for um blefe Darah, por mais que parta o meu coração eu vou te prender por falso testemunho. Fechado? - Léo diz olhando nos olhos dela.
- Se eu não conseguir eu me entrego pra polícia, não vou exitar um só instante. - Darah fala respirando profundamente.
- E mais uma coisa, senão trazer eles de volta, além de ser presa terá que dizer quem são os outros encapuzados que estão nesse esquema terrorista. - Ele diz autoritário.
- Fechado, eu trago eles de volta, caso não traga eu entrego a minha caveira e a deles. Nem que custe a minha vida. - Diz Darah devolvendo o olhar.

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