OS MISTERIOSOS CARTÕES DOURADOS

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Capítulo 27: Os misteriosos cartões dourados

Em algum lugar a fraqueza é a nossa força, diz uma canção da banda Paramore. Por alguns dias eu venho escutado essa canção. Não que eu esteja me sentindo fraca em algum ponto. Não hoje, não agora, mas... nas últimas semanas eu havia me controlado muito para não chorar. Nos primeiros dias até consegui fingir bem que estava tudo certo. A presença daquela mulher na minha casa me incomodava mais do que qualquer um podia imaginar, e fui só reprendendo aquilo. A vontade de gritar para ela dar o fora dali, ou perguntar qual era o jogo dela eram quase incontroláveis dentro de mim. Mas eu precisava me manter firme. Todo mundo achava que ela era a minha mãe de verdade. Analisando tudo e todos a minha volta, eu não tinha alternativa a não ser continuar com todo aquele teatro. Então me mantive firme. De algum modo, transformei a fraqueza dentro de mim em força para continuar seguindo em frente.

Eu estava em um quarto de hotel em Nova Iorque agora. Meus irmãos se espalharam pela cidade enquanto eu fiquei aqui para descansar um pouco antes de começar a me arrumar para a grande noite. Meus pais haviam reservado um quarto só para mim no hotel para eu me sentir mais à vontade. Até eles reconhecem que nós, irmãos, não podemos ficar em um quarto juntos por muito tempo. Eu precisava de um pouco de paz.

Depois de descansar um pouco decidi que era hora de tomar um banho. No chuveiro, eu tentava ensaiar algum discurso, mas nada soava tão bem assim. Quando me enrolei na toalha e saí do banheiro, resolvi que improvisaria na hora.

Penteei o meu cabelo, deixando ele solto. Sempre gostei de fazer a minha própria maquiagem, então eu fiz. Vesti a minha roupa e encarei-me no espelho.

Gostava do que via. Sorri. Eu, Ellie Noble estava prestes a entrar para história.

Ouvi alguém bater na porta.

Virei-me e ouvi mais uma batida.

— Já vai!

Caminhei até a porta.

Rodei a maçaneta e abri.

Sorri ao ver quem era.

— Hector! — Disse, abraçando-o.

— Você está linda!

— Oh, obrigada. Entra — convidei, apontando para dentro.

Hector entrou e ficou parado no meio do quarto, encarando-me.

— Você também não está nada mal — disse, aproximando-me — Gravata-borboleta — disse, ajeitando a sua gravata-borboleta enquanto ele abria aquele sorriso malicioso.

Hector tocou o meu rosto. Levantei o olhar e encontrei os olhos dele. Ele se aproximou para me beijar.

Encostei o indicador em seus lábios.

— Não quero borrar o meu batom.

Hector Davis. Um cara sexy, atraente e incrivelmente misterioso que apareceu em minha vida. Desde que Kath descobriu que Disney só queria me levar para cama, eu armei um plano para me vingar. Estava disposta a ensinar a ele que não se deve mexer com os sentimentos de uma garota, ainda mais uma Noble. E então comecei a dar mole para ele, seduzindo-o, fazendo-o entrar no meu jogo. Meu plano era fazê-lo se apaixonar por mim e assim que isso acontecesse eu daria um fora nele. Disney iria provar do seu próprio veneno.

Mas meus planos foram por água abaixo depois que fomos ao cinema naquela noite. Nós acabamos sendo expulsos e fomos andando até chegar em uma praça. Lá, começamos a discutir até que nos beijamos outra vez. Mas aquele beijo foi diferente. Naquele ali havia algo a mais. Foi a partir daí que meu coração começou a acelerar cada vez que eu via Disney pelos corredores da Brandon High School. Acontece que eu havia me apaixonado de verdade por ele. Mas eu não me entreguei tão fácil assim, já que ele continuava a ser um galinha viciado em sexo. Mas com o tempo, Disney começou a demostrar uma certa atenção por mim. E então ele me pediu uma chance para tentarmos algo. Pude sentir que suas palavras eram sinceras e gostava disso. Dei essa chance para ele, e até então ele vinha provando que gostava mesmo de mim.

Detalhes de um crime - nunca confie em gravatas-borboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora