ADEUS, JADE DAVIS

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Capítulo 34: Adeus, Jade Davis

Eu sempre tive curiosidade para saber o que fiz para ser alguém importante na história. O tempo é um caminho de duas vias. Mesmo fazendo seja lá o que fiz no futuro, eu já me tornara importante no presente e passado.

Havia acabado de apertar aquele botão. A máquina ligou e, antes de ser puxada pelo tempo, pude ver Nick correndo na direção de Ellie.

Tudo ficou branco.

A sensação de estar viajando no tempo era a melhor possível. Como se seu corpo formigasse em uma adrenalina boa, você escuta o barulho do universo sussurrar em seus pensamentos. Como se seu corpo deixasse de existir durante esse período, ficando apenas com sua mente. E quando você chega no passado, era como se seu corpo se reconstruísse em um milésimo de segundo, mas você sentiu cada parte.

Voltei a respirar.

Abri os olhos.

Eu estava deitada como sempre. O chão abaixo de mim estava fofo e cheirava a grama cortada.

Estava em um jardim.

Olhei para lado e vi Ellie se levantando assustada.

Sua respiração estava ofegante.

— Uau! Isso foi incrível!

— É, eu sei — disse, levantando da grama.

— Nick? Como você...? Espera, como eu...? Jade, eu estou confusa.

— Eu viajo no tempo porque sou importante na história, e como você também é, você veio comigo. Então, não importa qual cadeira a gente estava. E Nick, eu o vi correr até você. Ele deve ter te tocado e acabou vindo junto. Mas o que mais me impressiona mesmo é o fato de eu ainda estar viva.

— Por que você fez isso? Digo, você está morrendo... seu pai disse que não precisava viajar mais.

— Você não conhece o Senhor Davis tão bem quanto eu, Ellie. Ele só falou aquilo para me tirar da cadeira, e agora você sabe o porquê. Ele não queria que viajássemos juntas para o passado.

— E por que não?

— Eu amo muito o meu irmão e eu faria qualquer coisa para ajudar quem ele ama também. E estando aqui agora, eu posso fazer isso. Eu vou ajudar vocês.

— Disney não me ama. Ele me traiu, Jade. Como ele pôde fazer isso?

— Infelizmente, Ellie, Disney sempre obedeceu ao meu pai. Não o julgue...

— Eu não confio mais nele.

— Devia confiar menos ainda quando ele está de gravata-borboleta.

Vi que Ellie sorriu. Ela podia odiar Hector agora, mas no fundo ela amava-o de verdade.

— Então, o que você vai fazer?

— Certa vez, Disney me disse que se uma pessoa encontrasse com ela mesma na própria linha temporal, o universo em sua volta podia ser reiniciado. Eu não sei se vai dar certo, por isso eu preciso ir até Disney.

— Ai, meu Deus, você está indo para o jogo no estádio, não é?

— Finalmente agora tudo faz sentido, Ellie. Bom, eu vou nessa.

Ellie abriu os braços para me dar um abraço. Ela me abraçou forte e sussurrou boa sorte em meu ouvido.

— Ah, Jade, antes de ir, eu... — Ellie me mostrou o cartão.

Respirei fundo.

Eu sabia quão confusa ela estava agora. Já havia passado por isso antes.

— Você só tem que matar quem estiver pedindo aí. Não é tão simples falando. Eu sei que parece loucura, mas ele te força a fazer isso. Olha, Ellie, não tenha medo. Faça o que tiver de fazer. Eu prometo que vou tirar você dessa. Eu só preciso confirmar a minha teoria. Eu só preciso dizer algumas coisas para Disney. Vai dar tudo certo, Ellie.

Detalhes de um crime - nunca confie em gravatas-borboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora