28 (Não revisado)

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Estava com tanto tédio que acabei decidindo pintar as minhas unhas.

Eu nunca fui uma pessoa muito preocupada com vaidade, na verdade, só pintava as minhas unhas porque Sófia me forçava. E ela amava isso.

Sófia amava pinta as próprias unhas e as minhas também, e eu nunca negava a ela esse prazer. Porque de qualquer forma eu sempre usava isso contra ela quando precisava de uma cobaia para testa um novo penteado de cabelo.

Céus... Como eu queria ver novamente aquela desmiolada... Como sentia saudade de papai...

Suspirando me concentrei na minha tarefa, tinha medo de perde um taco da minha pele ou até um dedo. E por isso decidir fazer as minhas unhas na área de piscina longe de Milena, temia que ela se oferecesse para fazer as minhas unhas.

Com o alicate bem amolado tentei corta a minha cutícula, mais fazer aquele negócio parecia mais que impossível. Eu não conseguia entender como Sófia e Milena usavam aquilo tão bem.

-Cunhadinha! O grito de Milena tirou minha a atenção, e sem conseguir me impedir apertei o alicate com força demais no lugar errado, e porra! Doeu pra cacete!

-Aí! Gemi de dor balançando a mão com o dedo ardendo, porra, acho que arranque o couro.
Será que eu não conseguia ficar um dia sem me machucar ou ser machucada? Vida de merda.

-Hã, tá tudo bem aí? Milena me perguntou incerta um pouco longe de mim.

-Oque é? Ignorei sua pergunta a encarando com uma pontada de raiva, por quê ela tinha que tirar a minha concentração logo agora?

Milena me olhou um pouco envergonhada.
-Eu só vim aqui me despedir. Ela pigarreou sem graça para então completar: -Vou para mansão da minha mãe ficar um bom tempo em Milão.

A olhei confusa me levantado da cadeira.
-Lucca te obrigou a ir embora, não foi? Tive que pergunta, não dúvida que ele tivesse expulsado para fora da mansão a própria irmã sem ter nem uma consideração.

-A verdade é que passei mais tempo que esperando aqui. Milena respondeu com um sorriso forçado. -Minha mãe já estar me pedindo para voltar para nossa mansão a muitos dias.

Milena não parecia estar muito feliz com a possibilidade de reencontra a mãe, e eu poderia aposta que a mãe dela deveria ser uma cobra venenosa do pior tipo só pela sua expressão infeliz.

E céus, eu queria que ela ficasse aqui.

Sem Milena nessa mansão eu ficaria ainda mais a mercê de seu irmão, a mercê dos desejos sombrios de Lucca. Eu estava tão ferrada.

-Mais você não pode passar mais um tempo aqui? Tem que ir embora mesmo? Insisti com minha melhor carinha de cachorro que caio da mudança, mais Milena não me parecia querer ceder ao meu perdido.

-Eu ficaria se pudesse, mais se não for embora hoje eu não duvido que minha mãe venha até aqui me levar embora arrastada pelos cabelos.
Milena brincou, com um sorriso forçado. -Mais quando puder eu venho aqui te visitar. Ela me garantiu, seus olhos estavam lacrimejados.

Milena me surpreendeu ao correr em minha direção acabando com o espaço entre nós, me prendendo em um abraço muito apertado.
-Eu vou sentir muito a sua falta. Disse ela soluçando, eu não conseguia lidar muito bem com pessoas chorando perto de mim.

Me forcei a abraçara de volta, em retribuição, nunca fui muito boa em sair por aí abraçando as pessoas ou retribuindo sentimentos.

-Também vou.. Pigarreei, as palavras pareciam estar presas em minha garganta. -senti a sua falta.

SEQUESTRADA POR UM DOM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora