Prólogo

36.1K 1.9K 498
                                    

Alessandra Egorov, dezesseis anos atrás.

No Brasil no estado de Mato Grosso, dentro de um pequeno quarto limpo de uma casa velha na zona rural estava Alessandra Egorov, a primeira dama da máfia russa.

Senti uma dor intensa nas minhas entranhas, como me cortando no meio e me tirando o resto de minhas forçadas, mais mesmo assim não desistir, eu não poderia depois de tudo.

Eu tinha sido sequestra.
Havia sido torturada.
E de maneira humilhante havia virado uma diversão para ele, que dia após dia me tocava, que me destruía com os toques de suas mãos sujas sobre meu corpo. Eu me sentia tão imunda...

Mais mesmo assim, após meses de sofrimento eu havia conseguido sobreviver, havia conseguido escapar da prisão a qual fora submetida por causa dela, pela vida da minha menina.

Eu não sabia se um dia Alec chegaria a vê-la. Mais ainda possuía um resquício de esperança que um dia ele a conhecesse, que um dia meu único amor e meu filho encontrassem a minha Alyssa.

Sabia que não resistiria ao parto, mais mesmo assim me sentia feliz, me sentia alegre ao saber que ao menos a minha filha viveria, que Alyssa escreveria uma nova história, mesmo que longe de nossas origens, do nosso mundo.

Minha menina viveria longe do mundo obscuro da mafia, e já não teria mais o mesmo destino traçado.

Acordos selados seriam desfeitos e alianças seriam quebradas, tudo havia mudado depois de meu sequestro. Eu sabia que trégua entre a Itália e Rússia estava a ponto de ser destruída.

XXX havia cuidado disso, de tudo, desde meu sequestro até a minha morte planejada que serviria somente para isso, para destruir a trégua entre a Constra-nostra e o Bratva.

Um choro estridente se rebelou pelo quarto, e então eu sub que ela havia nascido, minha menina havia sobrevivido apesar dos chutes que levará ainda em meu ventre, ela era força em si.

Lágrima de felicidade escorreram por minha face, Alyssa havia resistindo apesar de tudo.
-Pegue. Amanda me ofereceu minha menina já enrolanda em uma manta branca.

Mesmo fraca conseguir estender os braços a pegando em meu colo, ela era tão linda.
Será que teria os mesmo olhos negros incomuns de Alec negros demais para uma Russo? Ou teria os olhos tão azuis quanto os meus e os de (Nikolai, o) seu irmão?

-Ela é linda. Disse forçando-me a manter os olhos abertos, a escuridão me puxava mais a cada segundo, a morte estava a um passo de mim.

-É mesmo Alice. Amélia concordou me dado um sorriso bondoso, me chamado pelo falso nome criará, para a proteger dele.

Quantos menos ela soubesse da minha história melhor seria, eu não colocaria sua vida em perigo falando demais, contado oque realmente havia me acontecido, de toda a dor que sofrerá.

Não confessaria as mortes que havia executado para salvar a minha filha, três mortes as quais não me davam reforço algum. Haviam matado o primeiro com um corte na garganta do canivete que havia conseguido roubar de XXX, e os outros dois com tiros da arma do primeiro homem que matei. E eu não me arrependia de nada, por mim eles poderiam esta nesse momento queimando no fogo eterno.

Com as minhas últimas forças tirei meu medalhão do pescoço, a única coisa que conseguirá recuperar em minha fuga. A joia que Alec me dera de presente no dia do nosso casamento, que dentro guardava o símbolo do Bratva e meu nome escrito em letras delicadas.

Aquele seria o primeiro e último presente que daria a minha filha, um lembrete de que ela pertencia a um mundo sombrio, de que a amava.
Coloquei o medalhão no pescoço dela desejando que aquilo de alguma forma pudesse ajudar Alyssa a voltar para casa, para a nossa casa.

Estava tão fraca, eu sabia que possuía pouco tempo pela escuridão que insistia em nubra minha visão. -Jure que ela será registrada como Alyssa. A pedi com as minhas últimas forças. -Jure que não permitirá que se separe do medalhão enquanto ela estiver com você, que não deixará ele levar meu bebê.

-Alice eu...

-Jure Amélia, me jure que dará meu bebê a alguém que possa a proteger, alguém que a leve para longe daqui, para longe dele. Supriquei com a voz falha, lhe implorei com todo o meu ser.

-Eu juro por tudo que me é sagrado. Era tudo que eu precisava escutar, tudo que precisava saber para morrer me paz.

Amélia cumpriria seu juramento.

Ela protegeria meu bebê de XXX, do monstro que desejava matar minha pequena, que por meses esperou eufórico o nascimento de Alyssa só para mata-la com às próprios mãos.

Passei as mãos pelos cabelinhos castanhos claros de meu bebê, feliz em a ter em meus braços mesmo que por pouco tempo, minha filha.
-Eu te amo minha Alyssa. Foi tudo que lhe disse antes de em fim ser levada pela escuridão, arrastada pelo desconhecido.

SEQUESTRADA POR UM DOM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora