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Seu coração bate como um tambor
A perseguição apenas começou

Monstros presos na sua cabeça
Nós somos, nós somos, nós somos
Monstros debaixo da sua cama
Nós somos, nós somos, nós somos monstros oh, oh
Nós somos, nós somos, nós somos monstros oh, oh
-Monsters-
-Ruelle-

Monstros presos na sua cabeçaNós somos, nós somos, nós somosMonstros debaixo da sua camaNós somos, nós somos, nós somos monstros oh, ohNós somos, nós somos, nós somos monstros oh, oh-Monsters--Ruelle-

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Uma... Duas... Três vezes esmurrei o saco de pancadas com toda a minha força.

Suor escorria por minha testa enquanto socava o saco com tudo que podia e sentia.

Fazer aquilo de alguma força me liberta um pouco de toda a minha raiva e frustração.
Raiva de mim mesma, raiva dele.

Raiva da minha prisão, da minha falta de liberdade. De mim por sempre ceder, dele por sempre me ter sobre constante obsessão.

Sempre presa como em correntes, sobre constante ameaça de Lucca contra as pessoas que mais amo, sobre uma aura que em consumia cada vez mais a cada dia. Que me fazia às vezes me esquecer do mundo lá fora.

Soquei, soquei e soquei o saco de pancadas sem parar.

Minhas mãos já começavam a doer através do couro vermelho das luvas de boxe grandes demais para as minhas mãos. Mais eu não conseguia parar de bater naquilo, era como uma compulsão. Como uma libertação.

Não sabia que horas eram ou a quanto tempo já estava aqui, mais nem um tempo do mundo me parecia ser suficiente para descarregar minha raiva. A raiva que queimará vívida em meu peito.

Sequestro, quase morte e um suposto casamento.
Nada me era o suficiente de liberta meu ódio.

Era como se estivesse guardando sentimentos selados em meu corpo, como se em minha mente de alguma forma houvesse deixado de lado todo o meu ódio, dor e desespero. E aquele anel havia revivido todos os sentimentos que havia selado em meu coração, havia trazido tudo atona.

Arfando sem ar e cansada encostei a testa no saco de pancadas por um segundo recuperando um pouco de todo o fôlego que havia perdido.
Céus, eu estava tão cansada... Tão frustrada...
—Você sabe socar muito bem la mia Rosa. A voz dele atrás de mim dissipou o silêncio que reinava da grande sala na grande academia. —Só lhe falta postura.

Respirei fundo antes de me virar para encara-lo.
Lucca como sempre estava usando um terno negro perfeitamente aliado ao seu corpo músculo. Lucca tinha a beleza de um Deus grego profano, e ele sabia disso infelizmente.

Ele se aproximou de mim a passos longos elegantes, podia ouvir o barulho de seus sapatos italianos batendo contra o mármore enquanto seus olhos se passavam por todo meu corpo com um desejo obscuro.

—Então, gosta de boxe la mia Rosa? Lucca disse como constatando algo em um tom um pouco rouco com um meio sorriso nos lábios. —Se quiser posso lhe dar algumas aulas ao menos uma vez por semana durante o meu tempo livre.

SEQUESTRADA POR UM DOM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora