60 (Não revisado)

10.5K 530 283
                                    

Pego de surpresa, nem mesmo pensando duas vezes
Tudo está congelado, nada além de você e eu
Não consigo impedir meu coração de bater, por que eu amo esse sentimento?
Me prometa, me diga que ficará comigo
Para ser honesto, não sei aonde isso leva
Mas essa é a única pergunta que tenho, amor, não me deixe adivinhando

Ooh, você é minha musa, me sinto tão imprudente
Oh, você está me fazendo, me fazendo, me fazendo ceder
-Fallin'-
-Why Don't We-

Abri os meus olhos aos poucos habituando a minha visão à suave luz da lâmpada do quarto.

A princípio eu me sentia completamente perdida ao notar que estava em um quarto desconhecido de paredes brancas, mais um segundo depois ao escutar um constante som de "bip" perto de mim e notar que um aparelho média meus batimentos cardíacos eu percebi que estava em um hospital.

E um instante depois, sem que eu pudesse reagir, eu me senti ser noucauteda por lembranças que fizeram meu peito arder em dor agonizante.

Eu me lembrava de tudo, eu me recordava do maldito teste de parentesco de resultado positivo, e depois de Lucca apontado uma arma para mim. E então, após tantos tormentos aterradores, eu me lembrei da dor que senti em minha barriga e do meu sangue sobre a cama que estava deitada.

Uma excruciante dor tomou meu coração ao se quer cogitar a possibilidade de ter perdido o meu bebê, eu não poderia ou conseguia viver sabendo que meu bebê havia... Céus, essa possibilidade me dilacerava por dentro tanto quanto me lembrar da rejeição que Lucca tinha tido pelo nosso bebê.

Ergui minha mão para limpar as inevitáveis lágrimas que escorriam por minha face ao pensar em Lucca me olhando com tanta frieza e ódio, mais que isso, não conseguir controlar a intensa dor em meu peito ao pensar que o meu filho poderia não ter resistido por minha culpa, por culpa de eu não conseguir se quer controlar os meus próprios sentimentos e emoções.

E quando eu estava prestes a desabar em meio a culpa e o ódio de mim mesma por ser tão fraca e inútil ao ponto de não conseguir se quer proteger o meu bebê de Lucca ou até mim mesma ao não controlar os meus próprios sentimentos, eu senti uma mão segurar o meu pulso suavemente, me tirando do meu estado deprimente, devastado.

Pela primeira vez desde que abri os meus olhos eu notei a presença dele. Só agora eu percebi que Lucca estava perto de mim, os seus olhos verdes que antes me transmitiam violência me olhavam agora com preocupação, e apesar dele ainda continuar aparentando como sempre ser tão perigoso e bonito, como um anjo caído, Lucca não parecia querer ceifar a minha vida por agora.

—Lu-Lucca? Murmurei seu nome com a minha voz um pouco rouca pelo choro, em um mesclar de intensa confusão e mágoa profunda quando ele limpou suavemente as amargas lágrimas que escorriam por minha face com os seus polegares.

Eu jamais conseguiria esquecer a sensação perturbadora do mental frio da arma dele contra minha cabeça ou da frieza e ódio de Lucca ao me olhar como se eu fosse uma desconhecida ou um inimigo que ele deveria eliminar. E por isso eu não conseguia entender o porquê dele estar aqui ao meu lado, ou do gesto aparentemente terno ao limpar as minhas lágrimas. Eu nem sabia mais se para ele a minha vida era somente um jogo, como se eu fosse apenas uma peça de tabuleiro sem valor que ele poderia eliminar a qualquer momento para alcançar seus objetivos.

SEQUESTRADA POR UM DOM MAFIOSOOnde histórias criam vida. Descubra agora