Alondra Martinez
Quando eu pisei em território dominicano sentindo o calor familiar misturado com a saudade, não consegui conter algumas lágrimas, meu coração estava feliz em estar de volta.
Eu nasci no porto rico, mas meus pais mudaram para a república dominicana onde moram meus avós quando eu tinha seis anos. É meu lugar favorito no mundo, a energia, as cores, as pessoas alegres, os festejos, absolutamente tudo aqui me encanta e só Deus sabe a falta que me fez durante esses cinco anos.
Observei o carro prateado estacionar e o homem que me deu a vida sair dele, meu pai abriu um sorriso enorme quando me viu e minha mãe não foi diferente, eu também não me contive e corri até eles em um abraço desajeitado e caloroso.
— Como eu senti falta disso — sorrio, meu coração transbordava.
O abraço chega ao fim e eles me olham com atenção, principalmente minha mãe que era totalmente superprotetora.
— Deixa eu ver como você está — ela me analisa por inteiro, afaga meu cabelo e aperta minha bochecha devagar — já é uma mulher.
— Parece que foi ontem que você chorava e não deixava eu e sua mãe termos nosso momento a sós, era uma tristeza.
Meu pai comenta e arrancando uma gargalhada de nós duas, ele era a pessoa mais engraçada que eu conhecia daquele que perde o amigo mas não perde a piada.
— Mas em compensação, deixei vocês sozinhos durante cinco anos, então paguei tudo.
— Digamos que sim — ele responde — são suas malas?
— Sim, eu trouxe uns vestidos lindos mãe, e fiz um conjunto belíssimo pra você pai.
Os ajudo a colocar minhas malas no carro, logo estávamos no caminho de casa..
— E ai?, tem muita gente me esperando?
— Na verdade não, como é quarta feira estão todos ocupados com seus trabalhos, pensamos de fazer algo no fim de semana — mamãe diz.
— Tudo bem pra você? — papai pegunta me olhando através do espelho.
— Tudo ótimo, sem problemas.
Não fui sincera, na verdade eu esperava uma recepção calorosa com todos os meus amigos e familiares, qualquer coisa era motivo de festa na minha família e minha volta era um acontecimento a ser comemorado.
Coloco os fones ouvido e uma música aleatória da minha playlist começa a tocar, fecho os olhos e mentalizo.
•••
O caminho até em casa foi um pouco demorado, o trânsito não colaborou muito, assim que o carro para e eu olho através da janela a casa em que eu cresci e sinto novamente uma vontade imensa de chorar, tinha uma árvore ao lado e o balanço que eu fiz com ele ainda estava lá, pensamentos nostálgicos me atingem e meu coração aperta.
— Filha, vamos entrar? — desperto com a voz de mamãe.
— Claro — respondo e saio do carro — estou louca para tomar um banho, deitar na cama e dormi por várias e várias horas seguidas.
— Você vai ter tempo pra isso — papai diz quando chega em frente a porta — mas antes...
— O quê?
— SURPRESA!!!!!
Uma explosão de vozes gritaram juntos e vi todas as pessoas que eram importantes para mim preencherem o mesmo lugar. Meus avós, minhas tias, meus amigos, todos com imensos sorrisos nos rostos por me verem.
— Eu não acredito, mentiram pra mim? — olho para os meus pais que também sorriam.
— Te pegamos direitinho — papai responde — jamais deixaríamos esse momento passar em vão, filha.
— Caramba, você tá linda! — Lili, minha prima que mais era minha irmã se aproxima para um abraço.
— Obrigada!!
Retribuo o abraço e logo depois foram as vezes de cada um dos outros. De um em um eu abracei, respondi perguntas rápidas e matei um pouquinho da saudade.
Quando meu pai ligou o som e ritmos latinos ecoaram nos ouvidos de todos a festa deu início.
Corri meus olhos por todos os lados na esperança, não minto que lá no fundo ainda havia um pouquinho dela que ele estivesse aqui.
Não o encontrando fui até a cozinha e coloquei alguns bolinhos apimentados na boca, que saudade dessa comida, não aguentava mais comer donuts e pizza.
— Roubando comida antes da hora, algumas coisas nunca mudam mesmo.
Eu conhecia muito bem aquela voz.
Me virei rápido e encarei o cara sorridente que também me olhava, caminhei rápido até ele e fui recebida com um abraço aconchegante e confortante. Meu Deus, como isso é bom.
— Algumas coisas nunca mudam — repeti a frase dele — seu abraço continua sendo um dos melhores.
— Como assim um dos? — levanto o rosto e sorrio do seu fracasso em fingir que está bravo — pensei que fosse o melhor.
Ele sorri e antes de me soltar e deixa um beijo na minha testa.
— Você sabe quem é o dono desse posto — falo e o silêncio reina por alguns segundos — mas enfim, obrigada por ter vindo.
— Tá maluca?, acha mesmo que eu perderia comida de graça e a volta da minha baixinha?
— Ei, me respeita, agora eu tenho um e sessenta fechado.
— Realmente, dois centímetros são muita coisa.
Dou um soco de leve em seu braço e yashua se serve com uma cerveja, ele também abre uma para mim e me entrega.
— É bom voltar pra casa — falo.
— É bom ter você de volta — ele responde.
Só espero que ele, tenha essa mesma opinião.
_____ • _____
Me falem o que acharam do primeiro capítulo, e quais as apostas de vocês para essa história? ❤️
até o próximo! 🖤
VOCÊ ESTÁ LENDO
Back Home
RomanceRichard e Alondra se conhecem desde crianças, com pais amigos eles dois cresceram juntos e não desgrudavam, eram o trio perfeito formado por eles dois e o irmão de richard yashua. O romance foi descoberto quando ambos eram ainda adolescentes, namora...