A PONTE

Capitulo 34

Se passou um dia não tive notícias dela, ligava para ela o telefone estava sempre desligado, pensei em ir até à casa dela, mas o pai dela só estva a espera de um erro meu, para influenciar a filha dela a terminar comigo, então não seria uma boa ideia. Passaram -se dois dias, continuou sem saber nada sobre ela, ficamos uma semana sem contacto nenhum, e nesse tempo eu repensei nos meus atos, que eu tenho que aprender a confiar mais nas pessoas que amo, porque me fechando a elas, não daria o poder de me ajudarem, e eu me recriminaria que as pessoas estão sempre me virando as cotas, quando na verdade eu é que tenho fugido deles, me isolando nesse meu mundo tóxico, achando que estaria a proteger as pessoas dos meus demônios, afinal só estava alimentando eles, porque fiz das minhas crises de ansiedade, das minhas crises depressivas, fiz da minha tristeza a minha melhor é única companhia, e comecei a me questionar: Quem sou eu? Não acredito que cheguei até esse ponto, eu sou um ser humano normal como qualquer um. Eu não sou as minhas crises de ansiedade, eu não sou as minhas crises depressivas, eu tenho que tomar o controlo do meu estado emocional, por muito tempo me deixar conduzir pelo os meus demônios internos, por muito tempo deixei eles assumirem, porque parecia mais fácil o lado de fora, com sorrisos falsos, enquanto deixei o meu planeta emocional sobre cuidados dos meus demônios internos que me destruíam todas as noites.
Enquanto eu tentava assumir o controlo do meu planeta emocional, estava a perder a razão dos meus dias felizes.
Duas semanas sem conversar com a Helean, e de repente recebo uma chamada dela:
- Boa noite Carlos?
Eu estava empolgado, finalmente ela está a falar comigo, vou poder concertar as coisas.
- Boa noite Helena, como estás?
- Estou bem e você?
- Também estou bem, podemos nos ver? A gente precisa conversar...
- Sim, sim... Respondi com muita empolgação.