Capítulo 34

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Pov Gustavo

Depois de passar a noite na casa da minha cunhada, que agora é da minha irmã também, fui pro trabalho no dia seguinte. Passei a noite pensando no que fazer a partir de agora, pois pra casa eu não volto mais e não quero atrapalhar o casal.

Thomas: E aí Guh, tudo bem? - perguntou se aproximando do balcão onde eu estava

Gustavo: Tá indo né cara, ontem foi uma noite difícil.

Thomas: Estive conversando com a Beatriz e ela me falou sobre. O pai de vocês é um completo babaca

Humberto: O que ele fez dessa vez? - perguntou se aproximando da gente e nos dando um leve susto, pois não havíamos notado sua presença

Gustavo: Uma longa história chefe, não quero te atrapalhar com meus problemas

Humberto: De jeito nenhum, eu faço questão

Gustavo: Tudo bem então - contei toda a história pra ele  - e foi isso, agora preciso procurar um lugar pra morar, porque pra aquela casa eu não volto mais.

Humberto: Acho que eu posso te ajudar com isso

Gustavo: Não precisa senhor. Não quero me aproveitar da sua boa vontade

Humberto: Quando é que você e a Beatriz vão entender que vocês não se aproveitam de mim? Eu ajudo vocês porque gosto, tenho um carinho enorme pelos dois

Gustavo: Já que é assim, como pode me ajudar?

Humberto: Eu tenho um apartamento aqui perto. Comprei a uns anos atrás pro meu filho, antes dele fazer intercâmbio nos EUA. Quero te dar de presente

Gustavo: Nossa, não precisa senhor. Isso já é pedir demais. Me alugue e já está de bom tamanho.

Humberto: Nada disso, é seu. Aceite como um presente de casamento antecipado. Sei que não vai casar agora, mas um dia irá. Fora que você vai precisar. Ele tem poucos móveis, mas acho que você consegue isso com mais facilidade. Trago a chave na parte da tarde.

Gustavo: E-eu tô sem palavras. Não sei nem como agradecer

Humberto: Agradeça sendo um bom pai pro seu filho, diferente do seu, e um bom marido pra sua esposa. Preciso ir agora, bom trabalho pra vocês.

Gustavo: Pra você também chefe. Até mais.

E assim ele sumiu no meio das prateleiras de roupas. Eu ainda estava em choque, mas feliz ao mesmo tempo.

Gustavo: Me diz que isso não foi um sonho

Thomas: Não mesmo. Se deu bem moleque.

Finalizei minha conversa com Thomas e voltamos pro trabalho. Mais tarde ligaria pra Beatriz pra contar a novidade e a noite conversaria com a minha namorada.

***

No fim do expediente, esperei minha irmã na calçada da loja, junto com o Thomas e minha cunhada. Marcamos de sair pra tomar um café hoje, fazíamos isso todas as semanas, é uma forma de nos manter unidos. Uma hora depois, estávamos sentados em uma mesa fazendo nossos pedidos.

Gustavo: Então gente, tenho uma novidade pra contar pra vocês.

Ana: Rasga pra gente maninho

Gustavo: Então, eu consegui um apartamento

Ana: Sério? Que notícia maravilhosa, como conseguiu?

Gustavo: Foi um presentinho do doutor Humberto

Ana: Não acredito - fiz cara de espantada - aquele homem não cansa de ser perfeito

Gustavo: Pois é, ele disse que comprou pro filho dele, antes de ir pra fora do país. Pedi que ele me alugasse, mas ele fez questão de me dar.

Ana: Tô feliz por você maninho. A Pri já sabe?

Gustavo: Ainda não, quero conversar com ela pessoalmente.

Ana: Tá cedo ainda, passa na casa dela

Gustavo: Ótima ideia, vou fazer isso

Depois de batermos um ótimo papo e conversarmos sobre coisas banais, pedi pra minha irmã me deixar na casa da minha namorada e ela assim o fez.

Chegando lá, ela me recebeu com um sorriso no rosto e um beijo apaixonado. Adentrei o local e sentei no sofá na sala, sendo seguido por ela.

Gustavo: Mas então, cadê meus sogros?

Priscila: Papai tá no quarto e mamãe deve tá na cozinha terminando de lavar a louça do jantar.

Gustavo: Entendi, bom eu vim aqui porque quero conversar com você.

Priscila: Sobre o que? Ah já sei, a conversa com seu pai.

Gustavo: Também, mas tenho uma notícia boa pra te dar.

Priscila: Vamos fazer assim, me conta sobre a conversa, depois a notícia

Gustavo: Ok, a conversa foi uma bosta. Meu pai segue sendo um completo babaca - contei tudo pra ela - e então eu saí de casa.

Priscila: Sinceramente como que o seu pai quer te obrigar a casar assim, do nada? E pior ainda, como ele acha que vai "curar" sua irmã de uma coisa que não é doença pra ter cura?

Gustavo: Sinceramente eu não sei. Não entendo o que se passa na cabeça dele.

Priscila: E sua irmã como está?

Gustavo: Ela ficou furiosa na hora, e com razão, mas acho que agora ela tá mais de boa.

Priscila: Que bom, mas agora vamos a notícia

Gustavo: Bom, eu consegui um apartamento

Priscila: Sério amor, que notícia boa, mas como?

Contei toda a história pra ela, depois ficamos um tempo namorando e em seguida fui embora pra casa da minha cunhada.

Trouxe um pov do Gustavo. Ele é tão perfeito desde o início da história, que achei mais do que justo dar uma atenção pra ele, espero que tenham gostado e até o próximo.

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