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VIVIANE

Cheguei em casa e deixei as coisas na cozinha. Logo em seguida, alguém me deu um grito lá de fora e eu fui, totalmente a contra gosto. Quando olhei, era um dos homens do Acerola, revirei os olhos e fui atender.

Viviane: Vou ter que subir, né? Já é.

Zói: Eu, por mim, a senhora não tinha que ir não, né? Tá ligado que eu sou fechado com o Bala.

Viviane: Fica tranquilo, que eu sei que é o seu trabalho. Já chego lá... — respirei fundo.

Subi na moto do Daniel e fui em direção a salinha, puta da vida, sabendo que eu chegaria lá e não daria em nada, mais uma vez.

Estacionei do outro lado da rua e o Zói fez sinal pra eu entrar e assim fiz. Entrei e já fiquei em pé do lado da mesa, de braços cruzados, esperando a Fabi aparecer.

Acerola: Chegou rapidinho, hein?! — saiu do banheiro e veio na minha direção.

Viviane: Cadê a Fabi?

Acerola: Teu papo hoje é comigo, po. Senta aí... — arrumou a cadeira atrás de mim.

Viviane: Sai fora! — me esquivei, tentando sair e ele segurou no meu braço. — TIRA A MÃO DE MIM, TÁ MALUCO? — esbravejei.

Acerola: Calma, po. Tô só querendo trocar ideia, mas se tu não colaborar, vou ter que dar meu jeito.

Viviane: Ai Rodrigo, adianta logo esse papo. Sai de perto de mim, fala o que eu tenho que fazer...

Acerola: O que você tem que fazer? — sorriu de canto e veio com o corpo pra cima de mim, fazendo com que eu desse mais uns passos pra trás e caísse sentada na cadeira.

Viviane: Me dá licença! Deixa eu levantar! — ele nem se mexeu.

Acerola: Se tu ficar nessa, eu não vou conseguir falar. — segurou meu queixo com firmeza, aproximado o rosto do meu. — Tu tá cada dia mais linda, né? Tá maluco. Mesmo aí, sofrendo pelo teu marido, que não vai sair de lá tão cedo... — riu debochando e colou sua boca na minha, antes mesmo que eu pudesse reagir a qualquer coisa.

No automático, eu preguei os dentes na boca dele e puxei com força. Na mesma hora, ele me deu um tapa forte no rosto e se afastou. Eu levantei e fui na direção dele, de mão fechada, sei um soco no queixo e ele veio pra cima, segurou minha mão e eu bati com as costas no arquivo, o que me machucou.

Acerola: O teu mal é o abuso. — o lábio inferior dele sangrava, de pingar na blusa. — Eu ia te tratar no amor, mas agora, você tá fodida.

Ele jogou o corpo contra o meu e me jogou em cima da mesinha, pesando o corpo dele por cima do meu. Eu gritava, e tentava empurrá-lo de todas as formas, mas ele era muito mais pesado do que eu.

Já não tinha mais forças pra reagir, quando eu ouvi alguém entrando na porta e em seguida, a voz da Fabi.

Fabi: VOCÊ TÁ MALUCO, ACEROLA? — deu um empurrão nele, fazendo com que o mesmo caísse pro outro lado da mesa.

5O TONS 🔥 - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora