Um sacrifício por Amor - Shisui Uchiha

Capítulo 1- Irmã mais velha

- Mãe, como vamos chamá-lo? - Perguntou a garotinha olhando com brilhos nos olhos o pequeno bebê no colo da mãe.

- O nome dele vai ser Itachi, você gostou Katsumi?

- É muito bonito. - Abriu um sorriso e alisou os dedos na bochecha dele.

- Oi Itachinho, eu sou sua irmã mais velha e vou proteger você, tá?- Ele segurou o dedo mindinho e apertou, agora Kat tem um irmãozinho. Uma dúvida correu na cabeça dela - O que significa Itachi?- Tombou sua cabeça pro lado e fitou o menino que já está fechando os olhos devagar.

- Bom, o significado do nome Itachi pode ser definido como "fuinha". Uma superstição do nosso país afirma que fuinhas trazem má sorte. - Mikoto respondeu mais pra si mesma do que pra filha, percebeu que talvez tinha falado um pouco de mais pra menina, então ficou receosa de que ela entendesse mal, afinal não foi esse o motivo de ter dado esse nome ao seu filhinho.

- Credo mãe, que horror. - Katsumi apertou os olhos enquanto tampou a boca com as mãos, mas logo ela defez dessas reações e soltou um riso, foi uma cena fofa de observar.

- Acho que dei a entender mal, né? - A mulher perguntou, a sua filha balançou a cabeça negando com um sorriso.

- Não é isso, é que, nós vamos quebrar com essa superstição boba. Itachi agora tem o significado de amor e bondade, e de agora ele só nos trará paz e sorte. Não é Itachi-Chan? - Ela voltou a acariciar o pequenino. As palavras dela surpreendeu a mãe, mesmo sendo novinha, tem se mostrado muito esperta e sempre trás conforto nas suas palavras.

4 anos depois...

Observei mais uma vez o lugar devastado pela guerra, corpos frios e sem vida pelo chão, não consegui salvar a todos, não pude salvar. Muitas vidas foram tiradas, não só de ninjas da minha aldeia, mas de outras também, e eu só pude salvar quem era da folha. Suspirei pesado tentando aliviar a tensão do meu corpo, eu no momento estou com vontade de chorar, de sair correndo e ajudar essas pessoas feridas só esperando pela morte. Despertei meu Sharingan durante uma luta na guerra, foi onde senti que poderia ter feito mais. Senti uma mão pesado no meu ombro. É o meu pai. Ele terminou de matar os homens.

- Não podemos deixar eles viverem. Vamos. - Não disse nada, apenas andei atrás dele. Avisei meu irmãozinho logo a frente. Olhando para um corpo.
Meu pai falou algo com ele e logo vieram em minha direção, o olhar do pequeno está baixo, segurei suas mãos e sorri fraco pra ele. Meu pai não é de demonstrar sentimentos, não iria fazer isso nem mesmo nessa situação, onde seu caçula viu tantas mortes. Então, na maioria das situações eu tento ser um alicerce para Itachi.

•Quebra de tempo•

- Você quer conversar? - Perguntei parada na porta de seu quarto, ele olhou pra trás e afirmou com a cabeça.

- Eu sei que você viu muita coisa, sinto muito por isso, não queria que visse aquelas coisas, mas eu tô aqui com você, tá bem? Não quero que fique sozinho. - Bati meus dois dedos na testa dele fraquinho, o mesmo abriu um sorriso pequeno, mas pra mim já é uma vitória.

- Você também viu muita coisa, não viu? - Itachi é uma criança muito esperta, o pequeno prodígio do nosso clã.

- Tudo o que vemos e passamos são ensinamentos para que podemos crescer, mesmo que seja difícil, algumas coisas não podemos esquecer, são elas que vão nos fortificar, é importante agirmos com o coração, é isso que faz de nós humanos. Certo? - Ele afirmou com a cabeça, o puxei para perto de mim e envolvi o pequeno num abraço e lhe deixei um beijo na testa antes de ir dormir.

Amanhã será um longo dia...